Este país está chato até dizer chega. Não há nada que nos dê uma folga da chateza diária. Não me admira que haja tanta gente a pirar-se daqui para fora. Para já, sempre as mesmas caras, ele é Marques Mendes, ele é Paulo Portas a dizerem sempre o mesmo “agora não faço comentários, só os faço quando achar oportuno” e lá ficam os jornalistas mais porte-micro que jornalistas aos berros a insistirem numa resposta a perguntas sem substância. Há menos Sócrates que entrou em ramadão mediático.
Passado o tsunami do curso do primeiro-ministro, o país, ávido de sensacionalismo primário, oferece-nos um novo folhetim, o do presidente da câmara de Lisboa que, afinal, não se deixou deitar pela borda fora. Olha que chatice, lá vamos ter de aturar mais uma série de perguntas parvas e outras tantas recusas de respostas, com os mesmos jornalistas mais porte-micro que jornalistas, numa repetição a papel químico do folhetim Sócrates.
Chatinho este país cada vez mais especializado em nos dar mais do mesmo, em que os comentadores residentes, sempre os mesmos para que tudo fique na mesma, já decidiram que a Câmara de Lisboa está morta, que tem de haver eleições, que o presidente é um pateta político e que é tudo uma questão de dias.
E agora a Judiciária que continua a querer mostrar serviço, em corrida contra quem é que não percebi ainda mas deve ser em confronto com alguma outra instituição, e não fez a coisa por menos, mandou nove 9 agentes à Câmara de Gondomar chatear o pacífico Valentim Loureiro à procura de um negócio qualquer de terrenos. Pode lá ser!!!!!
Não vi ninguém (ainda) comentar o facto de a polícia britânica ter mandado agentes para investigarem o desaparecimento da menina Madeleine. Se fosse ao contrário, será que os ingleses deixavam polícias nossos irem lá à ilha deles investigar? Duvido muito. Mas, claro, como a coisa se passa numa zona turística, Allgarve de seu nome, onde os ingleses mandam e os seus jornais locais, ingleses claro, têm grande influência, aceita-se a passagem do atestado de incompetência.
Chato país.
Ora...deixa-me cá ver o que tenho mais de bilis para descarregar, deixa-me cá ver!!!!! Ah!!!! O Jardim da Madeira. Não há coisa mais obnóxia, bem, descontando os treinadores de futebol que nos contam sempre as mesmas tretas. Coitados, eles estão ali a fazer um frete aos patrocinadores para que as televisões mostrem descarada e despuduradamente os painéis com os anunciantes que lhes pagam o cacau ao fim do mês. Onde é que eu ia? Ah!!! no sr. Jardim da Madeira, chato como as coisas chatas, gabarolas e mal agradecido pelos cacaus que nos vai sacando ao mesmo tempo que vai berrando contra “esses senhores lá do contenente”. