tag:blogger.com,1999:blog-13032758656996734942024-03-19T03:21:01.209+00:00mais, sempre mais !!!HOW MUCH CAN I GET AWAY WITH
AND STILL GO TO HEAVEN ???
Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.comBlogger298125tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-21486394933975834362016-10-04T19:19:00.001+00:002016-10-04T19:19:29.594+00:00<span style="color: #351c75; font-size: large;">RETORNAR A CASA</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: #351c75; font-size: large;">Olá</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #351c75; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpZr1WMbDpZWb1zYdkeagqTshflvanDz1BN_p2dJRcl79_jszksF_asOiK2h-jWHAcbSiDs43zEpLs1kgulBO3i6VKa-ikg1T7hnntG2d2-NQRkeKFTqWi0yTb8HHMwoqP6M3kEZGhEv0/s1600/IMG_1368.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpZr1WMbDpZWb1zYdkeagqTshflvanDz1BN_p2dJRcl79_jszksF_asOiK2h-jWHAcbSiDs43zEpLs1kgulBO3i6VKa-ikg1T7hnntG2d2-NQRkeKFTqWi0yTb8HHMwoqP6M3kEZGhEv0/s320/IMG_1368.JPG" width="320" /></a></span></div>
<br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: #351c75; font-size: large;">diz o ditado que "o bom filho a casa torna"... et voila, tornei....</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;">há tempos que não entrava neste meu blog....qualquer bug, virus, sei lá, uma dessas malignidades desta tralha informática apoderou-se do pobre do blog e isto não andava nem para a frente nem para trás....depois de muitas e frustradas tentativas, deixei-o em paz para eu poder reganhar a minha....</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;">redescobri agora o meu "mais, sempre mais", com dificuldade mas entrei e aqui estou a alinhavar um texto mais teste que texto, a ver no que isto vai dar....é que, enquanto me perdia por montes e vales de indicações várias na visita tímida que iniciara ao blog, verifiquei que há registos de pessoas que, diariamente, o abrem e lêm....provavelmente não voltam mais aqui porque não apareceu nada de novo em anos, assumiram que o espaço estava adormecido e assumiram bem, adormecido é pouco, estava em total hibernação...</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;">pelo caminho do tempo passado entretanto ficaram alguns dos meus "compagnons de route" nesta aventura, designadamente o Manuel Ricardo Ferreira , o "Pitigrilli", que tanta falta me faz....</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;">os anos passam, já estamos em finais de outro, 2016 entrou em Outubro, eu fiz 77, os meus benevolentes amigos dizem-me que estou muito bem, o que é que fazes para ter tão bom aspecto, perguntam-me eles e eu respondo que não faço nada de especial - e mesmo que fizesse o tempo não para - confesso que não tenho pressa nenhuma em envelhecer, encerrei mais um ciclo de trabalhos em Angola, olho paulatinamente para a frente depois dos terríveis anos anteriores de crise e cortes até ao osso dos parcos rendimentos.....a realidade vai mudando, ou melhor, alguém vai mudando a realidade e, nós, simples número fiscal de contribuinte, vamos pagando, pagando pagando até à exaustão dos frágeis depósitos no banco, em mergulho directo no pesadelo das penhoras, que este Estado é cego e não olha a nada a não ser para a coluna do deve dos cidadãos....</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;">vale que vivo num país lindo, delicioso, mas tão desigual que até dói, tão batoteiro e egoísta que até indigna, tão imprevisível que até assusta .... ser jovem agora é de facto muito difícil, o futuro é incerto e as elites políticas não sabem apresentar propostas credíveis para assegurar que a inteligência e a competência não sejam postas ao serviço de interesses extra-nacionais...e assim nos vão entretendo de IRS em IRS...enterrados numa Europa de projectos moribundos onde campeia o saque descarado a quem não tem ....mas o que é que aquela gente lá de Bruxelas quer fazer da Europa ????</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;">antes de ter de decidir se serei enterrado ou cremado - uma outra coisa terá de ser - vamos nos vendo por aqui e no Facebook enquanto, pelo meu lado, vou mantendo a chama da esperança em melhores dias para os nossos filhos e nossos netos ...</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;">ciao, vamos falando, yah?</span><br />
<span style="color: #351c75; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: #351c75; font-size: large;"><br /></span>
<span style="color: #351c75; font-size: large;"><br /></span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-74766858296311899082015-05-28T21:48:00.000+00:002015-05-28T21:50:44.805+00:00Obrigado<div>
Olá, I'm alive<br />
<br />
Em 28 de Dezembro de 2006 iniciei esta fantástica aventura que é a de abrir um blog.<br />
Foi antes de ter a síncope que me atirou para uma operação de cinco horas, de peito aberto, em que o Dr. Magalhães e sua equipa me salvaram a vida, colocando três bypasses, em 9 de Março de 2007.<br />
Mais de oito anos depois, com duas provas de esforço bem superadas, continuo em frente nesta magnífica aventura angolana em que me meti desde 2008.<br />
Este blogue tem tido altos e baixos mais baixos que altos. Não tenho tido tempo para o alimentar devidamente, mas também tenho sido acometido de alguns ataques de….preguiça. Coitado do blogue que, nem por levar a minha divisa "mais, sempre mais", mereceu o meu carinho.<br />
Felizmente, sou aqui visitado diariamente por uma média de 10 pessoas, número interessante para um espaço "adormecido".<br />
Não posso deixar de agradecer a todos os meus visitantes, aos amigos e a todos os que por aqui roçam os seus olhares e desejar-lhes o melhor de tudo.<br />
<br />
Helder de Sousa<br />
<br /></div>
Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-29650167987615781742013-03-23T16:52:00.000+00:002013-03-23T16:52:06.601+00:00<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; margin-bottom: 15px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 100%px; word-spacing: 0px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; vertical-align: top;"><strong><span style="font-size: small;">WHY NOT ?????</span></strong><br />
<strong><span style="font-size: small;"></span></strong><br class="Apple-interchange-newline" /><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="7" style="width: 100%px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"><a href="http://www.cmjornal.xl.pt//noticias/exclusivo-cm" style="color: #de030b; font-family: Georgia; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-decoration: none; text-transform: none;" target="_blank"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: x-large;">Exclusivo CM</span></a></td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"><a href="http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/moedas-nomeia-jovens-tecnicos" style="color: #1155cc; font-family: Georgia; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; line-height: normal; text-decoration: none; text-transform: none;" target="_blank"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: x-large;">Moedas nomeia jovens técnicos</span></a></td></tr>
<tr><td style="font-family: Georgia; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 0px; text-decoration: none; text-transform: none;"><div align="justify">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: x-large;">Tiago e João são os mais recentes especialistas na equipa de acompanhamento do memorando da troika. Um tem 21 anos, o outro 22.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: x-large;"><span class="Apple-converted-space"></span></span> </div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: x-large;"><span class="Apple-converted-space">Já nem vale a pena comentar.</span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-45575771524914210862012-04-26T16:57:00.000+00:002012-04-26T16:57:43.548+00:00A minha SOL morreu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYomaWWTSQF74VUdTwkbkJv43pbs3CX_fz_vLnOzxj75cNJcnYB_52nkOo-Fx_NbHAafQ2ZCTfNEL3Ratf2EZWy3WO-wRZ7-RjtJvoIbj0VMWSVMuFgYt147GfVy2v9zLUSDaxujIyHcw/s1600/Sol...%C3%BAltimas+fotos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYomaWWTSQF74VUdTwkbkJv43pbs3CX_fz_vLnOzxj75cNJcnYB_52nkOo-Fx_NbHAafQ2ZCTfNEL3Ratf2EZWy3WO-wRZ7-RjtJvoIbj0VMWSVMuFgYt147GfVy2v9zLUSDaxujIyHcw/s320/Sol...%C3%BAltimas+fotos.jpg" width="276" /></a></div>
<div>
<span style="color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">A minha gata SOL morreu esta manhã...</span></div>
<div>
<span style="color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">ela já andava mal desde segunda-feira, com respiração muito acelerada ....faltava-lhe o ar ....</span></div>
<div>
<span style="color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">era o cancro que se tinha apoderado dos seus pulmões ...</span></div>
<div>
<span style="color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">ontem ela andou muito agitada, a correr de um lado para o outro como que à procura de ar...</span></div>
<div>
<span style="color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">esta noite dormiu comigo, encostada ao meu peito...</span></div>
<div>
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: #660000;">de manhã, ainda veio ter comigo à secretária, sentou-se como de costume, junto ao computador, virada para a janela, </span><span style="color: #660000;">como que a despedir-se ...fiz-lhe fotos ... (esta é uma delas) ... pressenti que o momento estava a chegar...</span></span></span></div>
<div>
<span style="color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">levei-a ao hospital e, depois de uma radiografia, o veredicto....ela estava em sofrimento a qualquer momento ia deixar de poder respirar...os pulmões estavam inundados de líquido .... optámos por lhe acabarem com o sofrimento ... a injecção foi dada às 12.30.....</span></div>
<div>
<span style="color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">choro o desaparecimento da minha bichinha companheira por quem eu tinha uma grande afeição e ela por mim....</span></div>
<div>
<span style="color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">helder</span></div>
<div>
<span style="color: #660000;"></span></div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-26040562955339737412011-06-25T12:45:00.000+00:002011-06-25T12:45:15.151+00:00Maçaricos<img class="img_loc" height="225" id="imgDestaque" src="http://mediaserver.rr.pt/newrr/passos-bruxelas-ce-d241145294a_400x225.jpg" title="" width="400" /><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;"><u>Passos Coelho não pagou bilhete de ida e volta a Bruxelas</u></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><o:p><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="background-color: blue; font-size: large;">Segundo o “Jornal de Negócios”, a TAP dispensa os ministros e secretários de Estado de qualquer despesa em deslocações oficiais. </span></span></o:p></span></div><!--<a href="javascript:history.back(-1);" style="padding:10px 4px 4px 4px"><img src="images/ico_goback.gif" width="42" height="20" class="img" alt="Voltar" /></a>--><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="background-color: blue; font-family: Calibri; font-size: large;">Afinal, pode não ter havido qualquer poupança pelo facto de Pedro Passos Coelho ter decidido viajar para Bruxelas em classe económica. O “Jornal de Negócios” diz que o primeiro-ministro não pagou o bilhete da viagem de ida e volta a Bruxelas, num voo da TAP, para participar no seu primeiro Conselho Europeu. </span></span><span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br />
<span style="background-color: blue; font-size: large;">Segundo o jornal, a companhia aérea portuguesa dispensa os ministros e secretários de Estado de qualquer despesa em deslocações oficiais. <br />
O jornal escreve ainda que isto se passou com todos os membros do anterior Governo.</span></span></span><br />
<span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="background-color: blue; font-size: large;">Segundo o “Jornal de Negócios”, a TAP dispensa os ministros e secretários de Estado de qualquer despesa em deslocações oficiais.</span> </span><br />
