segunda-feira, 29 de setembro de 2008

el Oscar que no fue dado

Te vamos a extrañar,Paul. Sí, te extrañaremos, pero no por la luminosidad de tus ojos tan celestes, ni por tu talento, ni por tu postura de galán tan admirado, que conservaste hasta el final de tu tiempo en la tierra.
Con tu muerte ,el mundo conoció mucho más de tu vida. Tu humildad y sencillez, a pesar de tus glorias, tu gran corazón.
Cincuenta años al lado de tu esposa, el amor por tu familia y tu gran pasión, las carreras de fórmula, la ayuda a los necesitados.
Eras Bueno. ¡qué galardón!!!!
la vida te debe un Oscar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

EL BESO Y EL ABRAZO

Puede un beso herirme entra las violetas ( a la manera de Góngora "entre las violetas fui herido" ), lo que no me puede herir, es el abrazo.
Hoy es el día de los enamorados , aquí en mi país. ¿Será que muere el invierno? -¿será que ya está la primavera ?...Será...? Pero el aire está cargado de aromas confusos entre energizantes y somnolientos ...jazmines...violetas...narcisos y rosales. Será...tal vez...
y leo esto ,que escribieron en el blog , de los besitos que abundan y se regalan y se dan a brazadas ,sin conciencia, como un leiv-motiv para dar por finalizado un saludo oral,escrito o lo que sea.
A pesar de que el beso fue cantado por excelsos poetas, soñado por enamorados, causa de desmayos a jovencitas de otros siglos, despertado de un sueño de cien años o vuelto a la vida a princesas encantadas, no soy fans del beso.
El beso es peligroso va desde la indiferencia a la traición.Ese beso en el aire de dos que se encuentran. El Amor fue entregado con un beso y la maffia te condena con él.
Sé que hay besos que tienen el poder de trasladarte a otra dimensión, de dejarte a las orillas del espacio, de avivarte una hoguera en las venas y de santificarte. Pero el beso, como Jano, posee varias caras. Por eso soy fans del abrazo. No abrazo a quien no quiero hacerlo, pero me veo obligada a besar a quienes me saludan con ese ritual de moda.
¡Cuánto dice un abrazo!!!.Te acoge, te protege, te confunde con el otro, no se necesitan palabras.
Te abrazo. Aquí estoyAquí estamos hermano,amigo,hijo,tú.Aquí estoy. Aquí estás.
El domingo es primavera. También es el día del estudiante. Habrá besos y abrazos.
Yo? Yo, les dejo mi abrazo.
marita faini adonnino-Argentina

