
domingo, 28 de dezembro de 2008
HOJE É DIA DE FESTA

sábado, 27 de dezembro de 2008
Natal...já passou

Tanta expectativa,
tanta correria,
tanto trabalho,
tanta despesa,
tanta confusão,
e depois....
passa num instante!
Cada vez mais o Natal é sinónimo de compras, prendas, roupas novas ....consumismo, consumismo, consumismo !
Vive-se num mundo de show-off e ostentação, até do que não se tem, e, mesmo sem querermos, somos levados neste turbilhão de compras para a mãe, para o pai, para o tio e para a tia, para a amiga e para a amiga da amiga.....que tambem é capaz de me dar e não posso deixar de ter uma lembrancinha para ela.....uff...que canseira!
Ao fim da noite, temos a casa cheia de papeis de embrulho amarrotados, os adultos meio decepcionados com o que recebem - muitas das coisas, nem sabem para que servem - a criançada com mais 10, 20 ou mais brinquedos ( tudo depende do tamanho da familia) para juntar às dezenas que lá têm em casa e com os quais mal brincam .
Sim, porque computadores ou jogos de computador, não é para o bolso de todos, embora sejam comprados por muitos....que não podem!
Tanta preocupação com os presentes e tão poucas com as festividades em si.
Quantos serão os pais que contam aos seus filhos o que é o Natal, porque temos um Presépio, uma Arvore de Natal....o próprio Pai Natal ???
Será que as pessoas sabem a origem do Natal ?
Quantas saberão?...ou terão interesse em saber?
Pois, para aquelas que têm curiosidade em saber, vou poupar-lhes o trabalho de ir à net procurar.....e aí vai um resumo do que lá vem sobre esta quadra festiva.
Nunca é demais aprender:
O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exactidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de Dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de Dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do Inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste facto com a oficialização da comemoração do Natal.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Actualmente, comemora-se o Dia de Reis, a 5 de Janeiro, os tais 12 dias depois do 25 de Dezembro.
Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas .
Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero.
Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.
Quanto ao Pai Natal, estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas, próximas às chaminés das casas.
Foi transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres que lhe eram atribuídos.
A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo.
Até o final do século XIX, o Pai Natal era representado com uma roupa de inverno de côr castanha. Porém, em 1881, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o bom velhinho com uma roupa, também de inverno, nas cores vermelha e branca (as cores do refrigerante) e com um garro vermelho com pompom branco. A campanha publicitária fez um grande sucesso e a nova imagem do Pai Natal espalhou-se rapidamente pelo mundo.
Ficaram a saber??? Optimo!!!!
Agora já podem contar aos filhos e aos netos.
Ah ! Do Pai Natal não contem já...deixem-nos crescer nessa doce ilusão de que ele existe mesmo.
Quando deixarem de acreditar é porque cresceram....e não há nada melhor do que ser criança!!!!
PARABÉNS A VOCÊ
Assim continuará. Se houver necessidade premente de mudar de direcção, abre-se outro blog e alinha-se por essa nova direcção.
Recordo o que escrevi há dois anos atrás:
Porquê este nome, "mais, sempre mais..."? Talvez porque considero que, na vida, temos o dever de nos exigir sempre mais do que julgamos poder conseguir. É como se traçasse uma linha de chegada - virtual - mas com a ideia de ir mais além.
É como dizer-se que "o bom é inimigo do óptimo". Então, se há óptimo, porque nos contentarmos simplesmente com o bom?Tá bem, eu sei !!!! A perfeição não está ao alcance de todos os mortais. Mas, será errado tentar encontrá-la? A excelência não será melhor que a vulgaridade?Se não vivermos em permanente insatisfação, simplesmente nos contentarmos com o que realizamos, por mérito próprio ou por ajuda exterior como poderemos evoluir?Há que descartar o "mais ou menos" tão português, trabalhar para o "mais" e negar o "menos".A vida é feita de pequenas construções diárias, como as gotas de areia molhada que vamos deixando cair para fazer castelos na praia.O grande desafio está em não deixar desmoronar o que está feito.
A todos aqueles que passaram por aqui, a todos aqueles que aqui deixaram comentários, a todos os que fizeram o favor de deixar mensagens, os meus mais sinceros agradecimentos. Especialmente à minha "hermanita" argentina, Marita, nesta data, o meu "abrazo con ritmo de tango".
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Natal natal

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
LLEGA LA NAVIDAD...
BIENAVENTURADOS LOS QUE TRABAJAN POR LA PAZ PORQUE A ELLOS SE LES ENTREGARÁ LA TIERRA-"
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Passo em frente

O semanário foi o primeiro a enfrentar o escrutínio e o aguçado espírito crítico da sociedade angolana. Agora já vai no nº 4, as críticas têm sido muito positivas. É a primeira vez que uma publicação sai para a rua oferecendo uma revista de alta qualidade gráfica. Tudo por 250 Kzs, o equivalente a 2,50 euros.
O ENDEREÇO DE O PAÍS É : www.opais.co.ao
sábado, 22 de novembro de 2008
O Desenrascanso
Não cabe na cabeça de um alemão, de um finlandês, de um sueco. Desenrascar é o que o português melhor sabe fazer. O exacto contrário de planear, o profundo culto do improviso, o jeito de concertar sem ferramentas, de por coisas a funcionar sem ser engenheiro, o desplante de encontrar formas fáceis de ganhar dinheiro difícil e formas dificeis de ganhar dinheiro fácil. Numa linha ultramoderna de montagem de qualquer coisa, o português, se achar conveniente para se chatear menos, altera o esquema. Para reparar qualquer coisa, o português, primeiro, desenrasca a coisa, só depois lê o manual de instruções ... para dizer que "estes gajos não percebem nada disto".
Não sei se é por isso que os países ricos gostam tanto de ter portugueses a trabalhar lá, mas que eles lhes dão muito jeito, isso dão. Reclamam pouco, contentam-se e até se levantam às duas da manhã para irem por um motor a funcionar. Sem lâmpada para verem nem ferramentas próprias.
Devia haver uma gala anual para os melhores desenrascansos portugueses.
Vejam o que diz a Wikipédia, mas em inglês. Alguém desenrasca aí uma tradução?
From Wikipedia, the free encyclopedia Re.
Desenrascanço
Desenrascanço (impossible translation into English) is a Portuguese word used in certain specific contexts and situations. It is used to express an ability to solve a problem without the adequate tools or proper technique to do so, and by use of sometimes imaginative resourcefulness when facing new situations. Achieved when resulting in a hypothetical good-enough solution. When that good solution escapes us we get a failure. Most Portuguese people strongly believe it to be one of their most valued virtues and a living part of their culture. However, some critics (...) are of the opinion that the concept is related to the discoveries period of the 15th century. But sceptics doubt there is any substantial proof of that relation.In the 16th and 17th centuries it was very common for other exploring nations, such as the Dutch, to bring a Portuguese national along during the voyages, because the Portuguese were allegedly the most skilled and knowledgeable in the proper handling of the occasional emergency aboard the ship when the control of the vessel was given to them (what is known among the Portuguese as 'desenrascanço'). Desenrascanço is in fact the opposite of planning: it's managing that any problem does not get completely out of hand and beyond solution.
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domingo, 16 de novembro de 2008
MAIS OBAMA

Filomena Embaló*
08.11.2008
A eleição de Barack Obama à magistratura suprema dos Estados Unidos da América constitui um acontecimento sem precedentes na história deste país. O sonho de Martin Luther King começa finalmente a tornar-se realidade: o sonho de negros e brancos estadunidenses viverem harmoniosamente e serem iguais. Barack Obama, filho de um imigrante queniano e de uma norte-americana branca, mestiço ou "bi-racial" como se diz localmente, "afro-americano", "negro", foi escolhido pelos eleitores do seu país para, durante os próximos quatro anos, dirigir os destinos da Nação e representá-la no mundo inteiro. Foi uma vitória pessoal, mas também a de toda a comunidade "afro-americana" que durante mais de dois séculos vem lutando pela igualdade de direitos e contra a discriminação. O continente africano jubilou também com este plebiscito, pois um "filho de África" estará ao leme da primeira potência mundial, glorificando assim o continente e os povos africanos. Com ele espera-se um outro olhar e uma nova sensibilidade da Casa Branca em relação à África. Apesar da sua origem africana, Obama é acima de tudo um cidadão dos Estados Unidos, Foi lá que ele nasceu e viveu. A sua nacionalidade é a norte-americana. A sua cultura é a cultura norte-americana, com a qual se identifica. Ele partilha com todos os estadunidenses os mesmos valores, a mesma identidade nacional, o mesmo "sentir norte-americano", a mesma língua, o mesmo solo, a mesma História e a mesma bandeira. E tudo isso faz dele um cidadão de pleno direito que hoje o elevou à mais alta magistratura da Nação. E, como disse, a África está orgulhosa deste "filho" e muitas foram as individualidades africanas que nas antenas das rádios internacionais disseram que os Estados Unidos mostraram que ainda podem dar lições ao mundo e em particular à "velha" Europa. E eu acrescentaria: e sobretudo à Mãe África, estripada pela violência da intolerância! Pois, pergunto-me, se Obama tivesse nascido num país africano, de mãe originária desse país e de pai imigrante (ou vice-versa), em quantos países ele seria elegível à Presidência da República? A lista não deve ser muito longa... Na Guiné-Bissau, infelizmente, ele não teria esse privilégio, uma vez que o Artigo 63°-2 da Constituição diz serem "elegíveis para o cargo de Presidente da República os cidadãos eleitores guineenses de origem, filhos de pais guineenses de origem, maiores de 35 anos de idade, no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos", com a ambiguidade de não se saber o que se entende por "guineense de origem", ou a partir de que geração se é considerado ser "guineense de origem"... O maior paradoxo disto é o facto destes critérios excluírem o próprio Fundador da nacionalidade guineense, Amílcar Cabral. Quantos "obamas "guineenses existem na Guiné-Bissau? Quantos guineenses nascidos de um genitor guineense e de outro estrangeiro que viveram sempre na Guiné-Bissau, sem nunca ter tido outra nacionalidade que não a guineense e sem qualquer contacto com o país de origem do genitor estrangeiro, estão interditados de se candidatarem às eleições presidenciais? Serão eles menos guineenses do que os que têm ambos os pais de "origem guineense"? Não partilham eles com os seus compatriotas os mesmos valores, a mesma identidade nacional, o mesmo "sentir guineense", a mesma língua nacional, o mesmo solo, a mesma História e a mesma bandeira, tal como Obama com os seus compatriotas? Será a identidade nacional guineense uma noção vazia que não dá qualquer legitimidade ao cidadão? Por quê esta discriminação, quando o Artigo 24° da Constituição da República diz que "Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres, sem distinção de raça, sexo, nível social, intelectual ou cultural, crença religiosa ou convicção filosófica"? As disposições do Artigo 36°-2 não serão uma discriminação racial? Não estaremos perante uma contradição entre as disposições destes dois artigos da Lei Fundamental? A Guiné-Bissau, como país colonizado que foi e como terra de acolhimento que tem sido, terá que aprender a assumir a integralidade da sua história, bem como a população que hoje tem, fruto dessa história. Esperamos que a eleição do Presidente Obama, para além de trazer as tão esperadas estabilidade e paz no mundo, constitua, em particular para o continente africano, um exemplo de tolerância, em que cidadãos com as mais diversas origens escolheram um presidente não pela cor da sua pele ou pelas suas origens, mas pelas ideias e valores que defende. E se nós, africanos, também tivéssemos um sonho?... Não é o sonho que comanda a vida? Tudo depende do nosso querer, pois, querendo, we can!
* de raízes caboverdeana e guineense, nasceu em Angola, em 1956
domingo, 9 de novembro de 2008
OBAMA

Eu sempre me confundi na realidade com a utopia. Ou na insatisfação constante como forma quase de fingir felicidade na busca, na procura e imitação de coisas muito simples como o voar dos pássaros, o declinar do sol, o brilho das estrelas e o mistério das conchas que aconteciam com os meus pés à beira mar na areia. Sempre não me conseguindo encontrar com o paraíso do infinitamente bom e infinitamente belo para todos, quase desinfinitando a morte que é o único lugar infinito mas parte da vida, o infinitamente belo que até poderia ser um contraste com o infinitamente bom que sempre para mim ficaram sem ser, iguais à inexistência ou à infelicidade de não procurar mais nada, muito antes da nostalgia ou depois da saudade da morte.
Afinal viver é também não imaginar aquilo que pode acontecer enquanto estamos vivos. Só que eu nunca pensei que em vida, para além de tanta coisa que estava, ainda que muito longe, mas no horizonte por detrás da noite e da nuvem, pudesse ainda ter vivido sonhos, porque a minha geração viveu sonhos depois de os ter sonhado no passa-palavra de muitos silêncios. E também viveu a morte de muita alegria triste.
Mas agora era demais. Numa data e hora em que um grande amigo meu fazia anos. Quatro de Novembro. Eu a telefonar-lhe e ele quase ou mesmo esquecido do seu aniversário por causa de OBAMA.
Era algo que nos tocava e falámos ao telefone. Porque era uma coisa que estava impensada no nosso tempo. A utopia tinha ultrapassado a nossa imaginação. Já não era tanto uma eleição ou uma vitória. Fazia semanas que vivíamos a novidade. Principalmente porque OBAMA falara mais ou menos que se mudarmos a sala podemos mudar a casa; e se mudarmos a casa podemos mudar a rua; e se mudarmos a rua podemos mudar a cidade; e se mudarmos a cidade podemos mudar o estado; e se mudarmos o estado podemos mudar o País; e se mudarmos o País podemos mudar o mundo. OBAMA, em gesto de sagrado, no discurso de Filadélfia, tirou o pé do tiro do reverendo Jeremiah Wright. Embora o reverendo tivesse razão mas era uma razão da memória e da injustiça. Uma razão sobre os que haviam sido negados como pessoas, deixando suor e sangue nas plantações de tabaco e açúcar. Uma razão que podia ser entendida como rancor.
Nesse discurso, OBAMA trouxe uma utopia ligando a jovem Ashley e um mais velho que estava ali por Ashley estar.
No dia e hora em que escrevo este texto ainda não sei se OBAMA ganhou. Mas não é tanto por isso que estou a escrever. É mais por causa do outro que nunca percebeu que eu existo e ele só pode ser também se deixar de estar assim para podermos ser todos.
OBAMA tem um significado do maior acto de cultura universal do início deste século. No século passado, quem tinha televisão ficou uma noite inteira à espera que um homem pisasse a lua.
Neste princípio de século, OBAMA conseguiu criar uma energia, um astral de muitas mãos inteiras pelo pensamento de pessoas de todas as partes do mundo, numa corrente parecida com uma constelação de paz sem fronteiras. E Isso é um acto de cultura que vai ficar.
Não importa que este Messias traga milagres. Importa é o milagre cultural de pôr uma boa parte do mundo inteiro a olhar para ele como um salvador e perder uma noite só a olhar para um televisor como se OBAMA fosse uma madrugada.
No século passado, foram à lua. Agora OBAMA parece que desceu da lua e chegou à terra.
No século passado foi Mandela.
Mas antes de Mandela, o reverendo Luter King já tinha orado que tinha um sonho. O reverendo foi assassinado por causa do sonho.
Mandela tornou realidade um bocado do sonho do reverendo. Por cima de tanta memória que sobrou para os blues.
OBAMA acrescenta mais um bocado de realidade ao sonho do reverendo.
Como Agostinho Neto deixou escrito:
E DO DRAMA INTENSO
AS MINHAS MÃOS COLOCARAM PEDRAS
manuel rui
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
AHORA,PREGUNTO A...
Si así fuese...me parece óptimo!!!.
Marita faini Adonnino-Argentina
Curiosos datos rescatados
"Según cuenta la historia,un tal Paul Laforgue desarrolló un documento que circuló durante el siglo XIX donde reivindicaba al ocio como una sana forma de vida. La cosa es que este señor no era ni más ni menos que el yerno de Karl Marx. O sea que mientras uno analizaba concienzudamente la relación entre el Capital y el Trabajo, el otro se convertía en el abanderado del ocio, a través de su trabajo denominado "El derecho a la pereza". Material que presentó ante el Parlamento francés para que se instituyera al 2 de mayo como "Día Internacional del Ocio", en honor a los 67 mineros de Dantzing (Polonia) asesinados durante una huelga a favor de una reducción de su jornada de trabajo.
La petición no prosperó y al hijo político del padre del Marxismo lo madaron a....trabajar.Sin embargo, la propuesta fue rescatada del olvido en 1989 cuando en Bordeaux (Francia), durante el intento de formación de la Internacional Ociosa, se elaboró un documento titulado "Prolegómenos para una sociedad del ocio". "
(Extraído de la Revista CH de Cable Hogar, número 110 de mayo 2007-Rosario-Argentina.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
el Oscar que no fue dado
Con tu muerte ,el mundo conoció mucho más de tu vida. Tu humildad y sencillez, a pesar de tus glorias, tu gran corazón.
Cincuenta años al lado de tu esposa, el amor por tu familia y tu gran pasión, las carreras de fórmula, la ayuda a los necesitados.
Eras Bueno. ¡qué galardón!!!!
la vida te debe un Oscar.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
EL BESO Y EL ABRAZO
Hoy es el día de los enamorados , aquí en mi país. ¿Será que muere el invierno? -¿será que ya está la primavera ?...Será...? Pero el aire está cargado de aromas confusos entre energizantes y somnolientos ...jazmines...violetas...narcisos y rosales. Será...tal vez...
y leo esto ,que escribieron en el blog , de los besitos que abundan y se regalan y se dan a brazadas ,sin conciencia, como un leiv-motiv para dar por finalizado un saludo oral,escrito o lo que sea.