<span style="color: black; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">---------------------------------------------------------------</span></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>Já passei a fase da crítica a quente, hoje olho para o mundo com alguma distância, prefiro olhar a floresta para além da árvore, daí que pouco me impressionei com a notícia, repetida à exaustão , segundo a qual o novo Primeiro-Ministro decidira viajar sempre em Económica, nas suas deslocações oficiais à Europa.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>A exaustiva repetição da informação em tudo quanto era roda-pés, títulos, etc., etc., da nossa chamada Comunicação Social, mais parecia uma operação de propaganda orquesterada em que, admito, o próprio Governo não teria responsabilidade directa de autoria, por, simplesmente não precisar. A própria Comunicação Social, entusiasmada com o "exemplo" de poupança vinda do nóvel Governo, esqueceu o cerne da questão da viagem, ou seja, o que é que o Primeiro-Ministro foi fazer a Bruxelas</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>. Recordo alguns títulos:" Primeiro-Ministro estreia-se em Bruxelas", "Passos Coelho em Bruxelas", "Passos Coelho viajou em Económica para Bruxelas", bla, bla, bla. A notícia, afinal, era o nosso Primeiro, um, ter viajado em Económica, dois, ter -se estreado em Bruxelas, tipo </strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>vedeta de algum musical.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>O destaque dado à viagem em económica que nos encheu olhos e ouvidos durante uns dias na nossa C.S., não mereceu a mais pequena observação lá em Bruxelas, nem mesmo a eventual boa "prestação" de Passos Coelho mereceu alguma parangona na imprensa. Me pareceu que o nosso Primeiro-Ministro foi olhado em Bruxelas com alguma prudência, não pela sua pessoa mas sim pelo país devedor que ele representa, olhado com alguma reserva pelos falcões europeus que nos querem levar o couro e o cabelo.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>Como diz Medina Carreira, "essa gente não é digna de confiança", essa Merkel, esse Sarkozy, esses senhores do BCE, essa gente que olha para os países através dum monitor de computador cheio de números, longe do dia-a-dia da economia real. Pois, foi para o meio "dessa gente" que Passos Coeho teve que ir dizer que somos bons rapazes, que somos bons alunos, que respiramos Europa por todos os poros, que nos vamos portar bem e vamos pagar tudo e que ... não somos gregos. A verdade, verdadinha, é que, não sendo gregos, "nos vemos gregos" com a situação actual do país.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>Voltando à Económica. Houve jornais que fizeram a conta à poupança, afinal virtual, que Pasos Coelho teria feito ao comprar (não ele mas os serviços do Estado), um bilhete de Económica para ele e para cada um dos seus acompanhantes. Parece que não dava nem para pagar um milésimo do que temos de pagar por dia "a essa gente".</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>Então, lá "nos serviços" de apoio ou lá o que é, não havia ninguém que, transitado do Governo anterior, não sabia que a TAP oferecia as passagens aos membros do Governo em viagens oficiais?</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>Claro que havia. Então, quem vazou a informação cá para fora segundo a qual o nosso governante viajou em Económica, como um exemplo simbólico - não mais que isso - de preocupação em cortar despesas, não pensou na situação ridícula em que colocou o Primeiro-Ministro, a de ele dar um exemplo à partida bom, mas no final, bacoco porque os governantes viajam de borla na TAP. Se viakam de borla, suponho que, "já agora", viajam na Executiva, uma vez que não há despesa para o Estado.</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><strong>Tudo não passou de uma atitude algo quixotesca e de uma tentaiva de exemplo pífio. Coisas de maçaricos, de principiantes que serviram não mais do que alimentar a nossa Comunicação Social, sempre tão sequiosa de "faits divers", uma pequena árvore à frente da grande floresta.</strong></span></div>Helder de Sousa<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-43632182938518830312011-06-18T01:47:00.001+00:002011-06-18T01:55:54.201+00:00Olhar para a Grécia de hoje é ver o Portugal de amanhã!<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;"><u>Olhar para a Grécia de hoje é ver o Portugal de amanhã!</u></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/74/Josef_Ackermann_-_World_Economic_Forum_Annual_Meeting_Davos_2010_-_2.jpg/220px-Josef_Ackermann_-_World_Economic_Forum_Annual_Meeting_Davos_2010_-_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" id="il_fi" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/74/Josef_Ackermann_-_World_Economic_Forum_Annual_Meeting_Davos_2010_-_2.jpg/220px-Josef_Ackermann_-_World_Economic_Forum_Annual_Meeting_Davos_2010_-_2.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="186" /></a><o:p><span style="font-family: Calibri;"> <span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"> <v:formulas> <v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"> <v:f eqn="sum @0 1 0"> <v:f eqn="sum 0 0 @1"> <v:f eqn="prod @2 1 2"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @0 0 1"> <v:f eqn="prod @6 1 2"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="sum @8 21600 0"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @10 21600 0"> </v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas> <v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"> <o:lock aspectratio="t" v:ext="edit"> </o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"> <v:formulas> <v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"> <v:f eqn="sum @0 1 0"> <v:f eqn="sum 0 0 @1"> <v:f eqn="prod @2 1 2"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @0 0 1"> <v:f eqn="prod @6 1 2"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="sum @8 21600 0"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @10 21600 0"> </v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas> <v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"> <o:lock aspectratio="t" v:ext="edit"> </o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype></span></span></span></o:p><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Veja como dois banqueiros levam a Europa à ruína</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> <img height="133" id="il_fi" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrNMPbv156O2RzLaOTxVhGgV7wRrW09N_PxgB0Pcx-B1wW50n_LCqr3TfGDA86U7Gxv1DMPZWHeeDV3iqUdSK8fIgbnRXWVGMYC4a_E5WdVH3NIeH2C8hqENTFhodxs-5-hXJSUZcwZbLc/s200/Jean-Claude-Trichet.jpeg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="200" /></span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Durante um ano, o Deutsche Bank e o Banco Central Europeu fizeram-nos acreditar que o que se passa na Grécia seria desastroso para a Europa. Estavam a mentir com quantos dentes têm na boca.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Em Frankfurt, dois dos homens mais poderosos da Europa sentam-se, virtualmente, um de cada lado da rua, nos arranha-céus sede de duas das mais importantes instituições no continente. Ninguém elegeu estes homens para que governem sobre nós. Ninguém votou nas suas instituições para que ditassem a nossa política económica. No entanto é o que fazem.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Apresentamos Jean-Claude Trichet e Josef Ackermann. O primeiro é o líder do Banco Central Europeu, está de saída, e foi recentemente considerado pela Newsweek uma das cinco pessoas mais importamtes do mundo. O segundo é o líder do maior banco privado da zona euro, o Deutsche Bank, e foi recentemente considerado pelo New York Times "o banqueiro mais poderoso da Europa". Nenhum deles foi eleito para liderar a economia. No entanto, juntos é o que fazem.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>De facto, ambos têm sido decisivos na definição da resposta a dar pela União Europeia à grave crise da dívida que contínua a assombrar a zona euro. Como noticiou o Times numa poderosa análise, o senhor Ackermann "encontra-se no centro do círculo mais concêntrico do poder, mais do que qualquer outro banqueiro do continente". De facto, ele aconselha regularmente políticos e decisores políticos sobre os assuntos económicos mais candentes do momento: a latente crise da dívida grega; a crescente tensão entre económicas europeias fortes, como a Alemanha, e as mais fracas como a Irlanda e Portugal; e o futuro da Europa como união económica e monetária e esse grande e expressivo empreendimento, o euro. </strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Ao mesmo tempo, nota o NYT, Ackermann é também "possivelmente o mais perigoso" banqueiro na Europa. Afinal, "não é segredo onde estão as alianças financeiras do senhor Ackermann: nos bancos". Por exemplo, Ackermann "tem insistido que seria um grave erro proporcionar algum alívio à dívida Grega".</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Qual seria o problema da reestruturação da dívida da Grécia? A Argentina e o Equador demonstraram amplamente na última década que a reestruturação da dívida soberana pode, na verdade, libertar o país das medidas de austeridade e inibidoras do crescimento impostas por líderes estrangeiros, permitindo uma mais rápida recuperação enquanto as necessidades e preocupações internas são acauteladas.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Mas, claro, temos de nos recordar que o senhor Ackermann não é um observador neutral. Existe uma agenda por detrás do seu discurso apocalíptico. O Times nota apropriadamente que "os bancos europeus, incluindo alemães como o Deutsche Bank, detêm muitos milhões de euros nas obrigações financeiras do governo grego e os bancos perderiam bastante se essas dívidas fossem reestruturadas".</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>No entanto, como conseguiu Ackermann convencer Merkel, Trichet e outros líderes da UE que a reestruturação da dívida grega levaria a uma situação como a da Leman Brothers? “A solução da Europa para a Grécia é, essencialmente”, segundo o senhor Ackermann, “mais dinheiro de resgate e mais austeridade”, uma estratégia que alguns analistas admitem que permita apenas ganhar tempo sem oferecer nenhuma esperança de recuperação.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Assim, cego pela sua própria ganância e indisponibilidade para assumir responsabilidades pelos empréstimos irresponsáveis concedidos pelo seu banco e que se relacionam com a criação da crise, Ackermann apenas agrava a crise. Alerta de modo alarmante para a probabilidade do aumento das consequências desastrosas e a Europa está paralisada. Os nosso dirigentes compraram a mentira. Porquê?</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Uma das razões para o sucesso de Ackermann é o facto de ter tido, durante a crise, o apoio dos seus vizinhos do Banco Central Europeu. Desde que a Grécia se afundou no abismo dos mercados de capital globais no início do ano passado, Jean-Claude Trichet, o presidente do BCE, bajulou cuidadosamente os interesses dos maiores bancos europeus qualificando a reestruturação como "demasiado arriscada".</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Não por acaso, o senhor Ackermann parece desfrutar de boas relações com Jean-Claude Trichet. Quando a senhora Merkel sugeriu que os credores privados assegurem uma parte do fardo, Ackermann opôs-se ao governo alemão e colocou-se ao lado do seu amigo, o senhor Trichet, argumentando que contra reestruturação da dívida grega porque forçaria os investidores - e os bancos - a “partilhar as dores da Grécia”.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Hoje, a maioria dos especialistas em economia - quer da esquerda quer da direita - chegaram à conclusão que a Grécia é insolvente. Simplesmente não pode, realisticamente, reembolsar a sua dívida esmagadora enquanto a economia continuar a contrair-se em resultado das medidas de austeridade prescritas por Ackermann e Trichet.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Até o governo alemão e o presidente da zona euro, Jean-Claude Juncker, falam agora na chamada "reestruturação suave" da dívida grega. Mas o BCE recusa-se a financiá-la. Se esta atitude de teimosia era previsível por parte do interessado Deutsche Bank, pelo contrário, é surpreendente num suposto agente "neutro" como o BCE.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Então porque continua o BCE a opor-se à única e real solução para a crise da dívida grega? Porque é que continua a empurrar a Grécia, e com ela toda a zona euro, para o abismo? É apenas porque Trichet e Ackermann e companhia são amigos próximos? Ou passa-se mais alguma coisa?</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Claro que se passa. Trichet cometeu o seu maior erro no ano passado quando decidiu ficar ao lado do seu amigo Ackermann ao opor-se o início da reestruturação da dívida. Em vez de permanecer na sua objectividade neutral enquanto líder do BCE, Trichet envolveu-se directamente na crise da dívida grega: começou por comprar grande quantidade de obrigações gregas através de mercados secundários só para permitir que a Grécia ficasse à tona e assim evitar que bancos e investidores europeus tivessem de fazer corte de cabelo.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Como resultado, já não são só os bancos privados europeus mas é também o seu Banco Central que estão afundados até ao pescoço na crise grega. Por outras palavras, a reestruturação grega já não prejudicaria apenas os bancos privados; forçaria Trichet a assumir grandes prejuízos na folha de balanços do BCE a escassos meses de passar a pasta a Mario Draghi.</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="color: #990000; font-family: Calibri;"><strong>Artigo de Jérôme E. Roos</strong></span></div><strong><span style="color: #990000;"> </span></strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><strong><span style="color: #990000;"> <v:stroke joinstyle="miter"> <v:formulas> <v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"> <v:f eqn="sum @0 1 0"> <v:f eqn="sum 0 0 @1"> <v:f eqn="prod @2 1 2"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @0 0 1"> <v:f eqn="prod @6 1 2"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="sum @8 21600 0"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @10 21600 0"> </v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas> <v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"> <o:lock aspectratio="t" v:ext="edit"> </o:lock></v:path></v:stroke></span></strong></v:shapetype><v:shape alt="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7EenU9XHw04rH2MXcHNysLSmQjtom0xgKZUPXxrn_-qvmM6rtzUqEUPuaLVszLjfrrZaUI0aiYSwz1vHEwa7Bluc8OJihYQboJ_Pea8qfdO17cLe8h74ufxoJmOck7vs0OpE3gLYUH1o/s1600/Banksters-Trichet-Ackermann-300x206.jpg" id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 154.5pt; visibility: visible; width: 225pt;" type="#_x0000_t75"><strong><span style="color: #990000;"> <v:imagedata o:title="Banksters-Trichet-Ackermann-300x206" src="file:///C:\Users\Toshiba\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg"> </v:imagedata></span></strong></v:shape></span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-83144929496906657912011-05-28T18:19:00.000+00:002011-05-28T18:19:10.536+00:00Que futuro vamos ter?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz4mV1F7DZ0fWWhchBMC6TRGw4KupH13aoQVdcm1DKDapPcvWgrPKkuiB1XTVPNUixKTRSwPwpTkfQYwqjLWJNSLgpTtJi9JYoXhdj3CDdmbvEcJfBmd-QXAQoMO_RQ_aosdFgWKHnZ60/s1600/rel%25C3%25B3gio+de+sol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="516" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz4mV1F7DZ0fWWhchBMC6TRGw4KupH13aoQVdcm1DKDapPcvWgrPKkuiB1XTVPNUixKTRSwPwpTkfQYwqjLWJNSLgpTtJi9JYoXhdj3CDdmbvEcJfBmd-QXAQoMO_RQ_aosdFgWKHnZ60/s640/rel%25C3%25B3gio+de+sol.jpg" width="640" /></a></div>Recebi por email.<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Provavelmente alguns dos pressupostos não são inteiramente verdade ou estão exagerados, mas o conjunto do que aqui é dito não andará muito longe da verdade. Merece muita atenção...</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Perspectiva de futuro no mundo ocidental<o:p></o:p></span></b></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo,</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">nos próximos 15 ou 25 anos!</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico),</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">ou na crise do petróleo de 73.</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">factores":</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">1º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Crise Financeira Mundial</b>: desde há 8 meses que o Sistema Financeiro</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">acabar esta história !...</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">2º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Crise do Petróleo</b>: Desde há 6 meses que o petróleo entrou na</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50%</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">(leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">massivas!), a inflação controlada, etc...</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">3º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Contracção da Mobilidade</b>: fortemente afectados pelos preços do</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">montante e na interpenetração económica mundial.</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">4º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Imigração</b>: a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">5º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Destruição da Classe Média</b>: quem tem oportunidade de circular um</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">capacidade de intervenção.</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">6º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Europa Morreu</b>: embora ainda estejam projectar o cerimonial do</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">"Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">uvas: deu-se há dias na Irlanda!</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">7º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A China ao assalto</b>: Contou-me um profissional do sector: a construção</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">por encomendas de navios.... da China. O gigante asiático vai agora</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">"atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia...helás! Estamos a</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">8º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Crise do Edifício Social</b>: As sociedades ocidentais terminaram com o</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">actuação comum...</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">9º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Ressurgir da Rússia/Índia</b>: para os menos atentos: a Rússia e a</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">5 anos ultrapassarão a Alemanha!</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">10º- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Revolução Tecnológica</b>: nos últimos meses o salto dado pela</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">5 anos!</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">(permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do novo espírito,</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">visionando e desfrutando das suas potencialidades!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ir em frente! Sem</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">medo!</span></div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-1194335702759244272011-05-07T22:37:00.001+00:002011-05-07T22:44:40.989+00:00WHAT EVERYBODY NEED TO KNOW - Portugal<a href="http://youtu.be/XXw5fMIYGqg">http://youtu.be/XXw5fMIYGqg</a><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=XXw5fMIYGqg">http://www.youtube.com/watch?v=XXw5fMIYGqg</a><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/1e87AhRkN50?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-23590109753072298542011-05-03T18:05:00.001+00:002011-05-03T18:07:41.053+00:00EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO<div style="color: #660000;"><span style="font-size: small;">EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO !<br />
<br />
Declarações do escritor e dissidente soviético, Vladimir Bukovsky,<br />
sobre o Tratado de Lisboa<br />
<br />
"É surpreendente que, após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha<br />
construído outro semelhante: a União Europeia (UE).<br />
O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabê-lo<br />
examinando a sua versão soviética.<br />
A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam<br />
mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é<br />
governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e,<br />
também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente<br />
impunes.<br />
Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma<br />
espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos,<br />
sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no<br />
Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo<br />
está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.<br />
Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito<br />
elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial<br />
vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem<br />
ou façam mal. Não é a URSS escarrada?<br />
A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação<br />
militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das<br />
armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.<br />
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente.<br />
Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a<br />
acontecer o mesmo com a UE.<br />
<br />
Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade<br />
histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as<br />
nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE<br />
parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende<br />
dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vosso<br />
sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade<br />
multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em<br />
mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do<br />
mundo.<br />
Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação.<br />
É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção<br />
de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir.<br />
O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na<br />
UE.<br />
<br />
Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE.<br />
Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada<br />
mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE.<br />
Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto».<br />
Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a<br />
sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente<br />
correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio<br />
da perda da vossa liberdade.<br />
<br />
Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra.<br />
Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE.<br />
<br />
Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas.<br />
<br />
A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental.<br />
<br />
Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria<br />
destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar,<br />
deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas<br />
económicos e étnicos.<br />
<br />
O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE<br />
também o é. (...)<br />
Eu já vivi o vosso «futuro»..."<br />
</span></div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-82375220679098609852011-04-02T17:33:00.000+00:002011-04-02T17:33:07.829+00:00Convite<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCNQb7K1XZv-U9G6Oo5383OnOwnfx2jm7zFa4z1BLvNGtCBFOcztaIFCHPOuY1Mkwc3SAPVGbJuesiVLewAp_ojkNfcyGdVCWTzrYxAho_qOwkz-wcCvcnyvjCaANMZ2U451kSpLUjxmI/s1600/jardimdelicias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="288" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCNQb7K1XZv-U9G6Oo5383OnOwnfx2jm7zFa4z1BLvNGtCBFOcztaIFCHPOuY1Mkwc3SAPVGbJuesiVLewAp_ojkNfcyGdVCWTzrYxAho_qOwkz-wcCvcnyvjCaANMZ2U451kSpLUjxmI/s640/jardimdelicias.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jardim das Delícias - Hieronimus Bosh - 1504 - Museu do Prado-Madrid<br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Hoje, não sei porquê, nem isso é importante, deu-me para ouvir "outra música". Tem dias que a gente não encontra explicação normal para certas atitudes, certas quebras de rotina. Ou será ...atrevo-me ... "estados de alma" ? Pronto, vamos por aqui "estados de alma". Não me parece que esteja deprimido, não acho que esteja triste, simplesmente liguei a televisão num canal de música e de lá sairam jorros de música "da outra", não daquela que escancara os tímpanos vinda de woofers e subwoofers encaixados em latas com rodas, vulgo automóveis. Quando um desses altifalantes ambulantes pára perto de mim e me rebenta a capacidade auditiva, espero sempre que os agudos, os baixos e a percussão provoquem tais vibrações na lata atrevida que ela não resista e se desfaça em pedaços espalhados no chão. Um dia vai acontecer.</span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Do televisor saiu um pouco de tudo, desde o canto gregoriano à Lacrimosa do Mozart. E fui-me encantando, pela enésima vez, com a Carmina Burana com direcção do André Rieu. No youtube também está. Mas a minha alma, em estado de absorção musical incontornável, subiu ao mágico momento da tarde com a interpretação "celestial" da soprano sul-africana Kimmi Skota da Ave Maria, de Bach, também sob a batuta de André Rieu.</span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Hoje, sem saber porquê, e isso não interessa nada, convido-vos a ouvir a Kimmi Skota. E digam-se se não vale a pena ter "estado de alma", mesmo não sabendo bem o que isso é. Importa?</span><br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">"Ave Maria,</span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Gratia plena, Dominus tecum, </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Benedicta tu in mulieribus.....</span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">.....ora pro nobis, nobis peccatoribus....."</span></td></tr>
</tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-78097330118166337142011-03-23T22:06:00.000+00:002011-03-23T22:06:18.596+00:00saiam dessa mesmice............<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;">....</span> </span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">cumprindo o desejo de numerosas famílias, o homem teve de se demitir......</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">e agora???? acham que alguma coisa vai mudar ??????</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">vamos voltar ao consumismo desbragado do tempo do cavaquismo????</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">O Coelho, tipo Passos, vai trazer-nos o Eden de volta?????</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Acordem, saiam dessa mesmice ............</span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-2134190569547278922010-12-24T07:36:00.000+00:002010-12-24T07:37:18.763+00:00BOAS FESTASHelder, que o Natal seja bom e farto para que dure o ano inteiro. Um abraço.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-46627739889390657202010-12-18T01:41:00.000+00:002010-12-18T01:41:48.671+00:00ZERO FOI SALVO - aleluia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmjV57_oIUQIdp2FElpj08Is7-vnRUpDO2NflTi_RzZa-AMgAPUjYN-gs08EzregRQlrzGPtamYTKV8QUvel1wMsX_ZhSCACJrhtlCoW6CEIKfCNdtj0FNfs0cBij2q-o95NK5lGsDiDk/s1600/DSC00034.JPG"><img alt="" border="0" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmjV57_oIUQIdp2FElpj08Is7-vnRUpDO2NflTi_RzZa-AMgAPUjYN-gs08EzregRQlrzGPtamYTKV8QUvel1wMsX_ZhSCACJrhtlCoW6CEIKfCNdtj0FNfs0cBij2q-o95NK5lGsDiDk/s640/DSC00034.JPG" width="640" /></a><br />
Zero, na redacção, na prateleira dos "assuntos pendentes"????<br />
<br />
Quando OPAÍS se instalou, no longínquo ano de 2008, na famosa Casa Amarela, em Talatona, Luanda, um gatinho rafeiro aparecia pelo quintal, ao cair da tarde, como quem vai à procura de alguma coisa. Gato de rua, treinado nas duras leis da sobrevivência urbana, o Zero farejava alguma forma de complementar a sua dieta diária de ratos, no jardim do jornal. Pouco a pouco, foi tendo honras de atenção humana, alguns jornalistas começaram a deixar-lhe comida, nas mais variadas formas, até alguém ter subido a parada na forma de um belo saco de afamada marca de ração para gatos. <br />
Independente e, quem sabe, algo cauteloso na sua aproximação aos humanos, o Zero começou a entrar nas instalações do jornal quando já se tornara um lindo felino adolescente.<br />
