terça-feira, 29 de maio de 2007

Ninguém é inocente

La indiferencia generalizada o el acostumbramiento a las inquidades de este pobre mundo,nos toca a todos los pueblos y a todas las razas.No hay quien se salve."¡Al fin,ninguno es inocente!"(Juan Gelmann).Y así se han sucedido holocaustos en el largo camino de la temporalidad histórica.De tanto en tanto, alguien alza la voz.De tanto en tanto...Pero las iniquidades continúan.
Todo esto viene por lo sucedido en Brasil en la inauguración de la V Conferencia Episcopal,hace unos días.Viene por las atrocidades dichas por Benedicto XVI,en pleno corazón de América del Sur. Benedicto dijo que la evangelización de América del Sur no había sido la imposición de una cultura extraña y, asevera,con tono de ángel de la guarda que "los pueblos indígenas habían dado la bienvenida a la llegada de los sacerdotes europeos en el momento de la conquista porque estaban esperando en silencio a la cristiandad que deseaban".Y le sale al cruce Hugo Chávez con un alarido feroz-¿Cómo?! -¿Qué dice?! "Entraron a sangre,plomo y fuego.Aún están caliente los huesos de los mártires indígenas de estas tierras. Con Colón no vino Cristo,vino el Anticristo".Sí,Hugo
Chávez,populista,enemigo de imperialismo, del capitalismo, con métodos equivocados o no,que se ha equivocado ayer en cerrar el canal opositor,pero él se atreve a alzar la voz. "Desdígase"-le dice al Pontífice.
!¿Cómo puede ignorar-no lo ignora,lo sabe muy bien-Benedicto XVI, que ante cada entrada militar, los capitanes de conquista,leían a los indios,ante escribano público un extenso requerimiento donde se lo exhortaba a convertirse a la Santa Fe Católica y, si no lo hicieren,les haría la guerra,tomaría su mujer e hijos,los venderían,serían sus esclavos, tomaría sus bienes y "les haría todos los males y daños que pudiere".
¿Es ,acaso, esto no imponer? ¿es esta la religión que esperaban los indígenas? ¿es esta el amor que decían traer con la cruz?Los conquistadores ,no sabian interpretar el amor de la Cruz.
Cristóbal Colón dirigió en persona la campaña militar contra los indios dominicanos,con oficiales y perros,y fueron diezmados,vendidos a Sevilla como esclavos. Francisco Pizarro hizo pagar a a Atahualpa un rescate,antes de estrangularlo, de una habitación llena de oro y dos llenas de plata.
A plomo,espada,perros,avanzaban los conquistadores y decían evangelizar."Los indios de América sumaban setenta millones cuando llegaron los blancos,150 años después,quedaban tres millones y medio"(Darcy Ribeiro).
Ignora ésto el jefe de la Iglesia católica,Benedicto? O es que él,seguramente, pertenece al concepto que de América tenían los hombres como Voltaire que hablaba de una América habitada" por hombres perezosos y estúpidos." Bacon Montesquieu,Hume,Bodin se negaron a reconocer a "los hombres degradados" del Nuevo Mundo ,mientras que Hegel habló de la impotencia física y espiritual de América.Sin duda alguna debemos sumar a esta lista al Papa alemán.
Ignoraban?.No, no querían ni quieren ver la admirable civilización inca y maya en arquitectura,astronomía,matemática sus mediciones del tiempo y el valor de la cifra cero antes de cualquier pueblo de la historia.Civilización que el conquistador destruyó.
No sabe Benedicto que aún sangra América por sus hijos masacrados,explotados, avasallados,robados,descuartizados a quienes se les imponía , so pena de crueles castigos, una religión desconocida en un idioma que no sabían pronunciar.No vislumbra, porque no quiere,que aquí hubo un holocausto mayor en número que el hecho por los nazis. Estos, por el odio y aquellos, por la ambición desmedida.
Marita faini Adonnino-Argentina