A pesar de que el beso fue cantado por excelsos poetas, soñado por enamorados, causa de desmayos a jovencitas de otros siglos, despertado de un sueño de cien años o vuelto a la vida a princesas encantadas, no soy fans del beso.
El beso es peligroso va desde la indiferencia a la traición.Ese beso en el aire de dos que se encuentran. El Amor fue entregado con un beso y la maffia te condena con él.
Sé que hay besos que tienen el poder de trasladarte a otra dimensión, de dejarte a las orillas del espacio, de avivarte una hoguera en las venas y de santificarte. Pero el beso, como Jano, posee varias caras. Por eso soy fans del abrazo. No abrazo a quien no quiero hacerlo, pero me veo obligada a besar a quienes me saludan con ese ritual de moda.
¡Cuánto dice un abrazo!!!.Te acoge, te protege, te confunde con el otro, no se necesitan palabras.
Te abrazo. Aquí estoyAquí estamos hermano,amigo,hijo,tú.Aquí estoy. Aquí estás.
El domingo es primavera. También es el día del estudiante. Habrá besos y abrazos.
Yo? Yo, les dejo mi abrazo.
marita faini adonnino-Argentina
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
O beijinho
Bem, o beijinho acho que sempre existiu, naquela versão soft e minimalista do beijo e do beijão. Mas eu refiro-me ao beijinho como cumprimento, como saudação de encerramento de conversa telefónica, ou como forma de cumprimentos: beijinhos lá em casa !!!! E a casa a encher-se de beijinhos indiscriminados, sem destinatário nomeado, assim como quando a gente não se lembra do nome da esposo - ou do esposo - e se generaliza a saudação, beijinhos lá em casa. Fica bem e não magoa ninguém.
O que me confunde um bocado é quando os portugueses dão - ou mandam - "beijinhos grandes". Mas qual é a dimensão de um beijinho e, por arrastamento, qual a do beijinho grande. Acredito que quando alguém deixa, ou manda "beijinhos grandes" a alguém, está a dimensionar o apreço do destinatário. Não se mandam "beijinhos grandes " para a sogra. Quando muito - e é preciso que tudo esteja a correr bem entre todos - mandam-se beijinhos. Ponto. Grandes, só mesmo como expressão de um interesse escondido. Ou para engraxar alguém ou para engatar alguém.
Engraxar o chefe, mandando beijinhos grandes para a esposa é uma boa forma de engrandecer os beijinhos. Talvez daí venha uma promoção, sabe-se lá !!!???. Para engatar é capaz de ser um tanto arriscado usar os "beijinhos grandes". Olha, manda "beijinhos grandes" àquela tua amiga de ontem. O risco não estará propriamente no tamanho dos beijinhos, reside mais é no cumprimento ou não do amigo em "passar" os tais beijinhos de encomenda. Nem sempre (ou quase nunca) a carta chega a Garcia e...lá se vai o engate.
Me parece - corrijam-me se estiver errado - que o beijinho surge nos hábitos dos portugueses como forma de amenizar a força do beijo. Beijo é mais íntimo, ou mais familiar de nível UM. Ninguém se arrisca a dizer ao colega "manda um beijo à tua mulher". Que é lá isso????!!!! Beijo ?????Este gajo manda beijo à minha mulher ????? Vou ter de começar a tomar conta deles, ai vou, vou. Portanto, regra das regras, não se deve mandar beijo à mulher do próximo. Beijinho, beijinho é que se manda. É mais maneirinho e não tem conotação perigosa. O beijo pode ser mandado por SMS, fica lá entre eles os dois e o marido não precisa de ficar com a pulga atrás da orelha.
O beijão é outra coisa totalmente diferente. Tão diferente que poucos sabem o que quer dizer. Não admira. Os brasileiros é que criaram o beijão, não fomos nós. Eles lá sabem o que fazer com tamanho beijo. Vejam bem : bei jão. Não soa a exagero ? Eu acho, mas também devo dizer que venho do tempo do "beijo repenicado". Alguns de vós lembram-se. Aquele beijo sonoro, inocente, que se dava aos filhos para os chatear, que se dava entre pessoas da mesma família, em sinal de familiaridade. Beijo sem compromisso, amistoso, com visualização sonora.
O beijinho preocupa-me. De tanto se ter vulgarizado - muito por conta de um sentido de autodefesa, já aqui raspámos por esse assunto - o beijinho caíu na vulgaridade e perdeu sentido. É beijinho para tudo, para despedida, para agradecimento, para parte de cartão de visita. É a plebe dos beijos. Daí eu pensar que o "beijinho grande" veio para dar alguma dignidade ao simples beijinho. Sempre recebe um certo volume, uma certa forma de dimensão - é grande, não é pequeno.
A contradição, no entanto, mantém-se. Usamos o "inho" como maneira de diminuir, como forma de mostrar carinho, como símbolo da nossa pequenez. É "inho" para tudo. Adoro, por exemplo, quando pedimos a conta no restaurante e o empregado vem solícito, reconfirmar: "é a continha"???? Continha soa a pequenino, devia ser mais pequena do que a conta, mesmo que não seja. E sabe-se que não é nunca. Mas amolece as tentações reivindicativas.
Uma forma de manter alguma dignidade aos beijinhos é acrescentar-lhe "muitos". Muitos beijinhooooos.... Não se levanta aquele problema da contradição dos "beijinhos grandes" - se são inhos não podem ser grandes, se são grandes não podem ser inhos - e sempre ajuda a mostrar alguma consideração pelo destinatário - beijiiinhooooossss, assim prolongando as vogais, dá-se corpo ao beijo e não nos comprometemos demasiado. Só damos ou mandamos beeiiijiiinhoooosss, em despedidas à distância, seja pelo telemóvel seja de um passeio para o outro. E a ética fica defendida.
Os "beijinhos grandes" é que, na minha humilde opinião, estão a precisar de uma revisão do acordo ortográfico. A menos que os brasileiros tenham a soberana vontade de lhe dar identidade e passarem a usar nas telenovelas "bêjinios grandisss". Aí teremos que rever não só o acordo mas também os nossos hábitos aliás, abalados com o"colocar" no lugar de "pôr". Certamente já repararam, os portugueses deixaram de pôr e passaram a colocar. Grave será se, num arranque de personalidade começamos a colocar beijinhos...grandes.
É caso para nos preocuparmos.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Angola escolheu a Paz


terça-feira, 9 de setembro de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Vida e Morte

...a morte só o é porque termina com a vida. É mais forte, mas também é mais curta....vive-se mais (em tempo) do que se morre, isto é,
não dá para gozar, para aproveitar....a vida aproveita-se, goza-se....CARPE DIEM não é?
A morte é final, definitiva, sem apelo...morre-se e, pronto...acabou....quem fica é que fica a sofrer...quem morreu já não se importa com nada...."et pour cause" !!!!!
A vida é coisa bem mais complicada, porque está na consciência....não se coloca aqui a questão dos em estado de coma ou dos doentes incapazes de usarem o cérebro.....vive-se porque é para isso que se nasceu, há um prazo de validade, morre-se quando se esgota o prazo...
Nunca se sabe quando se vai nascer e nunca se sabe quando se vai morrer, mas, a morte, pode ser programada - amanhã, às 20.30, vou morrer....e amanhã a essa hora, faço qualquer coisa que me acabe coma vida, sei lá, um tiro, um veneno, uma punhalada, um afogamento com uma enorme pedra atada às pernas, um mergulho para debaixo de um comboio, um assalto a um banco à espera de um "sniper" misericordioso...pode-se morrer por marcação,. ..mas não se escolhe nascer ....
o chato mesmo é nascer-se com dor e morrer-se com dor...não tem piada nenhuma...
O nascer não depende do nosso controlo, é assim e pronto, sai-se daquele ninho quente para se entrar num ambiente verde ou azul, conforme o hospital, às vezes com um monte de tubos ligados ..
Mas, morrer, devia ser por escolha própria....excepto aquela morte estúpida do acidente de viação, ou da doença terminal...
Muitos costumam escrever nos seus diários que gostariam de morrer ... "de morte natural". Mas isso não é uma redundância? A morte é a coisa mais natural que temos na vida,.,.. ou não será?
Pesando bem os prós e os contras de viver e morrer, ...
sou levado a crer que a Morte ganha à Vida ...
Não lhes parece? Quem acaba com quê?...
É a vida que acaba com a Morte? Não, quando muito, acaba NA Morte.
Mas é a Morte que acaba com a Vida.
Um a zero para a Morte.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Regresso à mediocridade