E por ali se fez adulto, sempre acarinhado pela maioria do pessoal. Alguns revezavam-se na nobre tarefa de levar a ração para o Zero. Ele sabia quem lhe queria bem e não suspeitava que havia quem lhe tivesse traçado sentença de morte. A tudo o Zero sobreviveu.<br />
O bicho tornou-se, desde os primeiros tempos de O PAÍS, vedeta nacional. Logo numa das primeiras edições, Luis Fernando dava honras de presença na última página do jornal.<br />
O Zero ganhava, por direito e por inerência superior, uma figura pública a nível nacional e mais um de nós a nível da redacção. Não escrevia mas inspirava crónicas. <br />
Luis Fernando, sempre pronto a colocar em letra de forma o que vê e o que sente, dedicou algumas prosas ao Zero e muitos de nós dedicamos-lhe atenção e carinho.<br />
Mas a vida dá curvas e o jornal mudou-se para outras instalações. Luis Fernando, na sua inebriante prosa, publicou um sublime grito de alerta, manifestando a sua preocupação sobre o futuro da instituição felina.<br />
E escreveu isto:<br />
<br />
<br />
<span style="color: blue; font-size: large;">A FECHAR</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;"></span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">E agora Zero?</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">A menos que alguém se dê ao trabalho de provar o contrário, o Zero é o gato mais famoso de Angola.</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">É, tanto quanto sabemos, o único de quem se tem notícias de jornal, volta e meia.</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Continua a viver em Talatona por não ser bichano que se adapte ao caos do centro de Luanda, onde ainda por cima abundam os gatos vira-latas e sem pedigree. Mas esta semana o nosso Zero viu-se confrontado com uma crise existencial que está a atormentar consciências e a dificultar decisões: a Casa Amarela, seu mundo de felicidade há quase três anos, ficou vazia.</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Nada mais e nada menos que uma mudança de todo o colectivo de profissionais que desde Maio de 2008 dá vida à sede do jornal O PAÍS, para novas instalações! Uma soberba notícia para jornalistas, repórteres fotográficos, designers e demais membros da equipa de trabalho que assim mudam de ares e se enchem de novas perspectivas, até porque o novo poiso lembra muito mais o espírito frenético do grande jornalismo, com gente entrando e saindo com as suas dispersas histórias de vida.</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Para o Zero, porém, há tudo menos razões festivas. A ideia concretizada de trocar a Casa Amarela por um novo espaço como o que se tem agora arrisca-se a sepultar as melhores expectativas da mimada mascote da malta que sabe o que é correr atrás dos factos em sete apertados dias de uma semana.</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">A nova casa, segundo as avaliações preliminares dos primeiros dias, não está muito moldada para se ter um gato manhoso que se enrosca nas pernas dos editores à quinta-feira, o dia em que quase infalivelmente eles se esquecem da sua ração de sobrevivência.</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">A pergunta feita na primeira vez que os ex-inquilinos da Casa Amarela se juntaram no lugar que vai ter a obrigação de competir com a mística do velho berço do jornal, segunda-feira 6 de Dezembro de 2010, diz tudo: E agora Zero?</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Em plena Redacção com tudo por estrear, incluindo o súbito desafio de se passar sem as travessuras do quadrúpede sete vidas, aquela pergunta soou a um alarme com a cor cinzenta das desistências bruscas. Percebeu-se que pode ter findado o parentesco levado até ao limite do entendimento e da tolerância entre os jornalistas e o felino durante exactos dois anos e meio, não por quebras de afecto ou como resultado das frequentes ingratidões da raça dos humanos, mas objectivamente pelos apertos logísticos do novo tecto.</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">O caso é sério e não se resolve com o sorriso de indiferença que irrompe de dentro, quase sempre, quando o futuro do Zero é posto sobre a mesa. Se fosse uma galinha, a resposta estava dada: cabidela e assunto encerrado!</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Mas é de um gato com estatuto de mascote, ganho por mérito e valentia, que se fala. Um exemplar que faria qualquer associação de defesa dos direitos dos animais pensar na justeza de um prémio para as gentes da Casa Amarela: zero maus-tratos e zero faltas de carinho e atenção a um nobre gato, excepto apenas nas tais quintas-feiras de desassossego em que o jornal vai para a gráfica, de resto um dia em que os jornalistas não estão para ninguém a não ser para o dever indeclinável de serem profissionais a toda linha.</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Quase tão importante para a equipa de O PAÍS garantir a produção dos primeiros números num novo cenário, com os tormentos da inadaptação próprios dos tempos de começo, será a descoberta de uma solução de compromisso para o bicudo caso do gato que perdeu a viagem para uma nova centralidade onde os arranhões e os miares não se sabe, ao certo, que tipo de tolerância terão. </span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Talvez seja hora de um patrocinador de vidas de felinos em desespero, como os há para as beldades de bairro ou os cantores de repentinos estrelados, manifestar-se apto e determinado a assumir o repto. Para que a saga do Zero siga por diante, em útil e perfeita consonância com a fama que lhes atribuem os saberes de antanho, de poderem viver 7 invejáveis vidas. </span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Luís Fernando</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">10 de Dezembro de 2010</span><br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Fiquei alarmado. Eu, que convivi longas horas de trabalho naquele jornal com o Zero sobre a minha secretária, temi pela sobrevivência do bicho. E escrevi, de imediato ao Luis Fernando, o que segue:</span><br />
<br />
<br />
<span style="color: #660000;">Luis,</span><br />
<span style="color: #660000;"></span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;">por favor,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;">ninguém mais do que tu </span><span style="color: #660000;">que tanto tem glorificado, com carinho e razão, o nosso</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;">bem adoptado ZERO, vedeta de tantas crónicas bem aviadas pela tua ágil pena,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;">poderá dar um caminho certo ao nosso felino ...</span><span style="color: #660000;">tão respeitado e acarinhado por toda a redacção...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;">o Zero tornou-se,</span></div><span style="color: #660000;">mais por mérito próprio do que por uma qualquer influência vinda das profundezas de um telefonema , uma referência na sociedade luandense, graças às tuas linhas sempre tão acertadamente ataviadas daquele linguajar colorido e certeiro que encanta ...</span><br />
<span style="color: #660000;">o Zero é uma instituição nacional, viveu e cresceu na nascença e no crescimento de uma força nacional que o é graças a ti...</span><br />
<span style="color: #660000;">....seria impróprio de gente boa como a que faz O PAÍS, mudar de ares e de poiso, levando tudo - telefones, computadores, cadeiras, mesas, papel e papéis, carros e agrafadores, menos o símbolo de uma forma de estar e de ser, prefigurada no nosso amado ZERO.....</span><br />
<br />
<span style="color: #660000;">Isto foi, no essencial o que escrevi ao escritor-director do jornal ao que Luis Fernando me respondeu pouco depois, concordando com o meu apelo.</span><br />
<br />
<span style="color: #660000;">Quase em simultâneo, o Luis Faria, editor de Economia e também um dos patrocinadores da existência da Zero na redacção, escrevia esta belissima peça de jornalismo:</span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Tudo é eterno enquanto dura. Há medida </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">que o tempo corre, que passa por nós ou </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">que nós passamos por ele, essa noção de </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">eternidade torna-se cada vez mais frágil. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">A verdadeira eternidade, a que gostaríamos </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">que repercutisse ao infinito os momentos que </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">queremos intermináveis, ou que se fi xasse numa </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">suspensão do tempo, seria, segundo Borges, uma </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">chatice. Não sei se Os Imortais, esse conto notável </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">que procura demonstrar que a imortalidade redundaria </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">num voluntário embrutecimento, já que </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">qualquer acontecimento seria apenas a repetição </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">de um outro que já teria ocorrido num momento </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">qualquer do passado, o que se tornaria insuportável, </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">é apenas mais uma ficção “trapaceira” de Borges. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Mas a finitude é isso: um espelho que não mais nos </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">reflectirá, um livro que repousará “eterno” na nossa </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">estante e que jamais leremos, uma esquina que não </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">voltaremos a dobrar. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Simone de Beauvoir inventou uma artimanha semelhante </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">para ludibriar os nossos limites ao afirmar que não </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">lhe interessaria sobreviver a tudo quanto tivesse amado. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">A eternidade tornar-se-ia um penoso alheamento </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">num mundo estranho. A ideia serviu, pelo menos, para </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">iludir os meus primeiros e juvenis temores face à nossa </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">natureza absolutamente provisória e precária. Beauvoir, </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">escritora e talvez uma das personalidades que mais se </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">bateu pela dignificação da mulher, quando o “feminismo” </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">pairava muito longe da moda e dos costumes, foi a </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">“eterna” companheira do filósofo que marcou o século </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">XX: Sartre, o homem que inverteu o postulado cartesiano </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">(“Penso logo Existo”) e sentenciou: Existo, logo </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">penso. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Mas deixemos a invocação erudita (detesto-a, mas </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">que hei-de fazer do raio das memórias?) e passemos a </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">coisas mais comezinhas. Um dia, ainda jovem, decidi </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">escrevinhar um glossário pessoal. Tanto quanto me lembra, </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">quando cheguei à letra Z clamei: “é preciso reabilitar</span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">o Zero!”. É que eu, além de Luís sou Zé, tal como o do </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">famoso livro de Reich: “Escuta, Zé Ninguém!”. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Ora bem, tudo isto vem a propósito do Zero, o gato, o </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">pequeno, amarelado e doce felino adoptado pela Casa </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Amarela, sede de O País até à última semana. Foi ali que </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">nasceu este jornal, numa residência simpática, afável, </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">doce, depois convenientemente adaptada para tentar </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">fazer caber lá o ofício e os seus artesãos. Até as fl ores </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">que a circundavam eram amarelas, prolongando, num </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">desmaio poético do olhar, as vigas de madeira que a </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">sustinham. Por isso o Zero só poderia ser amarelado. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Vagamente tigrado. Surgiu, ainda bebé, no momento </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">em que houve que intercalar a urgência de produzir a </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">primeira edição de O País com o teste de um número </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">zero. A coincidência fez com que o baptizasse de pronto: </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">és o Zero! </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">E tornou-se, como o já descreveu, com arte de </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">escritor, Luís Fernando, um companheiro para a </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">redacção de O País. Uma figura. Os gatos, observa </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Cesariny, olham sobranceiros, das suas janelas e dos </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">seus telhados, para a burguesia. O Zero mirava-nos </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">com cumplicidade, não abdicando da sua irredutível </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">independência felina. Com maior ou menor dedicação </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">revelada ou desvelada, no íntimo das almas que fazem </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">este jornal, o Zero era estimado. Por vezes secretamente. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">A ração do bicho, quantas vezes adiada pelas nossas </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">urgências, compromissos, distracções e egoísmos, </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">lá acabava por aparecer, meio desconchavada, meio </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">espalhada, na cozinha. O Zero concitava protestos e </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">alergias mas, altaneiro, apenas conhecia uma moeda de </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">troca: a do afecto. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Afecto. Algum que não figura nos tratados e modelos </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">da ciência económica. O Zero, na economia simples da </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">sua vida, não enfrenta problemas de subprime - para </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">ele a Casa Amarela não é um activo susceptível de </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">valorização especulativa, é apenas uma referência, um </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">local onde cultivava amizades, um último abrigo. Não </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">se debate com crises de sobre-endividamento. O único </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">crédito de que dispõe é a dedicação e o amor. Ignora os </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">ciclos económicos e os relatórios periódicos. Vive sem </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">prazo. Quando lhe falta comida caça (mais por instinto </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">brincalhão que por necessidade) e faz-se, sobretudo, </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">à vida. Uma vida poupada ao fastio contabilístico e </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">à complexidade econométrica. O Zero ajudou-me e </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">ensinou-me muito nas horas em que “stressava” com </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">as mesmices de sempre e já nem estou propriamente em </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">tempo de aprender… </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">O País mudou de instalações. Mudar, é o seu lema, é a </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">sua missão, o seu compromisso, a primeira linha do seu </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">estatuto. A Casa Amarela e o Zero ficam para trás, nos </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">recônditos recantos da memória, a nossa bagagem mais </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">consistente. E persistente. A verdade é que ainda não se </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">inventou o homem sem bagagem…Pois. Mas o que seria </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">de nós sem a arte do esquecimento? Voltando a Sartre e </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">num arrufo de timorata improvisação asseguro: o Zero </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">existe, logo é. Oxalá os novos inquilinos da Casa Amarela </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">sintam, por esta asserção, alguma empatia. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Como diz a letra de uma musiquinha da minha predilecção: </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">“O tempo é um momento para nunca mais”. </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">Esta coluna, por natureza, não é titulada. Se houvesse </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">uma excepção à regra seria, desta feita, encimada por um </span></div><span style="color: blue;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">nome, muito singelo: Zero. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue; font-size: large;">..................................</span></div>Se consolação alguma tive, foi a de me ter sido dada a possibilidade de ler um brilhante texto que agradeço ao Luís Faria..<br />
Finalmente, surge esta última peça do Luis Fernando, a repor "a legalidade" sobre o situação do Zero que, evidentemente, teve honras de reunião da Administração. Pois claro.<br />
Leiam o texto do Luis:<br />
<br />
<span style="color: blue; font-size: large;">A fechar</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Todos querem o Zero</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">A situação do Zero, o gato que não pôde acompanhar a equipa do jornal que o tem como mascote para o seu novo espaço de trabalho, está ao mais alto nível na Media Nova.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">A semana começou com uma reunião no gabinete do PCA, João Van-Dunem, no mínimo atípica. Um único ponto, dois interlocutores: o cronista que em nome do colectivo ergue a bandeira da sobrevivência do mimado sete vidas e o representante da Administração que tem de tomar a última das decisões.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">O fim-de-semana a seguir à publicação da crónica que colocava angustiantes interrogações sobre o futuro imediato do gato mascote foi agitado o suficiente para justificar essa reunião. Dezenas de leitores e amigos de O PAÍS, tocados pelo caso, juntaram-se à onda de solidariedade que protege o bichano e avançaram com soluções, que, no caso, se resumiram a uma apenas: aceitam ficar com o animal em suas casas!</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Obviamente que colocada a resposta da sociedade da maneira como se colocou, sobrevieram, de repente, preocupações novas que sugerem apreciação ponderada. O Zero não é um gato qualquer, anónimo, de vida errática, agarrado ao mau agoiro que se associa aos iguais da sua família natural.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">O nome Zero pode levar erradamente a intuir um punhado de tropeços existenciais. Zero de não existência, zero de nulidade, zero de um activo baixado à condição de não ganho e não perda. Um zero de vazio, de silêncio cósmico, de não matéria, enfim, o célebre zero matemático à esquerda do qual nada tem valor contável.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Só que o gato Zero, na verdade, representa o contrário de tudo isso. É um nobre quadrúpede com o espaço protegido e a vida tomada como responsabilidade permanente de um colectivo de gente conscienciosa que faz todas as semanas um jornal</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Na reunião com o Zero a servir de ponto único da agenda a saída foi peremptória: a mascote de O PAÍS ganhou um estatuto social de peso tal que já não há nada que o possa afastar dos seus tutores. É património inalienável do jornal e assim permanecerá, quer troveje, aconteça um simulacro do fim do mundo ou uma qualquer praga de dimensões apocalípticas.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Os novos inquilinos da Casa Amarela deram a toda a família O PAÍS garantias de que o gato será sempre bem cuidado e que os jornalistas poderão continuar a ver nele o mesmo factor de inspiração. Não lhe faltará a ração providencial de todos os dias nem o sossego de um quintal amigo.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Apesar de geograficamente distante, o Zero manterá o estatuto de mascote do jornal e aceitará que os redactores, os repórteres, os fotógrafos, os designers, o rodeiem dos mesmos mimos destes últimos três anos de intensa cumplicidade.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Há por isso festa, de novo, entre os parentes humanos do mais mediático gato que Angola possui.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Já se fazem planos para o simpático bicho. Para muitos, está na hora de o trazermos uma vez ou outra ao novo edifício para rever os seus amigos de longa data; para outros, nada melhor do que proporcionar ao Zero as noites mágicas e simultaneamente loucas de fecho, 5tas feiras, a ver se não perde o endiabrado hábito de se deitar, descontraidíssimo, sobre os teclados dos editores. E de aparecer nos lugares menos recomendados, escadas, portas, copa, provocando quedas a quem se der ao trabalho e a veleidade de o ignorar, como aconteceu com a Rojú, do sector de Fotografia, no dia em que selaram, ambos, o ódio de estimação que se prolonga até hoje.</span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">A saída encontrada para os dias futuros do Zero serviu para silenciar as manifestações de dor e legítima angústia dos ex-inquilinos da Casa Amarela e vizinhança. Livramo-nos todos do peso da observação útil e contundente da ilustre directora dos Recursos Humanos do grupo Media Nova, Kénia Sandão, que resumiu acertadamente aquele estado de desânimo global e nos partiu a alma durante dias: “é injusto deixar o Zero na Casa Amarela, abandonado, ele que foi o único trabalhador que não chateou, não deu dores de cabeça à empresa”. </span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Os novos inquilinos da Casa Amarela deram a toda a família O PAÍS garantias de que o gato será sempre bem cuidado...</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: blue; font-size: large;">Luís Fernando</span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-10347913172526326882010-11-24T02:28:00.001+00:002010-11-24T02:36:30.622+00:00A austeridade é perigosa<span class="f"><cite><span style="color: #0e774a;">belemlivre.blogspot.com/.../austeridade-e-perigosa-<b>mark</b>-<b>blyth</b>_19.html</span></cite><span style="color: #767676;"> </span></span><br />
<br />
<span class="f"><span style="color: #660000; font-size: large;">o link acima, com a devida vénia ao autor do blog belemlivre, mostra o professor Mark Blyth, da Universidade Brown a defender a ideia de que a austeridade é uma coisa perigosa.</span></span><br />
<span class="f"><span style="color: #660000; font-size: large;">Vale a pena ouvi-lo.</span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Irrita-me profundamente a parte final do seu discurso, não pela ideia mas pela assumpção de que somos todos uns tolos enganados pelos poderosos que fizeram a grossa asneira financeira que abala o mundo sem sofrerem com a crise, enquanto nós, os pequenos, que já pagávamos tudo e mais alguma coisa antes da crise, agora, em nome da defesa da austeridade, pagamos tudo outra vez e com juros...</span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Esta gente das finanças, esta gente dos bancos de todo o mundo, devia ser chamada à responsabiloidade da porcaria que fizeram e serem castigados por isso. Mas, como de costume, não vai acontecer-lhes nada. A nós é que acontece. E custa muito.</span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-31682922915932830682010-11-22T23:42:00.000+00:002010-11-22T23:42:46.635+00:00O (falso) Decálogo de Abraham Lincoln<span style="color: #660000; font-size: large;">Num país de invejosos, mentes pequenas, arranjistas, onde a devassa da vida privada se tornou um desporto, onde olhar pelo buraco da fechadura do vizinho é o passatempo mais apreciado e o esquema do “já agora” é a máxima do oportunismo, vale a pena relembrar os dez mandamentos do 16º Presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln.</span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;"></span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">É certo que, depois disto, veio o capitalismo, com os seus bens e os seus males. Muitos dos que, em vez de trabalhar, andam entretidos a denunciar os vencimentos de algumas pessoas, como se, com isso, resolvessem os problemas dos pobres, e endireitassem a crise do país, melhor fariam se metessem menos baixas, se acabassem com o absentismo no trabalho, se olhassem para si póprios e tentassem progredir, se não profissionalmente, pelo menos como indivíduos úteis à sociedade.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Para esses aqui publico o Decátologo de Abraham Lincoln. Provavelmente, para muitos, estas dez ideias entram a 100 e saiem a mil, como se contivessem a maior inutilidade. São os que vivem a vida à espera do subsídio, da fuga às responsabilidades e aos impostos, dos que chamam a televisão para resolverem os seus problemazinhos pessoais, dos que passam o tempo à porta da Junta de Freguesia. </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLlO-q4gSrO9j6VvlImbhE5uP1dSESfn_oujt7XkRnRO8gs0ZDfVc6EURrn8RrV3bTlVC-kCFjs9PQ0MGr1sDpqxSB0OVr-Cx9EIzUCofZvqsnZ8zefZinlBwBf3TUNgm7-P8uJrhKorc/s1600/abraham+lincoln.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLlO-q4gSrO9j6VvlImbhE5uP1dSESfn_oujt7XkRnRO8gs0ZDfVc6EURrn8RrV3bTlVC-kCFjs9PQ0MGr1sDpqxSB0OVr-Cx9EIzUCofZvqsnZ8zefZinlBwBf3TUNgm7-P8uJrhKorc/s400/abraham+lincoln.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">1. Não se pode criar prosperidade desalentando a Iniciativa Própria.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">2. Não se pode fortalecer o débil, enfraquecendo o forte.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">3. Não se pode ajudar os pequenos, esmagando os grandes.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">4. Não se pode ajudar o pobre, destruindo o rico.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">5. Não se pode elevar o salário, pressionando quem paga o salário.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">6. Não se pode resolver os seus problemas enquanto se gasta mais do que se ganha.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">7. Não se pode promover a fraternidade da humanidade, admitindo e incitando ao ódio de classes.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">8. Não se pode garantir uma adequada segurança com dinheiro emprestado.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">9. Não se pode formar o carácter e o valor do homem tirando-lhe a sua independência (liberdade) e iniciativa.</span><br />
