sábado, 12 de janeiro de 2008

espera


vou orvalhando em manhãs

finas

nos olhos trago gestos

improvisados

nada vale tanto como saber

esperar

areia fina desliza entre dedos

de clepsidra

cada grão é palavra

não dita

fundem-se momentos numa gota

abrem-se veredas azuis

agarro a cauda do cometa

além de hoje


hs

06

(foto: Bolero-Ravel, coreografia de Maurice Béjart)

6 comentários:

kambuta disse...

Helder, que belos versos. Um abraço.

Anónimo disse...

obrigado Paquito, às vezes dá-me para isto...abraços

asperezas disse...

Bonito!

Mas porquê o Bolero e "Les Uns et les Autres"?

asperezas disse...

Ah, OK:
http://maissempremais.blogspot.com/2007/11/merci-maurice.html

Helder de Sousa disse...

...asperezas
o Bolero porque, na coreografia de Béjart, o desejo espera.
abraços
hs

marita faini adonnino disse...

Un poco tarde el comentario,pero ....
Es muy bello tu poema,por lo que él encierra.Esas veredas azules que se abren pueden llevarte hasta lugares insospechados e inefables.
Agarrado a la cola de un cometa mirarás hacia abajo los mares de turquesa y, tal vez, tú también te enciendas, convirtiéndote en una nueva estrella.
Este atardecer miraré hacia lo alto,quizás, en el azul pueda ver un nuevo lucero.

Counter II

Counter