quarta-feira, 13 de agosto de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Muxima, coração

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segunda-feira, 23 de junho de 2008
O Discurso do século
Um surpreendente discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena, advogando o pagamento da dívida externa do
seu país, o México, deixou embasbacados os principais chefes de Estado da Comunidade Européia. A conferência dos chefes de Estado da
União Européia, Mercosul e Caribe, em maio de 2002 em Madri, viveu um momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus
ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.
'Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil
anos, para encontrar os que a descobriram só há 500 anos. O irmão
europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder
descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o
pagamento - ao meu país -, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
Consta no Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
Teria sido isso um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento! Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão. Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas. Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas indenização por perdas e danos.
Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva. Tão fabulosa exportação decapitais não foi mais do que o início de um plano 'MARSHALL MONTEZUMA', para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, dapoligamia, e de outras conquistas da civilização. Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?> Não. No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo. No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo. Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo. Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300. Isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra. Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue? Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas. Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica...'
Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, o Cacique Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira dívida externa.
domingo, 22 de junho de 2008
Grande

domingo, 15 de junho de 2008
Pequenino

segunda-feira, 9 de junho de 2008
Quantos poemas tem a noite?

quarta-feira, 4 de junho de 2008
Europe's cheapest petrol / Greenland - Gasolina a 50 cts/litro
Where to find Europe's cheapest petrol? Greenland.
by Slim Allagui
ILULISSAT (AFP) - At a small petrol station dating from the 1960s in Greenland, SUVs queue to fill up with the cheapest gas in Europe, at just 3.77 kroner a litre or 50 euro cents (78 US cents).
The low price is not an advertising coup nor public relations campaign, just the regular price for petrol in Greenland, the biggest island in the world with only 57,000 inhabitants.
"And I find the price a little expensive," says Julius Saldgreen, 49, at the wheel of his jeep after picking up his two daughters at school.
By comparison, a litre of unleaded 95 cost 1.52 euros in France and 1.49 euros in Germany last week, while diesel went for 1.45 and 1.48 euros, respectively.
At the other end of the scale, Americans are reeling at the thought of paying almost 4.0 dollars a gallon or 0.68 euro cents a litre.
In Greenland, a Danish autonomous territory since 1979, the local government has long had a retail monopoly on energy, offering generous tax rebates on super unleaded, diesel and heating fuel.
"We do it to help hunters and fishermen in particular, since they have low incomes and the living conditions in the Arctic are tough, with long and very rigorous winters," the head of the local government, Hans Enoksen, told AFP.
In order to maintain low prices even in the most remote parts of the island, the local government has signed long-term contracts for stable charges with the oil companies and stocked enormous quantities of petrol in reservoirs that dot the entire coast.
Price display for fuel is seen at a gas station in Ilulissat©AFP/File Slim Allagui
A "wise approach" hailed by the islanders, according to Saldgreen.
But some are nonetheless unhappy, such as Jan, one of 30 taxi drivers in the western town of Ilulissat who finds "the petrol price too high lately."
His colleague Per disagrees, saying the price at the pump is reasonable.
"But it can't hit five kroner like it did a few years ago, which led to protests from the fishermen who blocked Royal Greenland's fish processing and packaging factory in order to push for higher fish prices, the only way to counter the high diesel price," he explains.
"A rise in petrol prices would lead to higher transport costs and higher inflation. That would penalise consumers and especially the fishermen and hunters, who are already affected by the global warming that is threatening their livelihoods," Per says.
In Ilulissat, a town inscribed on UNESCO's world heritage list, the colourful boats belonging to the halibut and shrimp fishermen are docked in the port.
The fishermen, like everyone else, pay the same low price for diesel as for petrol and heating fuel.
"Otherwise we would have a hard time making ends meet since global warming is causing the Ilulissat glacier to recede," says Knud Kruse, a 41-year-old fisherman who has trawled Greenland's waters since the age of 19.
The glacier is one of the most active in the world, with icebergs breaking off into thousands of pieces into the fjord, "making it hard for us to navigate and lay out our lines," he says.
"I think our leaders understand that we need cheap fuel otherwise there would be no more fishing and this has been the islanders' way of life since the beginning of time," he says.
"When we get paid 6.25 kroner (90 euro cents) a kilo (2.2 pounds) for halibut, the slightest increase in diesel prices hits us full-on."
sábado, 24 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
A flor