<span style="color: #20124d;"><br />
<span style="font-size: x-large;"></span></span><br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">10. Não se pode ajudar os homens permanentemente, realizando por eles o que eles podem e devem fazer por si mesmos.</span><br />
<br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;"><span style="color: #444444; font-size: large;">Mas, na melhor sopa cai a mosca. Continuando a pesquisa sobre este tema, descubro que, afinal, o decálogo é falso, que não foi Lincoln quem o escreveu. O decálogo, cujo título original é "The ten cannots" (Os dez não se pode) pertence ao reverendo William J.H. Boetcker, um presbiteriano norte-americano de origem alemã(1873-1962), que o publicou em 1916. </span></span><br />
<span style="color: #444444; font-size: large;">De tanto se atribuir a autoria destas máximas a Lincoln, o próprio Ronald Reagan, num discurso, mencionou o Decálogo como tendo sido do seu antecessor na presidência dos EUA.</span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-31316543693875853632010-11-21T02:05:00.000+00:002010-11-21T02:05:19.766+00:00MANDELA<span style="color: #660000; font-size: large;">Viajar pela África do Sul é receber surpresas a cada quilómetro de estrada. Perto de Durban, em Howick, deparei com este monumento erigido no local onde Nelson Mandela foi preso pela polícia do regime racista da África do Sul, em 5 de Agosto de 1962.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzOZQw4lCPsnX8G4aAJDZllMGPn3mCsUWU9H96-FiqAcYqonh8c4YJ-H6k_du91lkdm6kBvVbgJt1MgrRf2CflZkH20dgKfZwkdLylUMQTGL6TJHZoRV5LViC76BH_1wqkR4VB2-VULFE/s1600/mandela-preso.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzOZQw4lCPsnX8G4aAJDZllMGPn3mCsUWU9H96-FiqAcYqonh8c4YJ-H6k_du91lkdm6kBvVbgJt1MgrRf2CflZkH20dgKfZwkdLylUMQTGL6TJHZoRV5LViC76BH_1wqkR4VB2-VULFE/s320/mandela-preso.jpg" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGRxkym4guPEUQ1WYkhYe2VVxa7Xb0tvCUyGOI0IyTt6cJvMmD5KUw6WSP0m1QRtYJHAYOXM5oAerWUxOnBkWABfKbEiRJ7glAbtYuaR4BTn3XKZVZVicAVlW7a_F1fFBt2SCGInNI9q4/s1600/P1020917+-+C%25C3%25B3pia.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGRxkym4guPEUQ1WYkhYe2VVxa7Xb0tvCUyGOI0IyTt6cJvMmD5KUw6WSP0m1QRtYJHAYOXM5oAerWUxOnBkWABfKbEiRJ7glAbtYuaR4BTn3XKZVZVicAVlW7a_F1fFBt2SCGInNI9q4/s640/P1020917+-+C%25C3%25B3pia.JPG" width="640" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Mandela já era conhecido e temido militante da causa anti-apartheid pelas autoridades separatistas havia alguns anos. Na sua actividade, ele deslocava-se de noite para não ser detectado pela polícia. Dizem que foi denunciado, o que facilitou a sua detenção naquele local.</span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O monumento é bastante simples, à beira da estrada e é necessário ir com atenção a uma placa indicadora. Fiz as fotos com luz do dia nascente, quando me deslocava para Durban.</span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhChh1kvUIf_UaOoNLpS45brwQKqdhOQf0SH5N843bYg_bZzTMxw3XkebPDwcaOLTshdek6Dp_QjPDh-eMZwVTcE9DntRCLIypcqUEQq8K0SuIgn7ET7WH2Mjg1XWzYewo_DD9tz9vWbvw/s1600/P1020919+-+C%25C3%25B3pia.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhChh1kvUIf_UaOoNLpS45brwQKqdhOQf0SH5N843bYg_bZzTMxw3XkebPDwcaOLTshdek6Dp_QjPDh-eMZwVTcE9DntRCLIypcqUEQq8K0SuIgn7ET7WH2Mjg1XWzYewo_DD9tz9vWbvw/s320/P1020919+-+C%25C3%25B3pia.JPG" width="320" /></a><span style="color: #660000; font-size: large;">A lápida diz : ESTE MONUMENTO FOI ERIGIDO PELO POVO DE HOWICK PARA COMEMORAR O LUGAR DA DETENÇÃO DO PRESIDENTE NELSON MANDELA EM 5 DE AGOSTO DE 1962. A PLACA FOI DESCERRADA PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL NA OCASIÃO EM QUE RECEBEU O TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO EM 12 DE DEZEMBRO DE 1996".</span></div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-44307865900790932762010-11-10T22:18:00.002+00:002010-11-10T22:32:10.259+00:00Cavaco visto por Daniel Oliveira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifEFQ8AETitViwkZwefxnorzFxgMhuxXlXq6n283qXHg1EgQMcym6cHzf2NVMAH704tbHPn0eB1CCGKP2y6KEP5MB2IU6RBjMSKaw9c7-5ipcF2CCxDBp5qtDh_6jQUMaQ_kh9-mNXYI0/s1600/daniel+oliveira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="97" px="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifEFQ8AETitViwkZwefxnorzFxgMhuxXlXq6n283qXHg1EgQMcym6cHzf2NVMAH704tbHPn0eB1CCGKP2y6KEP5MB2IU6RBjMSKaw9c7-5ipcF2CCxDBp5qtDh_6jQUMaQ_kh9-mNXYI0/s640/daniel+oliveira.jpg" width="640" /></a></div>Daniel Oliveira publicou esta opinião na sua coluna "Antes pelo Contrário", no Expresso, no dia em que o Presidente da República anunciou ......<br />
que se recandidatava....... a ..... Presidente...... da República.<br />
Com a devida vénia ao autor, transcrevo a matéria.<br />
<br />
<br />
<span style="background-color: #660000; color: #eeeeee; font-size: x-large;">Os cinco cavacos </span><br />
<br />
<br />
<span style="color: #660000;">Cavaco Silva apresenta hoje a sua recandidatura. Foi ministro quando eu tinha 11 anos. Pode sair da Presidência quando eu tiver 46. Ele é o maior símbolo de tantos anos perdidos. E aqui se fala das suas cinco encarnações. </span><br />
<span style="color: #660000;">Daniel Oliveira</span><br />
<br />
(8:00 Terça feira, 26 de Outubro de 2010) <br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Sem contar com a sua breve passagem pela pasta das Finanças, conhecemos cinco cavacos. Mas todos os cavacos vão dar ao mesmo. </span></div><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O primeiro Cavaco foi primeiro-ministro. Esbanjou dinheiro como se não houvesse amanhã. Desperdiçou uma das maiores oportunidades de deste País no século passado. Escolheu e determinou um modelo de desenvolvimento que deixou obra mas não preparou a nossa economia para a produção e a exportação. O Cavaco dos patos bravos e do dinheiro fácil. Dos fundos europeus a desaparecerem e dos cursos de formação fantasmas. O Cavaco do Dias Loureiro e do Oliveira e Costa num governo da Nação. Era também o Cavaco que perante qualquer pergunta complicada escolhia o silêncio do bolo rei. Qualquer debate difícil não estava presente, fosse na televisão, em campanhas, fosse no Parlamento, a governar. Era o Cavaco que perante a contestação de estudantes, trabalhadores, polícias ou utentes da ponte sobre o Tejo respondia com o cassetete. O primeiro Cavaco foi autoritário. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O segundo Cavaco alimentou um tabu: não se sabia se ficava, se partia ou se queria ir para Belém. E não hesitou em deixar o seu partido soçobrar ao seu tabu pessoal. Até só haver Fernando Nogueira para concorrer à sua sucessão e ser humilhado nas urnas. A agenda de Cavaco sempre foi apenas Cavaco. Foi a votos nas presidenciais porque estava plenamente convencido que elas estavam no papo. Perdeu. O País ainda se lembrava bem dos últimos e deprimentes anos do seu governo, recheados de escândalos de corrupção. É que este ambiente de suspeita que vivemos com Sócrates é apenas um remake de um filme que conhecemos. O segundo Cavaco foi egoísta. </span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O terceiro Cavaco regressou vindo do silêncio. Concorreu de novo às presidenciais. Quase não falou na campanha. Passeou-se sempre protegido dos imprevistos. Porque Cavaco sabe que Cavaco é um bluff. Não tem pensamento político, tem apenas um repertório de frases feitas muito consensuais. Esse Cavaco paira sobre a política, como se a política não fosse o seu ofício de quase sempre. Porque tem nojo da política. Não do pior que ela tem: os amigos nos negócios, as redes de interesses, da demagogia vazia, os truques palacianos. Mas do mais nobre que ela representa: o confronto de ideias, a exposição à critica impiedosa, a coragem de correr riscos, a generosidade de pôr o cargo que ocupa acima dele próprio. Venceu, porque todos estes cavacos representam o nosso atraso. Cavaco é a metáfora viva da periferia cultural, económica e politica que somos na Europa. O terceiro Cavaco é vazio. </span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O quarto Cavaco foi Presidente. Teve três momentos que escolheu como fundamentais para se dirigir ao País: esse assunto que aquecia tanto a Nação, que era o Estatuto dos Açores; umas escutas que nunca existiram a não ser na sua cabeça sempre cheia de paranóicas perseguições; e a crítica à lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo que, apesar de desfazer por palavras, não teve a coragem de vetar. O quarto Cavaco tem a mesma falta de coragem e a mesma ausência de capacidade de distinguir o que é prioritário de todos os outros. </span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Apesar de gostar de pensar em si próprio como um não político, todo ele é cálculo e todo o cálculo tem ele próprio como centro de interesse. Este foi o Cavaco que tentou passar para a imprensa a acusação de que andaria a ser vigiado pelo governo, coisa que numa democracia normal só poderia acabar numa investigação criminal ou numa acção política exemplar. Era falso, todos sabemos. Mas Cavaco fechou o assunto com uma comunicação ao País surrealista, onde tudo ficou baralhado para nada se perceber. Este foi o Cavaco que achou que não devia estar nas cerimónias fúnebres do único prémio Nobel da literatura porque tinha um velho diferendo com ele. Porque Cavaco nunca percebeu que os cargos que ocupa estão acima dele próprio e não são um assunto privado. Este foi o Cavaco que protegeu, até ao limite do imaginável, o seu velho amigo Dias Loureiro, chegando quase a transformar-se em seu porta-voz. Mais uma vez e como sempre, ele próprio acima da instituição que representa. O quarto Cavaco não é um estadista. </span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">E agora cá está o quinto Cavaco. Quando chegou a crise começou a sua campanha. Como sempre, nunca assumida. Até o anúncio da sua candidatura foi feito por interposta pessoa. Em campanha disfarçada, dá conselhos económicos ao País. Por coincidência, quase todos contrários aos que praticou quando foi o primeiro Cavaco. Finge que modera enquanto se dedica a minar o caminho do líder que o seu próprio partido, crime dos crimes, elegeu à sua revelia. Sobre a crise e as ruínas de um governo no qual ninguém acredita, espera garantir a sua reeleição. Mas o quinto Cavaco, ganhe ou perca, já não se livra de uma coisa: foi o Presidente da República que chegou ao fim do seu primeiro mandato com um dos baixos índices de popularidade da nossa democracia e pode ser um dos que será reeleito com menor margem. O quinto Cavaco não tem chama. </span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Quando Cavaco chegou ao primeiro governo em que participou eu tinha 11 anos. Quando chegou a primeiro-ministro eu tinha 16. Quando saiu eu já tinha 26. Quando foi eleito Presidente eu tinha 36. Se for reeleito, terei 46 quando ele finalmente abandonar a vida política. Que este homem, que foi o politico profissional com mais tempo no activo para a minha geração, continue a fingir que nada tem a ver com o estado em que estamos e se continue a apresentar com alguém que está acima da politica é coisa que não deixa de me espantar. Ele é a política em tudo que ela falhou. É o símbolo mais evidente de tantos anos perdidos.</span></div><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="color: #660000;"></span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-77478054328237152872010-10-31T22:27:00.001+00:002010-10-31T22:28:30.240+00:00Finalmente, a mudança<span style="color: #660000;"><strong>Finalmente, depois de tanta angústia com o que nos vão tirar do bolso, alguma coisa mudou neste país.....</strong></span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1a0I95glcMrgkhWE6Z1IaB0O0g_3pMZk846-Dr7kKv_9B33D8GaZz7njYolZQjDvee8vmDZexS8_7ljQcA2U6aczwochnLkPb9_EIpcH4fstaGdEgrDdLLuqHqc7JsmSOZW2BdaBB8uI/s1600/rel%C3%B3gio+de+sol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="259" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1a0I95glcMrgkhWE6Z1IaB0O0g_3pMZk846-Dr7kKv_9B33D8GaZz7njYolZQjDvee8vmDZexS8_7ljQcA2U6aczwochnLkPb9_EIpcH4fstaGdEgrDdLLuqHqc7JsmSOZW2BdaBB8uI/s320/rel%C3%B3gio+de+sol.jpg" width="320" /></a></div><br />
<strong><span style="color: #660000;">........ <span style="color: blue; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: x-large;"><em>A HORAAAAAA</em></span>.....</span></strong>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-39307842246545695452010-10-26T23:50:00.000+00:002010-10-26T23:50:42.492+00:00CHOMSKY, SEMPRE CONTROVERSO....ou talvez não !!Avram Noam Chomsky<br />
<br />
<br />
<span style="color: #20124d; font-size: x-large;">As 10 Estratégias de Manipulação Mediática</span><br />
<br />