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O beijinho

Não sei exactamente quando começou a moda do beijinho em Portugal.
Bem, o beijinho acho que sempre existiu, naquela versão soft e minimalista do beijo e do beijão. Mas eu refiro-me ao beijinho como cumprimento, como saudação de encerramento de conversa telefónica, ou como forma de cumprimentos: beijinhos lá em casa !!!! E a casa a encher-se de beijinhos indiscriminados, sem destinatário nomeado, assim como quando a gente não se lembra do nome da esposo - ou do esposo - e se generaliza a saudação, beijinhos lá em casa. Fica bem e não magoa ninguém.
O que me confunde um bocado é quando os portugueses dão - ou mandam - "beijinhos grandes". Mas qual é a dimensão de um beijinho e, por arrastamento, qual a do beijinho grande. Acredito que quando alguém deixa, ou manda "beijinhos grandes" a alguém, está a dimensionar o apreço do destinatário. Não se mandam "beijinhos grandes " para a sogra. Quando muito - e é preciso que tudo esteja a correr bem entre todos - mandam-se beijinhos. Ponto. Grandes, só mesmo como expressão de um interesse escondido. Ou para engraxar alguém ou para engatar alguém.
Engraxar o chefe, mandando beijinhos grandes para a esposa é uma boa forma de engrandecer os beijinhos. Talvez daí venha uma promoção, sabe-se lá !!!???. Para engatar é capaz de ser um tanto arriscado usar os "beijinhos grandes". Olha, manda "beijinhos grandes" àquela tua amiga de ontem. O risco não estará propriamente no tamanho dos beijinhos, reside mais é no cumprimento ou não do amigo em "passar" os tais beijinhos de encomenda. Nem sempre (ou quase nunca) a carta chega a Garcia e...lá se vai o engate.
Me parece - corrijam-me se estiver errado - que o beijinho surge nos hábitos dos portugueses como forma de amenizar a força do beijo. Beijo é mais íntimo, ou mais familiar de nível UM. Ninguém se arrisca a dizer ao colega "manda um beijo à tua mulher". Que é lá isso????!!!! Beijo ?????Este gajo manda beijo à minha mulher ????? Vou ter de começar a tomar conta deles, ai vou, vou. Portanto, regra das regras, não se deve mandar beijo à mulher do próximo. Beijinho, beijinho é que se manda. É mais maneirinho e não tem conotação perigosa. O beijo pode ser mandado por SMS, fica lá entre eles os dois e o marido não precisa de ficar com a pulga atrás da orelha.
O beijão é outra coisa totalmente diferente. Tão diferente que poucos sabem o que quer dizer. Não admira. Os brasileiros é que criaram o beijão, não fomos nós. Eles lá sabem o que fazer com tamanho beijo. Vejam bem : bei jão. Não soa a exagero ? Eu acho, mas também devo dizer que venho do tempo do "beijo repenicado". Alguns de vós lembram-se. Aquele beijo sonoro, inocente, que se dava aos filhos para os chatear, que se dava entre pessoas da mesma família, em sinal de familiaridade. Beijo sem compromisso, amistoso, com visualização sonora.
O beijinho preocupa-me. De tanto se ter vulgarizado - muito por conta de um sentido de autodefesa, já aqui raspámos por esse assunto - o beijinho caíu na vulgaridade e perdeu sentido. É beijinho para tudo, para despedida, para agradecimento, para parte de cartão de visita. É a plebe dos beijos. Daí eu pensar que o "beijinho grande" veio para dar alguma dignidade ao simples beijinho. Sempre recebe um certo volume, uma certa forma de dimensão - é grande, não é pequeno.
A contradição, no entanto, mantém-se. Usamos o "inho" como maneira de diminuir, como forma de mostrar carinho, como símbolo da nossa pequenez. É "inho" para tudo. Adoro, por exemplo, quando pedimos a conta no restaurante e o empregado vem solícito, reconfirmar: "é a continha"???? Continha soa a pequenino, devia ser mais pequena do que a conta, mesmo que não seja. E sabe-se que não é nunca. Mas amolece as tentações reivindicativas.
Uma forma de manter alguma dignidade aos beijinhos é acrescentar-lhe "muitos". Muitos beijinhooooos.... Não se levanta aquele problema da contradição dos "beijinhos grandes" - se são inhos não podem ser grandes, se são grandes não podem ser inhos - e sempre ajuda a mostrar alguma consideração pelo destinatário - beijiiinhooooossss, assim prolongando as vogais, dá-se corpo ao beijo e não nos comprometemos demasiado. Só damos ou mandamos beeiiijiiinhoooosss, em despedidas à distância, seja pelo telemóvel seja de um passeio para o outro. E a ética fica defendida.
Os "beijinhos grandes" é que, na minha humilde opinião, estão a precisar de uma revisão do acordo ortográfico. A menos que os brasileiros tenham a soberana vontade de lhe dar identidade e passarem a usar nas telenovelas "bêjinios grandisss". Aí teremos que rever não só o acordo mas também os nossos hábitos aliás, abalados com o"colocar" no lugar de "pôr". Certamente já repararam, os portugueses deixaram de pôr e passaram a colocar. Grave será se, num arranque de personalidade começamos a colocar beijinhos...grandes.
É caso para nos preocuparmos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Angola escolheu a Paz

