quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Quase um ano

Já falta pouco para poder dizer - deixei de fumar há um ano.
Nunca mais, desde aquele dia 7 de Março do ano passado toquei num cigarro. É que não toquei mesmo. E, vejam lá, não lhe sinto a falta, não sofro de angústias, não ando com rebuçados nos bolsos.
Ontem, fui à RTP a tratar de umas papeladas. A gente bem se "reforma" mas há cordões que nunca são cortados nem que seja por questões de saúde como simplesmente continuar a usar os serviços clínicos da Casa. O dia estava bonito melhor no exterior do que lá dentro, saí do pavilhão e sentei-me a giboiar ao sol à espera da minha vez.
Só que, a lei contra os fumadores concedeu um novo sentido à expressão"lá fora", que passou a ser o sítio onde os fumadores vão dar as suas passas. Sentado num banco, observava as dezenas de pessoas que estavam "cá fora" a fumar e ocorreu-me pensar nos milhares de horas de trabalho desperdiçadas por dia nas empresas pelos simples hábitos dos fumadores. E reparei também que o facto de ir fumar "lá fora" se tornou um acto social. Os fumadores juntam-se, conversam enquanto dão as suas puxadas. Daí a uns tantos minutos, lá estão eles outra vez parea a mesma social função.
Há algo de errado nisto tudo e não é só o facto de fumar.

Sentado e solitário eu devia estar a fazer figura de ET por não estar a fumar "ali fora". Duas senhoras, descem as escadas do pavilhão com cigarros elegantemente entalados entre o indicador e o dedo grande. Uma delas dirige-se resoluta em minha direcção, perguntando se eu tinha um isqueiro. Respondi não fumo e, elas, com ar que me pareceu de incomodadas (mas o que é que aquele tipo está ali a fazer se não fuma?) dirigiram-se então ao grupo mais próximo de onde saiam núvens de fumo. Achei graça a mim mesmo com a resposta porque...me senti orgulhoso - não fumo. O mesmo orgulho que ostentava provocadoramente quando afirmava perante não fumadores assumidos - gosto de fumar, sabe-me bem e ninguém tem nada com isso.

Não era esta a estória que queria contar, somente tencionava assinalar a aproximação de uma efeméride. Ou era?





3 comentários:

marita faini adonnino disse...

Ojalá esto que has escrito, le sirva a alguien para abandonar ese criminal envuelto en luces de "number one",que es el cigarrillo.
Por suerte,tú puedes contarlo.A millones,no les ha dado tiempo.
Nada le puedes decir al fumador.Tiene su razón envuelta en humo. Cuando con amor se le dice que no fume,saca otro cigarrillo para decirte"?ves? Hago lo que quiero".
Es arrogante y egoísta,no acepta que está enfermando a todos los que lo rodean,amigos,hijos,hermanos,esposos,esposas.
Y millones sufren cáncer por ser fumadores pasivos. Pero el fumador continúa.
¡Cuando los gobiernos prohibirán las plantaciones de tabaco! Es un deber velar por la salud de la población. Planten maíz,flores,lino,trigo,árboles, pero no veneno.
Ser dueño de una plantación de tabaco es la misma culpa que ser dueño de una plantación de marihuana.

Anónimo disse...

E sem ajudas de nada???? Parabens! Eu não consigo...

Helder de Sousa disse...

sem ajudas? Estive a um passo do lado de lá. O susto foi tão grande que se tivesse de lamber os cinzeiros todos para deixar de fumar, lambia mesmo.
Como muitas dependências, o vício do tabaco é realmente muito forte,impregna-se no corpo como nas roupas, é preciso ter-se uma grande vontade e muita disciplina para uma pessoa se libertar dele. E continua a ser preciso muita força de vontade e disciplina para se manter limpo.

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