quinta-feira, 15 de maio de 2008

A flor

Todos os anos por esta época sou presenteado com lindas rosas no meu quintal na aldeia. São de uma roseira encostada ao muro de divisória com a minha prima.

A rosa não é propriamente a minha flor preferida. Aliás, acho que não tenho nenhuma preferida. Gosto de tudo o que é flor, mas estas rosas têm um significado especial. São de uma roseira plantada pela minha mãe há, provavelmente, uns 40 anos. O espanto não está somente na longevidade da planta mas também na sua capacidade de resistência aos maus tratos que recebeu durante algum tempo quando lhe encostaram um monte de terra e cimento das obras. Esteve tapada durante um ano, abandonada. Algo porém lhe permitiu sobreviver não só ao tempo, às intempéries, aos invernos e verões assim como à falta de respeito dos operários das obras. Aí está a vingança dela: presentear-me todos os anos com as suas belas flores.

Esta roseira é uma resistente.

2 comentários:

kambuta disse...

Helder, que bela lição nos dá esta roseira plantada por tua Mãe há mais de 40 anos. Um abraço.

marita faini adonnino disse...

Cierta vez me contaste del rosal plantado por tu mamá.Es muy emotivo. Estos versos vienen al caso.,esa rosa "será tu silente compañía cuando a solas te llegue la nostalgia".
Tu mamá está presente en cada primavera. Un abrazo-marita

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