O linguista dos Estados Unidos Noam Chomsky elaborou a lista das "10 estratégias de manipulação" através dos media:<br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">O elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distracções e de informações insignificantes. A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.</span><br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconómicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez. </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento. </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Porquê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reacção também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")". </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido crítico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos... </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')". </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Promover ao público a achar que é moda o facto de ser estúpido, vulgar e inculto... </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.</span><br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema económico, o indivíduo se auto-desvaloriza e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua acção. E, sem acção, não há revolução! </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.</span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-45524370237651973882010-10-24T23:55:00.000+00:002010-10-24T23:55:11.657+00:00ARTIGO NO PRAVDA sobre Portugal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh51ZKHV_mwG5MWzadadiROaUzyzzD2drI4spXS6zJZra0MmmoxAfKQkd_ZK1AbsMu747dx4QbnLMMgiczc2R8eDd_-QRmS5tpUYaJy9T3joyEhYfofDGU6f7oKqVekCQYgoqs6DU023c4/s1600/pravda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="443" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh51ZKHV_mwG5MWzadadiROaUzyzzD2drI4spXS6zJZra0MmmoxAfKQkd_ZK1AbsMu747dx4QbnLMMgiczc2R8eDd_-QRmS5tpUYaJy9T3joyEhYfofDGU6f7oKqVekCQYgoqs6DU023c4/s640/pravda.jpg" width="640" /></a></div>Artigo do jornal russo Pravda sobre Portugal<br />
recebido no meu email, de um amigo. Não é o que está na imagem.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Source: Pravda.ru<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal, pelo Governo liberal de José </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Sócrates. Mais um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo Português a fazer </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">E não é porque eles serem portugueses.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Vá o leitor ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e vai descobrir que </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">doze por cento da população é portuguesa, oriunda de um povo que construiu um império que se </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">chegar ao Japão....e à Austrália.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contato com o </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">mundo real, um esteio na classe política elitista Português no Partido Social Democrata (PSD) e </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Partido Socialista (PS), gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde anos 80.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O objectivo? Para reduzir o défice. Porquê?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia se deixou sugar, é aquele em que as </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos Estados Unidos da </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">América (onde havia de ser?) virtual e fisicamente, controlam as políticas fiscais, económicas e </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Com amigos como estes organismos e ainda Bruxelas, quem precisa de inimigos?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">com medo, apavorada com a Alemanha depois das suas tropas invadiram o seu território três vezes </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. A França tem a </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para a sua indústria.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos pelos motoristas particulares </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">adivinhem de que país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são os </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata da </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">direita) e PS (Socialista, do centro), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo a sua agricultura (agricultores portugueses são pagos </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">para não produzir!!) e a sua indústria (desapareceu!!) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">lusas!!), a troco de quê?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">de criar emprego e riqueza numa base sustentável?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">1995, anos em que despejaram bilhões de euros através das suas mãos a partir dos fundos </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele é considerado "sério" e "honesto" (em terra de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é!!) </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">públicos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">A sua "política de betão" foi bem concebida, mas como sempre, mal planeada, o resultado de uma </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">inapta, descoordenada e, às vezes inexistente localização no modelo governativo do departamento </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">país e seu povo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">no litoral.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">criadas, em muitos casos já fecharam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou-se em empresas e </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini, Maserati. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Foram organizadas caçadas de javalí em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Governo e Aníbal Silva ficaram a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">a perderem o controle e a participarem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">E ele é um dos melhores?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo excelente diplomata, mas </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, "Eu vou </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">ser primeiro-ministro, só que não sei quando") que criou mais problemas com o seu discurso do </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">que com os que resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha qualquer </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">José Sócrates; um Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado pelos interesses </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">instalados.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">de dólares (???) de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projetos de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">educação).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">laboratório, que obviamente serão contra-producentes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">O Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Aqui estão os resultados:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">mudar de emprego ou abandonar o país (5%)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Concordo com o sacrifício (1%)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Um por cento. Quanto ao aumento dos impostos, a reação imediata será que a economia encolhe </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">população de Portugal, 10 milhões, afetará a criação de postos de trabalho, implicando a </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">caso de Portugal, contínua) recessão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem os resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar!!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de rating, que o Governo de Portugal </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno do Governo </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">de Portugal para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado com as suas ideias e propostas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">ser independente. Essa classe, enviou os interesses de Portugal para o ralo, pediu sacrifícios ao </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Esses traidores estão a levar cada vez mais portugueses a questionarem se não deveriam ter sido </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">assimilados há séculos pela Espanha.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Que convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude". Certos, bem longe de </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Portugal, como todos os que podem estão a fazer. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico e uma classe política </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">abominável.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Timothy Bancroft-Hinchey</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Pravda.Ru</span></div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-13700213047353690452010-10-13T23:33:00.000+00:002010-10-13T23:33:40.770+00:00VIVER A PRAZO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4DGjbfchixEYNdoT9TLVD4boBHMYdo9yEw20h4FSLM3ijUuJFjazNVSOfgDPOZuAOcRr1SiK4J1y5E3Repi1eO5VxBmS9dSd7scxTSmj-o7Wklhmfwoa7bHm7CWKFuQydhs5cq2V09Ys/s1600/P1020030+-+C%C3%B3pia.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="528" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4DGjbfchixEYNdoT9TLVD4boBHMYdo9yEw20h4FSLM3ijUuJFjazNVSOfgDPOZuAOcRr1SiK4J1y5E3Repi1eO5VxBmS9dSd7scxTSmj-o7Wklhmfwoa7bHm7CWKFuQydhs5cq2V09Ys/s640/P1020030+-+C%C3%B3pia.JPG" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">A Sol está condenada pela medicina, foi-lhe detectada uma metástase no pulmão direito. A médica deu-lhe dois meses de vida. </span></div><span style="color: #660000;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">A Sol é uma gata persa que foi oferecida em bebé à minha filha mais velha, a Patrícia. Por razões diversas, sobretudo devido à profissão de Assistente de bordo (vulgo Hospedeira do ar) da Patrícia, acabou por ficar em minha casa. Cada vez que a Patrícia a trazia para casa quando ia voar, a bichinha chegava sempre em stress. Achou-se melhor estabelecer-lhe residência fixa.</span></div><span style="color: #660000;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Quando tive a síncope que me ia levando para o outro lado, depois da operação, em recuperação em casa, a Sol foi a minha companhia permanente nas 24 horas dos dias. Nunca saiu da minha cama, sentada ou deitada aos pés, mas sempre virada para mim. Tomou conta de mim de dia e de noite. Nunca esquecerei esta devoção “maternal”, afectiva, desta gata.</span></div><span style="color: #660000;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">A Sol é um animal com uma personalidade forte, do alto dos seus 12 anos de idade, mas, ao mesmo tempo, muito afectuosa, muito carinhosa. Costumo dizer que é “pessoa” em forma de gata. Tem uma expressão de olhar que “derrete” o coração mais empedernido. Impõe-se quando acha que deve, tanto em face ao seu companheiro Lua um pouco mais jovem, como em relação à cadelita Twiggy, uma caniche que nos acompanha há 16 anos.</span></div><span style="color: #660000;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Quando se ama alguém, mesmo sendo um animal de estimação, não se aceita uma sentença de morte ditada pela ciência, ou, pela incapacidade da ciência. Quando muito, com alguma sorte, ela poderá ainda durar uns seis meses mas, já com sofrimento. Terá de avançar para a quimioterapia. Não estou a ver a “minha” Sol a ter de fazer quimioterapia todos os 15 dias. Ela que é tão assertiva, tão decidida, tão autoritária!. Cair no torpor do tratamento, deixar de executar as suas atitudes de “mandona” em relação aos outros animais e até a mim, não estou a ver a Sol a aceitar isso. </span></div><span style="color: #660000;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">A notícia ainda está fresca e ainda estou em “choque”, a médica há-de dar os conselhos que achar mais convenientes para o bem-estar da Sol. </span></div><span style="color: #660000;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Sei que a Natureza vai seguir o seu caminho inexorável e que eu vou ficar sem a companhia da Sol dentro de um prazo relativamente curto. É estranho tudo isto. Todos sabemos que a morte é o que há de mais exacto na vida. Todos sabemos que ela vai chegar a todos nós. Temos sempre a esperança de um adiamento, de um prolongamento.</span></div><span style="color: #660000;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: large;"></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">“Ahhh!!! A Morte não me vai fazer isso agora, já”. Custa é quando é dado um prazo. Dois meses, seis meses. Um prazo. O fim da linha. O términus da viagem. O muro que não se vence. Numa morte anunciada, não é só a vítima que sofre mas também quem a rodeia. Todos passam a viver a prazo.</span> </div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-6048206300515440932010-10-10T15:52:00.000+00:002010-10-10T15:52:34.205+00:00Os meus relógios russos <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifSCq8xIEM5Z6i71xRPcQ8b_v-W_6uGETBJNVMv4En7IBJdu4WXCkvdi4yL7fJMR8d9rMdR4kR0MD03Zxn-kIhi_96b4iM8kCIuTG0LS-KbEeOP250KzsqVHyPoCThbDuGk9uf37C4ezU/s1600/P1020670+-+C%C3%B3pia.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ex="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifSCq8xIEM5Z6i71xRPcQ8b_v-W_6uGETBJNVMv4En7IBJdu4WXCkvdi4yL7fJMR8d9rMdR4kR0MD03Zxn-kIhi_96b4iM8kCIuTG0LS-KbEeOP250KzsqVHyPoCThbDuGk9uf37C4ezU/s320/P1020670+-+C%C3%B3pia.JPG" width="301" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;">Dos paraquedistas</td></tr>
