Do meu amigo João Coimbra, comandante piloto-aviador e formador, recebi este estudo de sua autoria. Por se tratar de tema com grande actualidade de que tanta gente fala sem nada perceber do assunto, achei por bem partilhar este trabalho do João Coimbra.
“O novo "Terminal 2" do Aeroporto Internacional da Portela/Lisboa, cujas obras decorrem em ritmo acelerado, será aberto no próximo mês de Agosto.
A partir de Agosto deste ano, os passageiros dos voos domésticos das companhias nacionais que realizam voos regulares de Lisboa para as Regiões Autónomas - TAP, PGA e SATA Internacional - passarão a embarcar no novo Terminal 2, que terá acesso pela Segunda Circular.
No entanto, aquilo que parece tratar-se de uma boa solução para aliviar o tráfego nacional, promete ser um transtorno importante por vários motivos.
Primeiro porque o novo Terminal não reúne as comodidades a que estavam habituados os utentes destas linhas, nomeadamente no que se refere às condições de embarque e de permanência no Terminal.
Segundo não terá mangas telescópicas para acesso directo às aeronaves, pelo que os passageiros terão de embarcar através de transbordo em autocarros, ou até mesmo a pé, já que a placa de estacionamento dos aviões que se destinam às linhas domésticas ficará mesmo frente ao novo Terminal (embora ainda consiga viver com isto).
Para mim o pior problema é o acesso a essa nova aerogare. Para além de não possuir parque de estacionamento, as pessoas que se destinam a esses voos, em horas de ponta, serão obrigadas a circular numa das vias de Lisboa com tráfego mais intenso - a segunda circular - o que dificultará (e de que maneira) a nossa vida!
Embora a ANA diga que esta situação é transitória, já que prevê que os voos domésticos possam voltar ao Terminal 1 logo que as obras de ampliação do actual sector de embarque e desembarque estejam concluídas em 2010. Contudo, atendendo ao crescimento do movimento de passageiros no Aeroporto de Lisboa (em 2006 teve 12 milhões, prevendo-se que em 2010 possa receber, pelo menos, 15 milhões), o mais provável é que os voos domésticos fiquem no Terminal 2 até que o aeroporto seja deslocalizado, o que poderá acontecer apenas entre 2017 e 2020.
Só uma curiosidade: em princípio só as companhias portugueses serão "movidas" para o Terminal 2, enquanto que os passageiros das companhias "low cost", de registo estrangeiro, que eventualmente venham a voar para a Madeira, no próximo Inverno, num cenário de liberalização da linha, irão utilizar a Terminal 1 com mangas. O que não deixa de ser caricato, já que os passageiros que pagarem menos usufruirão de melhores comodidades...”
“O novo "Terminal 2" do Aeroporto Internacional da Portela/Lisboa, cujas obras decorrem em ritmo acelerado, será aberto no próximo mês de Agosto.
A partir de Agosto deste ano, os passageiros dos voos domésticos das companhias nacionais que realizam voos regulares de Lisboa para as Regiões Autónomas - TAP, PGA e SATA Internacional - passarão a embarcar no novo Terminal 2, que terá acesso pela Segunda Circular.
No entanto, aquilo que parece tratar-se de uma boa solução para aliviar o tráfego nacional, promete ser um transtorno importante por vários motivos.
Primeiro porque o novo Terminal não reúne as comodidades a que estavam habituados os utentes destas linhas, nomeadamente no que se refere às condições de embarque e de permanência no Terminal.
Segundo não terá mangas telescópicas para acesso directo às aeronaves, pelo que os passageiros terão de embarcar através de transbordo em autocarros, ou até mesmo a pé, já que a placa de estacionamento dos aviões que se destinam às linhas domésticas ficará mesmo frente ao novo Terminal (embora ainda consiga viver com isto).
Para mim o pior problema é o acesso a essa nova aerogare. Para além de não possuir parque de estacionamento, as pessoas que se destinam a esses voos, em horas de ponta, serão obrigadas a circular numa das vias de Lisboa com tráfego mais intenso - a segunda circular - o que dificultará (e de que maneira) a nossa vida!
Embora a ANA diga que esta situação é transitória, já que prevê que os voos domésticos possam voltar ao Terminal 1 logo que as obras de ampliação do actual sector de embarque e desembarque estejam concluídas em 2010. Contudo, atendendo ao crescimento do movimento de passageiros no Aeroporto de Lisboa (em 2006 teve 12 milhões, prevendo-se que em 2010 possa receber, pelo menos, 15 milhões), o mais provável é que os voos domésticos fiquem no Terminal 2 até que o aeroporto seja deslocalizado, o que poderá acontecer apenas entre 2017 e 2020.
Só uma curiosidade: em princípio só as companhias portugueses serão "movidas" para o Terminal 2, enquanto que os passageiros das companhias "low cost", de registo estrangeiro, que eventualmente venham a voar para a Madeira, no próximo Inverno, num cenário de liberalização da linha, irão utilizar a Terminal 1 com mangas. O que não deixa de ser caricato, já que os passageiros que pagarem menos usufruirão de melhores comodidades...”
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