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Medo e patetice

Isto está mesmo a entrar na esquizofrenia, seja lá o que isto queira dizer, mas o pessoal está a passar-se completamente dos carretos e perdeu todo o sentido de serviço e de estado a começar pelo Presidente da República que não resistiu à tentação de mandar bitaites sobre o incrível caso do professor gracejador afastado por via do chibanço de um assessor da directora regional do ensino do norte. Já não bastava a perigosa e excessiva atitude de abuso de poder assumida pela directora de querer castigar a liberdade de expressão conquistada há 30 anos para vir o Presidente da República -que eu supunha dever preocupar-se com assuntos do mais alto interesse para a Nação – rebaixar-se ao nível de questiúnculas de gentinha medíocre e merdosa (ai, esta minha dislexia prega-me cada partida, queria dizer medrosa) disposta a mostrar serviço de lealdade ao partido. Batista Bastos dizia há dias que este país está com medo, tem medo e por isso não consegue crescer. Tem razão BB, a atitude daquela senhora lá do ensino do norte é sinal perigoso da imposição do medo pela via da retaliação desmesurada e sem sentido. Preocupante é esta outra questão relacionada com a delação e que tem vindo a ser incentivada nos últimos tempos. Onde querem chegar com isto?
hs

terça-feira, 22 de maio de 2007

Desproporção e impotência

Tal como era de esperar, o caso da pequena Madeleine já passou para os finais dos noticiários. Em comparação e contrariamente a outros casos de crianças desaparecidas (o Rui Pedro por exemplo), as nossas televisões ainda mantêm enviados no Algarve e meios de emissão em directo. Para mim, vão mais a reboque das televisões inglesas do que por iniciativa própria. Se o pai da criança não fosse inglês, o que é nos interessava saber que ele tinha ido a Inglaterra tratar dos dinheiros dos fundos abertos para ajuda, ou se foi rezar à Igreja?
Alguma televisão nossa noticiou em directo, com entrevistas ou não, todas as iniciativas da mãe do Rui Pedro?
Há efectivamente uma desproporção enorme entre os dois casos por parte das nossas televisões mas há porque fomos e continuamos a reboque das inglesas.
Nota-se o desespero, o desconforto dos enviados ao Algarve quando são chamados do estúdio para mais “um directo”. Não têm nada de novo para dizer, não por culpa deles, mas têm de preencher um determinado tempo de antena enquanto na regie se observa os níveis de audiência e se decide o que fazer, se manter o directo, se mudar de assunto.
Mais grave que tudo é não se ter a mínima ideia do paradeiro da menina, não se saber nada do seu destino, apesar das numerosas descobertas aqui e ali. Me parece que o alarde mediático feito em torno deste caso terá prejudicado mais do que ajudado às investigações. Quem quer que tenha levado a menina, não seria assim tão estúpido que se arriscasse a colocá-la à vista de todos onde quer que fosse. Digo eu!
Se Maddie foi raptada para uma rede de pedofilia, será muitíssimo difícil encontrar-lhe o traço, isto por analogia com outros casos, nomeadamente o do Rui Pedro, cuja foto foi identificada pela mãe num site de pedofilia. Até hoje, zero. Ora, se as polícias não conseguem “entrar” nas redes de pedofilia para salvarem outras crianças desaparecidas, como, então vão resgatar a Maddie? Com vida.! Será preciso muito mais do que missas e vigílias.
hs

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Direitos Humanos...açucarados

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quarta-feira, 16 de maio de 2007