</tbody></table> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvTqslPWcMzvF4CZXBr22I9C8Yr43TUpsH4GScZtVq73p7-ztE6fhfz_OW6dHWZO6QwcAb6hoCyVH8C8IupX8Wf9yReGMCymDTMdEpcNbWX9XGpRT_T04YSbCQ2jN8M7Zkt798TlRiv28/s1600/P1020674+-+C%C3%B3pia.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ex="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvTqslPWcMzvF4CZXBr22I9C8Yr43TUpsH4GScZtVq73p7-ztE6fhfz_OW6dHWZO6QwcAb6hoCyVH8C8IupX8Wf9yReGMCymDTMdEpcNbWX9XGpRT_T04YSbCQ2jN8M7Zkt798TlRiv28/s320/P1020674+-+C%C3%B3pia.JPG" width="274" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dos submarinistas, automático, suposto aguentar até 200 m de profundidade. Desculpem a qualidade da foto um pouco.."aguada", como convém.<br />
</td></tr>
</tbody></table> <div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Em 1993, na Praça Vermelha em Moscovo, vagueava eu pela história junto às grandes galerias que existem no lado oposto ao Kremlin. Procurava "souvenirs" para levar para casa mas, estranhamente, não via vendedores ambulantes. Até que fui abordado por um que me propunha "excelentes relógios de grande qualidade". Devo confessar que uma das palavras mágicas que agitam os meus neurónios é precisamente "relógios".</span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas, onde estava o mostruário? Ele não carregava nenhum. Comecei a desconfiar, não estivesse eu a começar a ser mais uma vítima sei lá de que maldade humana. Fez-me sinal para o seguir. Fui, na boa. Voltei a desconfiar quando me encaminhou para um baixo de escada, algo escuro, algo assustador. Era ali a "loja" dele. Num inglês pior que o de alguns governantes, explicou-me que as autoridades perseguiam-nos e que tinham de se esconder. Tudo bem, "mostra lá os relógios". Dezenas deles, de todos os feitios, comemorativos de datas "gloriosas" da União Soviética, pins, colares, enfim, uma quantidade infinda de "souvenirs".</span></div> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJqVPH85X8iD0F3b5MfHOa53ZWB5E5jeF2i5McVhyphenhyphen02r7pQwJfHXo5ZAAf6AYw4Xuoxg8DfMuIcg3s-L8ZSCVB1d8xGXsjCETyVB6ro533oLcH6Hh8HNLzZGSz04Vh12TqUCq6pMfPIRA/s1600/P1020673+-+C%C3%B3pia+-+C%C3%B3pia.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ex="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJqVPH85X8iD0F3b5MfHOa53ZWB5E5jeF2i5McVhyphenhyphen02r7pQwJfHXo5ZAAf6AYw4Xuoxg8DfMuIcg3s-L8ZSCVB1d8xGXsjCETyVB6ro533oLcH6Hh8HNLzZGSz04Vh12TqUCq6pMfPIRA/s320/P1020673+-+C%C3%B3pia+-+C%C3%B3pia.JPG" width="229" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dos blindados, com 17 rubis<br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><br />
<br />
<br />
<br />
</td></tr>
</tbody></table> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdQChQkgLsUeF06SmnDQeYcaQ5KX_nLRs2Y0b8GRyZr3XnjLsaKz1cBsCYWfo-URrxyqtuZ0B60kFN8-l82iK5w5VTmMkVK0edjYLRMxXZF9YfQCjd4N43e4IzTRviJueWaXg-NUqG6xw/s1600/P1020678+-+C%C3%B3pia.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ex="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdQChQkgLsUeF06SmnDQeYcaQ5KX_nLRs2Y0b8GRyZr3XnjLsaKz1cBsCYWfo-URrxyqtuZ0B60kFN8-l82iK5w5VTmMkVK0edjYLRMxXZF9YfQCjd4N43e4IzTRviJueWaXg-NUqG6xw/s320/P1020678+-+C%C3%B3pia.JPG" width="307" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Do KGB, automático, 200 metros<br />
</td></tr>
</tbody></table> <div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Lá fui separando uns dos outros para uma melhor selecção, sempre com os conselhos sábios do vendedor a enrtrarem-me por uma orelha e a sairem pela outra. Depois de laboriosas negociações e de cálculos sobre a relação rublo/escudo, fizemos negócio. Trouxe, dentro de um saquito de plástico de compras, os meus preciosos relógios. Achei particular interesse nas peças exclusivas para os vários ramos das forças armadas. O relógio dos blindados, o relógio dos submarinos, automático, o relógio dos paraquedistas e, automático também, capaz de suportar até 200 metros de profundidade (coisa que nunca experimentei por absoluta falta de tempo como devem compreender), o relógio do KGB. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFEbUjl9c8eRbR-oplvqJX7FmdIK-XdO-aNth3Dyy67ziSBw0_UKYIQ3LMnQFkjto6-eoiald1rb2qi4J8wbCYmRqZ7IjUbfDGGoPuvFaRrklD4lVhYR9nmpbQE0qfsMnNMxPYycXfiNQ/s1600/P1020677+-+C%C3%B3pia.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFEbUjl9c8eRbR-oplvqJX7FmdIK-XdO-aNth3Dyy67ziSBw0_UKYIQ3LMnQFkjto6-eoiald1rb2qi4J8wbCYmRqZ7IjUbfDGGoPuvFaRrklD4lVhYR9nmpbQE0qfsMnNMxPYycXfiNQ/s320/P1020677+-+C%C3%B3pia.JPG" width="320" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Depois, apresento-lhes um relógio "mais para melhor" como dizia a minha mãe quando achava que era necessário subir o estatuto e um outro, o único de pilha comemorativo da "grande CCCP" onde por baixo do 6 se lê, dificilmente, "Made in USSR". Certamente era para exportação para os...EUA ??</span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNZZ5vvHrHjOcPCAcSldX8oEQOwRHyoNXNPB-QDhySl9-edneXTa6JnRxcpCydXFFwxku7suEwb3XZKmtTwtLw1Es7ksTHNQphS1SfksK_70lR7gXtibU7fyIBV3ULZdIDgwet02PGNps/s1600/P1020676+-+C%C3%B3pia.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNZZ5vvHrHjOcPCAcSldX8oEQOwRHyoNXNPB-QDhySl9-edneXTa6JnRxcpCydXFFwxku7suEwb3XZKmtTwtLw1Es7ksTHNQphS1SfksK_70lR7gXtibU7fyIBV3ULZdIDgwet02PGNps/s320/P1020676+-+C%C3%B3pia.JPG" width="320" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Aqui ficam para a vossa curiosidade. Não são uma gracinha?</span></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-56163058775764122522010-09-27T23:35:00.000+00:002010-09-27T23:35:49.715+00:00200 anosPassou hoje 27 de Setembro o 200º aniversário da Batalha do Buçaco.<br />
De acordo com a Wikipédia, <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5nDMsCbALpFWvBUQQqjAjDNqEXPbCvsnQt8ob7QPbdXXfBGyUwIx3w7m2Vp63gOf3b7WGeImGvpkr0I0r7z8wGjYUj5TyJa6dQcGHg3AcCqNS-wxyXydQ2ANZmw4HB1q_dTQd-jGWGb0/s1600/Invas%C3%B5es+FRanc...Batalha+do+Bu%C3%A7aco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" px="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5nDMsCbALpFWvBUQQqjAjDNqEXPbCvsnQt8ob7QPbdXXfBGyUwIx3w7m2Vp63gOf3b7WGeImGvpkr0I0r7z8wGjYUj5TyJa6dQcGHg3AcCqNS-wxyXydQ2ANZmw4HB1q_dTQd-jGWGb0/s1600/Invas%C3%B5es+FRanc...Batalha+do+Bu%C3%A7aco.jpg" /></a></div>"A <b>Batalha do Buçaco</b> (ou Bussaco, de acordo com a grafia antiga), foi uma batalha travada durante a <a href="http://www.blogger.com/wiki/Terceira_Invas%C3%A3o_Francesa" title="Terceira Invasão Francesa"><span style="color: #0645ad;">Terceira Invasão Francesa</span></a>, no decorrer da <a href="http://www.blogger.com/wiki/Guerra_Peninsular" title="Guerra Peninsular"><span style="color: #0645ad;">Guerra Peninsular</span></a>, na <a href="http://www.blogger.com/wiki/Serra_do_Bu%C3%A7aco" title="Serra do Buçaco"><span style="color: #0645ad;">Serra do Buçaco</span></a>, a 27 de Setembro de 1810. De um lado, em atitude defensiva, encontravam-se as forças anglo-lusas sob o comando do <a href="http://www.blogger.com/wiki/Tenente-general" title="Tenente-general"><span style="color: #0645ad;">Tenente-general</span></a> <a href="http://www.blogger.com/wiki/Arthur_Wellesley" title="Arthur Wellesley"><span style="color: #0645ad;">Arthur Wellesley</span></a>, primeiro <a href="http://www.blogger.com/wiki/Duque_de_Wellington" title="Duque de Wellington"><span style="color: #0645ad;">Duque de Wellington</span></a>. Do outro lado, em atitude ofensiva, as forças francesas lideradas pelo <a href="http://www.blogger.com/wiki/Marechal" title="Marechal"><span style="color: #0645ad;">Marechal</span></a> <a class="mw-redirect" href="http://www.blogger.com/wiki/Andr%C3%A9_Massena" title="André Massena"><span style="color: #0645ad;">André Massena</span></a>. No fim da batalha, a vitória mostrava-se nitidamente do lado anglo-luso."Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-19903791107742684472010-09-23T23:38:00.000+00:002010-09-23T23:38:49.653+00:00TAIKO, Tambores japoneses<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4gExb_31cm7xYmoQemeHTFhDnphIst9mwpukQIHdiTELBnG58EveaAvVtQl6S4RwE9zVb5DncCuFQQmxRmrSiHgJmVabMzpKCD6Bzq9N7reJiabZU0OJQNBkPdwOH_iSFXKUnBlFXdc/s1600/P1020416-1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" px="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW4gExb_31cm7xYmoQemeHTFhDnphIst9mwpukQIHdiTELBnG58EveaAvVtQl6S4RwE9zVb5DncCuFQQmxRmrSiHgJmVabMzpKCD6Bzq9N7reJiabZU0OJQNBkPdwOH_iSFXKUnBlFXdc/s640/P1020416-1.JPG" width="640" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Tachibana Taiko Hibikiza, da província de Miyazaki, na ilha de Kiyusho, a mais a sul das quatro que compõem o Japão, são a nova geração do Taiko, com um som renovador. Já é considerado um dos principais grupos de Taiko no Japão Trazido a Lisboa pela mão da embaixada do Japão, o Tachibana Taiko Hibikiza actuou no Parque as Nações, sob um sol escaldante e em condições acústicas medíocres. Talvez por isso eles se ultrapassaram e deram um concerto memorável que, humildemente, trago aqui para partilhar com vocês, embora o meu equipamento de imagem seja mais que amador. </span></div>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1303275865699673494.post-29733481838140007492010-09-14T14:00:00.001+00:002010-09-14T15:33:51.163+00:00Contributo para a natalidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJePxjQpp5jk_o69ZaeJIwf3ceR3LtfDTy-9rGr043IXvw30h9tWtuNhzyKf-pmbkUqAkO2w5JqH3N5AWexRcvdjO_HUm7p54PYEFtG_VYbSFs8wv1de-7vOJwK10pfo92biGIqB6NKuo/s1600/Charlie+Chaplin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="626" qx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJePxjQpp5jk_o69ZaeJIwf3ceR3LtfDTy-9rGr043IXvw30h9tWtuNhzyKf-pmbkUqAkO2w5JqH3N5AWexRcvdjO_HUm7p54PYEFtG_VYbSFs8wv1de-7vOJwK10pfo92biGIqB6NKuo/s640/Charlie+Chaplin.jpg" width="640" /></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;">“Este país” não cessa de me espantar eu que já tenho idade para não me admirar com nada. Gostava de poder gozar os meus dias numa relativa paz de espírito, conjecturando sobre “a chuva e o bom tempo”, me preocupando com coisas fúteis, descartáveis, encher os dias de quase nada e de coisa nenhuma, usar lugares comuns como estes e não ter que olhar à pureza do novo acordo ortográfico.</span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;"></span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Mas este país faz tudo para me manter desperto e me causar algumas angústias de cuja maioria me julgava liberto. Já lá vai o tempo em que eu lia, absorvia, respirava Sartre e a Simonne, Malraux e Camus e me angustiava na medida exacta da minha idade de ter sede de conhecer. </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Sem precisar de exercer grande esforço sobre os meus cansados neurónios, recapitulo algumas das raridades com que “este país” me presenteia com mais frequência do que seria socialmente aceitável. O caso Casa Pia, com os seus oito aninhos de terror sobre todos os intervenientes que me oferece a cereja no topo do bolo com a incompetência informática a desculpar mais uma semana de atraso na entrega da papelada aos advogados. O caso Carlos Queirós, uma refinada versão sul-americana da intriga e da politiquice barata e porca.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Desta vez não entro na política caseira simplesmente por não ter sentido nenhuma reacção epidérmica que me levasse a expurgar raivas incontidas. Os políticos ainda estão de ressaca das férias, por isso, em banho Maria. Não contam.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Nada do que anda a causar espanto e alguns sorrisos mal velados pelos corredores internacionais sobre “este país” se iguala, em novidade e dimensão, à mais recente conclusão retirada, seguramente, de altos estudos: “este país”, na abertura do ano lectivo, registou uma quebra de 50 mil crianças em relação ao ano de 2.000. Uma das causas para o decréscimo de inscrições no ensino, dizem por aqui, está na quebra de natalidade. As estatísticas mostram que de 120 mil crianças nascidas em 2.000 “este país” só festejou 99 mil nascimentos em 2009.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Me parece que o grande problema dos portugueses não está em serem só especialistas do caricato. Esta baixa significativa em produzir criancinhas é causa bastante para angústia. Já não basta ver-se “este país” a fechar portas de tudo quanto é fábricas e fabriquetas, para agora nos embasbacarmos com o fecho das fábricas de fazer meninos. É demasiada carga para a minha reserva de angústias. </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Se a população activa não está capaz de mostrar as suas potencialidades, quem sabe se não seria bom chamar os “reformados”, os “jubilados” a darem mais uma prova de “sacrifício pelo país”. É só fazer as contas: se, dos 2 milhões de reformados, cuja idade média na hora da retirada da “vida activa” é de 59,6 anos, 50 mil procriassem (lembremo-nos, com a devida vénia do Charlie Chaplin), resolvia-se o problema do défice natalício “deste país”. </span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Não acredito que o atávico machismo luso tenha perdido capacidade de acções na horizontal.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
<span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">As causas são, de certeza, bem mais profundas que não me cabe aqui penetrar. O contributo dos “mais velhos” na nobre luta pela demografia nacional seria, em meu modesto entender, não só um contributo patriótico mas também uma “chicotada psicológica” para os mais jovens. É que, se calhar, a maneira antiga dos mais velhos - seja ela qual for - poderia fazer toda a diferença! </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Digo eu !!!!</span>Helder de Sousahttp://www.blogger.com/profile/11492326400723313758noreply@blogger.com2