sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Vida e Morte


a morte é algo importante mas não tanto como a vida....
A vida é que é importante....
...a morte só o é porque termina com a vida. É mais forte, mas também é mais curta....vive-se mais (em tempo) do que se morre, isto é,
não dá para gozar, para aproveitar....a vida aproveita-se, goza-se....CARPE DIEM não é?
A morte é final, definitiva, sem apelo...morre-se e, pronto...acabou....quem fica é que fica a sofrer...quem morreu já não se importa com nada...."et pour cause" !!!!!
A vida é coisa bem mais complicada, porque está na consciência....não se coloca aqui a questão dos em estado de coma ou dos doentes incapazes de usarem o cérebro.....vive-se porque é para isso que se nasceu, há um prazo de validade, morre-se quando se esgota o prazo...
Nunca se sabe quando se vai nascer e nunca se sabe quando se vai morrer, mas, a morte, pode ser programada - amanhã, às 20.30, vou morrer....e amanhã a essa hora, faço qualquer coisa que me acabe coma vida, sei lá, um tiro, um veneno, uma punhalada, um afogamento com uma enorme pedra atada às pernas, um mergulho para debaixo de um comboio, um assalto a um banco à espera de um "sniper" misericordioso...pode-se morrer por marcação,. ..mas não se escolhe nascer ....
o chato mesmo é nascer-se com dor e morrer-se com dor...não tem piada nenhuma...
O nascer não depende do nosso controlo, é assim e pronto, sai-se daquele ninho quente para se entrar num ambiente verde ou azul, conforme o hospital, às vezes com um monte de tubos ligados ..
Mas, morrer, devia ser por escolha própria....excepto aquela morte estúpida do acidente de viação, ou da doença terminal...
Muitos costumam escrever nos seus diários que gostariam de morrer ... "de morte natural". Mas isso não é uma redundância? A morte é a coisa mais natural que temos na vida,.,.. ou não será?
Pesando bem os prós e os contras de viver e morrer, ...
sou levado a crer que a Morte ganha à Vida ...
Não lhes parece? Quem acaba com quê?...
É a vida que acaba com a Morte? Não, quando muito, acaba NA Morte.
Mas é a Morte que acaba com a Vida.
Um a zero para a Morte.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Regresso à mediocridade




Antes de os Jogos Olímpicos 2008 , na fase preparatória, os portugueses foram convencidos pelas mais diversas formas de propaganda de que iriam viver muitos e felizes momentos de atletas lusos subirem ao pódio.


Com o passar dos dias, perante resultados que não correspondiam às expectativas geradas pelo orçamento de 15 milhões de euros (que só foi divulgado quando as interrogações começaram a surgir), começou a fixar-se sobre o tecto nacional uma pesada sombra de descontentamento, agravada por aquela outra, bem mais preocupante derivada do pesado endividamento das famílias portuguesas.


Se o futebol já não mitiga as ansiedades lusas viram-se então os holofotes para os feitos pessoais dos nossos atletas olímpicos na esperança de uma breve recuperação da auto-estima nacional.


Vanessa Fernandes, aquela menina de aspecto frágil e aparelho de correcção dos dentes, deu mais uma vez o seu contributo com o segundo lugar no triatlo feminino. Ao carregar sobre os ombros o peso dos numerosos títulos ganhos nos grandes encontros mundiais, Vanessa era favorita. Mas não aguentou a passada daquela australiana vencedora. Paciência, ficou-lhe a prata de honra e deu-nos uma grande alegria.


Rapidamente nos virámos, uma nação inteira, implorando em silêncio um milagre, para o nosso Nelson Évora do triplo salto. Que engraçada esta coincidência dos tris medalhados, tri-atlo, triplo-salto.


Com uma de prata e outra de ouro, suspeito que já não haverá ninguém com vontade de questionar os 15 milhões de euros que pagámos para a nossa representação olímpica.
E vamos ter assunto de conversa por um bom espaço de tempo. E o Governo agradece o bónus dado por estes atletas por poder usufruir de mais uns tempos de desvio colectivo dos reais problemas do país. Os 15 milhões acabam por representar um bom negócio.
Somos bons corações, perdoamos depressa, retratamo-nos nos feitos isolados de alguns seres excepcionais e regressamos à nossa mediocridade passada a euforia.


(fotos Wikipedia)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O BANCO



Mais triste que uma praia sem sol, uma criança sem sorriso, só mesmo um banco sem ninguém.

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