Câmara ... ardente


Andamos ao ritmo da Praia da Luz e da Câmara Municipal de Lisboa, enquanto não chegam os incêndios e, por pouco, passava ao lado da evidência há tanto esperada, agora vai deixar de ser preciso ser-se doutor para se poder assumir um elevado cargo na administração pública, suponho que a medida, a ser aprovada, vale também para deixar de ser preciso ser-se engenheiro para se chegar a um lugar no governo que, embora sendo coisa pública, não é tanto como funcionário público chefe de serviços, não sei. Aqui colocaria um ponto de exclamação mas não o faço por dois motivos, primeiro porque já nada me admira, depois porque num blog cuja leitura frequento prazenteiramente, o ponto de exclamação caiu em desgraça e eu gosto de acompanhar algumas modas.
As candidaturas à presidência da Câmara de Lisboa têm-me proporcionado excelentes momentos de reconciliação com a política e notáveis elementos de apreciação da qualidade dos nossos políticos, até porque não me tinha apercebido de que, o que é bom para Lisboa é bom para o país, conforme justifica o PS para a selecção do seu candidato. Fiquei enternecido com a sagacidade do presidente do PSD, que me fez lembrar o seleccionador nacional quando tem jogadores lesionados, acabando por seleccionar um sorumbático senhor Negrão quando podíamos sonhar com o alegre Ferreira do Amaral, ou com o especialista em matéria futebolística Fernando Seara de Sintra que fizeram um manguito ao sagaz presidente, aliás, no seguimento do outro manguito mais antigo pertença do futuro ex-presidente da Câmara. Como a altura é boa para aparecer na televisão e fazer prova de vida, aquele senhor que foi despedido do CDS, sabem quem é, aquele que foi a correr fundar um novo partido, também decidiu aproar à Câmara de Lisboa, sabem quem é? Isso, Manuel Monteiro. Estou a gostar muito do tabu da esquerda mais à esquerda onde parece que coligação, ni hablar, e, como são cada vez menos, devem estar à rasca para acharem um que esteja disponível a fazer figura de parvo.

hs
(o blog a que me refiro é o http://omundoperfeito.blogspot.com)

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Maddie II - quanto tempo ainda?


O caso da pequena Madeleine arrasta-se faz uma semana e , com o tempo a passar, vão-se avolumando temores, incertezas, missas e esperanças. Vai fazer 4 anos de idade no próximo sábado. Oxalá que os faça. Será bom sinal ou, pelo menos, sinal de que está viva. E vão-se organizando mais e mais actos de apoio, vigílias, cadeias de solidariedade, pedidos de divulgação na Net., coisa nunca vista antes em Portugal.
Seja qual for o desfecho desta situação, as polícias portuguesas nunca mais terão álibis para se desculparem com a habitual "falta de meios" em futuras situações do género.

E, se na realidade foram as autoridades portuguesas que pediram a ajuda de técnicos policiais ingleses - reconhecimento de pouca capacidade para deslindar este caso - será bom que, de agora em diante, as nossas polícias frequentem mais cursos e seminários "lá fora" sobre pedofilia e similares e, já agora, sobre terrorismo também e se deixem de se guerrear umas às outras em manifestações idiotas e gratuitas de fulanismo.
À medida que o tempo vai passando e não se vislumbra, por enquanto, um desfecho, o tema Madeleine irá caindo para segundos planos nos noticiários logo que deixem de haver pequenos pormenores como o aniversário da criança no sábado, que será comemorado tanto na sua terra em Leicester como junto da comunidade britânica no Algarve. A menos que surja, de facto uma "bomba" noticiosa.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Maddie




O drama humano é do melhor que a televisão pode ter para vender. Compreendo que o público goste e queira saber como evolui uma situação como a do desaparecimento da pequena Madeleine de um aldeamento no Algarve. Mas é confrangedor o desespero dos jornalistas para encontrarem matéria que os seus editores exigem. Sem informações sólidas sobre o paradeiro da menina, então repete-se à exaustão imagens de pessoas no campo à procura de vestígios porque é preciso "abafar" a concorrência.
Não sei se esse tipo de busca corresponde a padrões usados pela policia em casos semelhantes mas, é o que as “televisões” têm para “encher chouriços”. Os jornalistas ingleses, cujos respectivos patrões “adoram” este tipo de notícias, invadiram o Algarve com as suas câmaras, de TV e de foto para venderem papel e tempo de antena lá na ilha. Estão fulos porque a polícia não abre a boca e não os alimenta com informação. Calculo o desespero daqueles enviados especiais ao Allgarve.
Não há coisa pior para um jornalista do que não conseguir obter informações credíveis e, ao mesmo tempo, não cair na tentação da especulação.
Pelo que tenho visto, as nossas três televisões até nem estão a trabalhar nada mal no que diz respeito à actuação dos seus enviados e enviadas mas, se não houver um desenvolvimento realmente importante deste nefasto acontecimento, dentro de dias o assunto passará para "as páginas interiores".
Só falta mesmo é a boa notícia do retorno da menina à sua família.