A rosa não é propriamente a minha flor preferida. Aliás, acho que não tenho nenhuma preferida. Gosto de tudo o que é flor, mas estas rosas têm um significado especial. São de uma roseira plantada pela minha mãe há, provavelmente, uns 40 anos. O espanto não está somente na longevidade da planta mas também na sua capacidade de resistência aos maus tratos que recebeu durante algum tempo quando lhe encostaram um monte de terra e cimento das obras. Esteve tapada durante um ano, abandonada. Algo porém lhe permitiu sobreviver não só ao tempo, às intempéries, aos invernos e verões assim como à falta de respeito dos operários das obras. Aí está a vingança dela: presentear-me todos os anos com as suas belas flores.
Esta roseira é uma resistente.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Maio de 1968 - Maio de 2008
O resto acabou
Este, "O resto acabou" de Isabela, no seu blog "O mundo perfeito" http://omundoperfeito.blogspot.com , para além da inevitável perturbação, coloca-nos perante uma pequena obra de arte literária.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Reticências apenas !...

sábado, 26 de abril de 2008
Liberdade
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Dia do Livro

sábado, 19 de abril de 2008
O real e a fantasia

De manhã, no Café da Teresa, há mais mulheres do que homens, o que não deixa de ser peculiar. Todas vão lá tomar o pequeno-almoço. Galões, torradas, bolos, croissants, num festival de açucar escondido nos travesseiros, bolas de Berlim, pãezinhos de Deus e sei lá que mais delícias da pastelaria portuguesa. Não admira que as mulheres da manhã no Café da Teresa sejam roliças, obesas até. Entre conversas de mesa para mesa - elas conhecem-se umas à outras - irmanadas numa comunidade assente no café da manhã, as mulheres da minha aldeia, aquelas que não tomam o pequeno almoço em casa, discutem coisas impportantes da nossa sociedade. A nova namorada do Cristiano Ronaldo tem sido tema recorrente. Et pour cause. As revistas espalhadas pelas mesas são incitações subliminares à discussão do tema.
Nunca as ouvi falar do Governo, do Presidente da República nem mesmo do Presidente da Junta de Freguesia. Não devem fazer parte das suas preocupações. Nem falam da chuva e do bom tempo o que não deixa de ser notório numa região que vive à base da agricultura. Isso é conversa de homens.
Tomo o meu café, mentalmente calculo o custo das 4 vianinhas - 15 cêntimos cada uma dá 60 cêntimos pelas quatro - mais 50 cêntimos pela bica, ao todo 1.10.
Com ar compungido a moça dá-me a triste notícia. O pão aumentou, agora são 18 cêntimos cada.
Ah aumentou? Então levo três.
Café 50 cêntimos mais 3 X 18=54. Total a pagar 1.04.
Ainda dizem que vida está cara. Poupei 06 cêntimos.
Das mesas femininas chegam-me sons dispersos onde consigo distinguir algo como "mas ela não estava grávida"?
Acho que nunca saberei de quem estavam a falar.
Mas devia ser o assunto mais importante do dia.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
A núvem
quarta-feira, 16 de abril de 2008
LA DIVINA LOCURA

Así son la realidad y la ilusión. ¿Existe la realidad?. Existe.
¿ Pero , todo es realidad?.
¿Existe la ilusión?. Existe.
¿Pero, todo es ilusión? ¿Se puede vivir sólo de ilusión o de realidad?.
Los inflexibles, aquellos que no se inclinan ni para saludar, dirán: La realidad es lo que vale. Dejemos los sueños a los tontos.
¿Podría el mundo avanzar si no existiera la ilusión sobre la vida?.
La ilusión es la ventana por la que el hombre sale de cualquier cárcel.
¿Por qué estoy hoy deambulando por los caminos inasibles unos, bien trazados los otros, de la ilusión y la realidad?.Porque termino de leer un poema de Fernando Birri que me ha impactado.
DON QUIJOTE Y LA MUERTE
(devaneos del flaco hidalgo mientras se está muriendo)
Estoy muriendo,
lo sé
porque entreabro mis ojos
y veo frente a mí la realidad.
Esa enemiga.
esa perra flaca
y gruñidora.
Buenos amigos me fueron
los sueños.
Y el más fiel,
el delirio.
Sancho, Sancho,
en cualquier lugar que tú te encuentres
ahora
no llores esta hora.
Tú ganaste.
Y cuando tú me decías
"son molinos"
yo lo sabía muy bien,
pero quería mostrarte
-no demostrarte
-mostrarte -
a ti que eras redondo
como el mundo,
a ti que eras el mundo,
el valor de la metáfora.
Molinos o gigantes
brazos o aspas,
qué diferencia pasa
entre el fulgor de mis ojos
que se extingue
y aquella otra estrella
Dulcinea,
muerta ha millones de años
que aún me sigue guiando ?
Sancho, Sancho,
tú eres la verdad.
Yo soy la mentira.
Pero cómo
quién
dónde
se explica
que con mi muerte
se te va la vida.
(fernando Birri-argentino ) Berlín-otoño del 96
Un poema que no exige explicación.Su mensaje es claro como "la realidad".La realidad es cruel,para enfrentarla necesitamos la ilusión. El Quijote muere cuando recobra la razón. La realidad, lo mata.
Beber un poco en la copa de la ilusión y la divina locura, es saludable.-
marita faini adonnino-Argentina
terça-feira, 15 de abril de 2008
O grande equívoco