As recentes eleições angolanas levantaram, muito antes de se realizarem, imensos comentários e muita intriga política, não sei se da chamada oposição - de que alguns elementos preponderantes incitaram ao voto no MPLA - ou se de forças mais ou menos ligadas aos grandes interesses económico-financeiros capazes de fazer ferver nervosos miudinhos em pouca água. O mote foi o mais básico: que as eleições podiam ser agitadas, que os diplomatas tinham que informar as autoridades sobre as suas deslocações com prazos anormalmente dilatados, que poderia haver perturbação urbana, enfim, que se iria viver um clima de terror e de insegurança total. Em complemento, houve gente a correr aos mercados para açambarcarem tudo o que havia de comer para um mínimo de duas semanas. O governo e o partido que o suporta, sabiamente do alto dos seus 33 anos de experiência de poder e de controlo de intrigas palacianas, geriu com bastante eficácia a torrente de "bocas" desestabilizadoras e assegurou um clima de segurança para os dias eleitorais.

Estou em crer que a forma como decorreu o acto eleitoral em Angola, mais do que um sinal de maturidade política, constituiu um aviso sério à chamada comunidade internacional, que tem a mania de mandar em tudo: façam o favor de não se meterem connosco, sabemos fazer o que tem de ser feito, estamos em nossa casa e em nossa que manda somos nós, venha daí o grupo de excursionistas internacionais travestidos de observadores, tipo fiscais de actos eleitorais.


Num país pobrezinho, sem meios nem recursos naturais, os tais observadores poderiam ter um papel de protagonistas e obrigarem o pobrezinho a novo acto eleitoral, caso detectassem qualquer anomalia por mais pequena que fosse. No caso de Angola, acabada de ser considerada o maior produtor africano de petróleo, qualquer "boca" que fosse dos observadores entraria a 100 e sairia a 200 dos ouvidos angolanos. Para as autoridades angolanas, é para o lado que dormem melhor. A comunidade dita internacional - ou parte dela - tem de perceber que Angola e seus governantes, por muito que sejam merecedores de críticas só faz o que entende que lhe dá proveito e não faz concessões.


A chefa italiana do grupo de observadores mandou umas bocas críticas, a observadora portuguesa Ana Gomes mandou outras para, poucas horas depois, virem a público desdizerem-se. Não perceberam aquelas alminhas que Luanda não é propriamente a sede da União Europeia e que os angolanos não são, nem serão nunca europeus, nem mesmo em termos de democracia dita ocidental.


Bastante antes do período eleitoral eu tinha percebido a inclinação do voto dos angolanos - o que eles queriam era que a guerra não voltasse mais - ainda que as discrepâncias sociais estejam demasiado acentuadas. Ao darem uma tão expressiva vitória ao partido no poder, os angolanos quiseram dizer que mais vale viver na estabilidade, ainda que socialmente desamparados, do que apostarem numa mudança e arriscarem-se a repetir dias amargos. Para lá disso, nenhum dos partidos da Oposição soube cativar o eleitorado com um programa realmente interessante. Em contrapartida, o MPLA, do cimo do seu poder imenso, mostrou serviço anunciando programas e desenvolvimento, de alojamento, de recuperação de terras, de melhoria das condições básicas de vida. Seria utópico esperar que, seis breves anos após a paz, tudo estivesse já feito e regularizado e as pessoas se sentissem plenamente realizadas na sua independência. Em eleições consideradas transparentes e correctas, os angolanos escolheram a paz, ainda que a cruzinha devesse ir para outro quadradinho que não o 12º da lista.


O problema da falta de cadernos eleitorais ou de centros de voto por montar é bem pouco merecedor de crítica, num país enorme como Angola, em fase de construção da sua identidade política.


Ninguém quis recuar a 1992. Ainda bem. Agora, Angola vai poder respirar e, nas calmas, à boa maneira africana, organizar a sua vida como muito bem entender.


A comunidade dita internacional que faça os seus trabalhos de casa para as próximas eleições.


terça-feira, 9 de setembro de 2008

A los que cumplen años hoy, nueve de setiembre, entre ellos, Helder, que suenen las campanas a gloria de todos los campanarios.
Marita

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