hs

sábado, 5 de maio de 2007

País chato

Este país está chato até dizer chega. Não há nada que nos dê uma folga da chateza diária. Não me admira que haja tanta gente a pirar-se daqui para fora. Para já, sempre as mesmas caras, ele é Marques Mendes, ele é Paulo Portas a dizerem sempre o mesmo “agora não faço comentários, só os faço quando achar oportuno” e lá ficam os jornalistas mais porte-micro que jornalistas aos berros a insistirem numa resposta a perguntas sem substância. Há menos Sócrates que entrou em ramadão mediático.
Passado o tsunami do curso do primeiro-ministro, o país, ávido de sensacionalismo primário, oferece-nos um novo folhetim, o do presidente da câmara de Lisboa que, afinal, não se deixou deitar pela borda fora. Olha que chatice, lá vamos ter de aturar mais uma série de perguntas parvas e outras tantas recusas de respostas, com os mesmos jornalistas mais porte-micro que jornalistas, numa repetição a papel químico do folhetim Sócrates.
Chatinho este país cada vez mais especializado em nos dar mais do mesmo, em que os comentadores residentes, sempre os mesmos para que tudo fique na mesma, já decidiram que a Câmara de Lisboa está morta, que tem de haver eleições, que o presidente é um pateta político e que é tudo uma questão de dias.
E agora a Judiciária que continua a querer mostrar serviço, em corrida contra quem é que não percebi ainda mas deve ser em confronto com alguma outra instituição, e não fez a coisa por menos, mandou nove 9 agentes à Câmara de Gondomar chatear o pacífico Valentim Loureiro à procura de um negócio qualquer de terrenos. Pode lá ser!!!!!
Não vi ninguém (ainda) comentar o facto de a polícia britânica ter mandado agentes para investigarem o desaparecimento da menina Madeleine. Se fosse ao contrário, será que os ingleses deixavam polícias nossos irem lá à ilha deles investigar? Duvido muito. Mas, claro, como a coisa se passa numa zona turística, Allgarve de seu nome, onde os ingleses mandam e os seus jornais locais, ingleses claro, têm grande influência, aceita-se a passagem do atestado de incompetência.
Chato país.
Ora...deixa-me cá ver o que tenho mais de bilis para descarregar, deixa-me cá ver!!!!! Ah!!!! O Jardim da Madeira. Não há coisa mais obnóxia, bem, descontando os treinadores de futebol que nos contam sempre as mesmas tretas. Coitados, eles estão ali a fazer um frete aos patrocinadores para que as televisões mostrem descarada e despuduradamente os painéis com os anunciantes que lhes pagam o cacau ao fim do mês. Onde é que eu ia? Ah!!! no sr. Jardim da Madeira, chato como as coisas chatas, gabarolas e mal agradecido pelos cacaus que nos vai sacando ao mesmo tempo que vai berrando contra “esses senhores lá do contenente”. Como dizia o Sousa Tavares na crónica dele no Expresso de hoje, estou quase a aceitar que dêem a independência à ilha só para ver se não nos chateiam mais. Voltando à Câmara, não de Lobos mas de Lisboa, chateia-me, não muito mas um bocadinho, fazerem-me engolir outra vez jogos de bastidores a lançarem hipotéticos regressos à ribalta do “espelho meu, espelho meu há alguém mais belo, mais inteligente, mais mais do que eu”, Carrilho? ou do “eu sou tão bom mas ninguém me ama, ninguém me quer”, Santana Lopes?
Mais dos mesmos, viró disco e tocó mesmo!
Começo a desesperar de algum dia voltarmos a ser um país a sério, porque, para já, chatinho como isto está, o melhor é ir ver um salão de motos clássicas a Londres.

hs

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