sexta-feira, 11 de abril de 2008
Fogo que arde


Lá se vai arrastando aquela inutilidade olímpica que perdeu todo o significado e toda a glória. E, se por motivos publicitários, ainda merecesse algum respeito, o drama está em que nem por aí a chama, mais o facho, mais os patetas que a levam e a escoltam chegam ao patamar da dignidade.
Aquela parvoeira atingiu os cumes himalaicos do nonsense e só serve para meia dúzia de desocupados do mundo pegarem nuns quantos dizeres politicamente correctos e irem para a frente das câmaras de televisão. Achei uma graça contida ver aquele indivíduo já quarentão a ser levado por dois distintos cops ingleses e a declarar com o ar mais convencido do mundo que “é preciso libertar o Tibet”. Já agora - odeio esta lusitana manifestação de oportunismo mas, pronto, saiu - porque não aproveitar a presença das câmaras de televisão atracadas à porcaria da tocha (olímpica?) para reivindicar a libertação de outras zonas do planeta?. Como “aquilo” vai demorar uns tempos até chegar à China, os manifestantes profissionais poderiam fazer um contrato mais alargado e promoverem, à frente das câmaras de televisão à espera de mais umas detenções em directo, a libertação de outras regiões tipo Madeira daquele bronco do Jardim, ou do Algarve daquele pateta do Bota. Seria giro, sempre traria alguns dividendos e a televisão estaria por lá, obviamente.
Compreendo que a coisa tem a ver com a China e com os multimilionários jogos olímpicos em que participar não é o mais importante, me desculpe o senhor de Coubertin. Compreendo que se está a aproveitar a visibilidade dos Jogos para denunciar o desrespeito pelos direitos humanos na China. Compreendo que dá um jeitão aos guardiões dos bons costumes “ocidentais” a China fabricar tudo o que se compra no Ocidente a preços da chuva mas com uma lagrimazinha fugidia no olho para apaziguar a consciência desconfortável de se saber que grande percentagem das pechinchas foi feita por crianças mais ou menos escravizadas.
É um pouco como ostentar Armanis, Timberlands e outros Louis Vuiton e Chanel da Feira de Carcavelos e comentar que os ciganos são uns aldrabões. Please !!! Por favor, respeitem a inteligência alheia.
A política, que devia ser uma actividade digna e honesta tornou-se num meio de atingir fins pouco claros. E muito graças à televisão. O Tibet está a aproveitar esta excelente oportunidade para mostrar ao mundo que tem direito à independência. A China está a aproveitar esta oportunidade para dar uma iagem de modernidade e de “ocidentalismo”. Quando os jogos acabarem, voltará tudo ao mesmo lugar, a China continuará a controlar o Tibet e aquele simpático e inútil monge viajante de óculos pendurados num sorriso eterno, continuará a correr o mundo em busca já não se sabe bem de quê. Talvez angarie mas uns fiéis para o budismo mas não passará disso.
A televisão é que faz acontecer as coisas e já não são os acontecimentos que provocam a televisão. O aproveitamento mediático da passagem do facho – olímpico? – pelo mundo reduziu a zero a mística do significado histórico e multiplicou por mil o valor comercial daquele fogo fátuo. Tornou-se ridículo e sem valor esta progressão da chama que deixa um rasto de manifestações por esse mundo. As ameaças de boicote de algumas valquírias do politicamente correcto só contribuem para agudizar a curiosidade sobre a China. O Comité Olímpico, sempre atento na recolha de mais uns milhões de dólares para os seus dirigentes, não deixará de promover tudo o que for necessário para encher os estádios e os hotéis. E, as televisões, estarão lá todas não só para vender tempos de antena mas também na esperança de que aconteça alguma coisa que perturbe o bom desenrolar dos ditos jogos.
São Jogos de plástico, sem alma, sem crença. Como o foram os de 1936, quando o Hitler se serviu deles para mostrar o seu poderio ao mundo apesar dos boicotes por causa da perseguição que já fazia aos judeus.
Os Jogos Olímpicos modernos não são mais do que os jogos da hipocrisia e do faz de conta, só se salvam os atletas, aqueles que não se drogam por uma medalha.
E, a chama, símbolo já não se sabe de quê, lá estará olimpicamente acesa, fortemente guardada e protegida, para ser apagada em cerimónia de adeus lacrimoso.
domingo, 6 de abril de 2008
Quanto dói?
Uma dor residente desde o primeiro minuto, que vai crescendo e refinando e fica pairando no espírito como que a tomar conta para que ela não saia, para que fique e se prolongue como se, assim sendo, tomasse por fenomenal transmissão a dor alheia, retirando-lhe força na vã esperança de que o sofrimento alheio se torne mais suportável. Duvido que haja dor realmente suportável mas, se calhar, há uma hierarquia da dor que desconheço. E, aí, fico com a eterna questão a respeito do grau - é dor de grau quantos aquela que me assola agora? E a dor de quem retiro esta minha dor, é de que grau?
Quanto dói perder um filho em acidente brutal, na mesma altura em que se vai acentuar a recordação de um ano de perda da mulher companheira de uma vida?