Parece que ninguém está contente com o "25 de Abril". Uns porque ainda falta cumprir o sonho revolucionário, outros porque no tempo da "outra senhora" é que se estava bem.
Neste dia, é reconfortante ouvir as declarações oficiais dos políticos. O Presidente da República, cuja insensibilidade para com a juventude quando foi governante deixou profundas marcas em gerações, veio, com ar piedoso, "denunciar" a ignorância dos jovens sobre a história recente do país. Mas então o que é que ele quer? Nos longos anos em que foi governante, dos milhões que recebeu da Europa, quanto é que ele "deu" para a educação para além dos muitos milhões para aquele mastodonte do Centro Cultural de Belém?
Os "capitães de Abril", os que não foram fazer negócios milionários de armas, formação militar, empresas de segurança, import-export com as ex-colónias, vêm a terreiro chorar saudades daqueles tempos de tempestade revolucionária e queixarem-se de que as reformas são baixas.
"Retornados" abrem os baús das memórias e deixam cair mais uma lágrima saudosa sobre a foto do que "lá tinham".
Toda a gente se queixa do "25 de Abril" pelas mais variadas e pessoais razões.
De uma coisa não se queixa ninguém - da Liberdade que a revolução trouxe e o regime democrático institucionalizou na Constituição.
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