domingo, 15 de junho de 2008

Pequenino


Portugal, olhado do lado de fora da Europa, fica reduzido à sua verdadeira dimensão de país sem importância. É como se uma lente de diminuir estivesse virada em permanência para o pequeno rectângulo e nos retirasse todas as possíveis ilusões de óptica sobre o Éden lusitano.

Com a notória capacidade dos governantes de desgovernarem tudo, a leitura dos jornais domésticos - via Internet - mostra-nos um Estado de norte perdido, sem soluções, resignado com o seu triste fado de ser a eterna cauda da Europa. E, como se sabe, a cauda está muito perto do lugar de descargas fedorentas. Nada se pode esperar de bons augúrios com tão vil colocação.

E como se não bastasse, a "nossa selecção" perdeu vergonhosamente com a Suíça, de quem se dizia que seria arrumada em dois tempos, com o mínimo de três golos. Os grandes analistas, mais os responsáveis da equipa, mais os senhores da federação da bola já foram dizendo que Portugal jogou com a equipa de reserva, com as segundas linhas, que o árbitro prejudicou a equipa, tentando amenizar uma derrota- imagem do desgoverno de pessoas cujos rendimentos num mês são superiores ao que muitos lusos nunca ganharão numa vida de trabalho.

Para nós, para os emigrantes,especialmente para os portugueses na Suíça, o dia seguinte ao desta derrota será amargamente engolido com as graçolas bolsadas pelos suíços para quem trabalham.

Ou será que quem jogou com a Suíça não era a selecção nacional portuguesa, aquela que faz milhares de portugueses vestirem as cores da bandeira e correrem aos estádios para apoiarem os jogadores ou para manifestarem, por hora e meia, uma réstea de orgulho, uma esperança de vitória do país sobre o desgoverno?


1 comentário:

kambuta disse...

Helder, primeiro que tudo um abraço aí para as terras quentes e folgo que te não tenha amolecido os neurónios (lol). Continuas atento e este assuntó na realidade consegue meter nojo. Ainda têm o descaramento de arranjar desculpas. Um abraço.

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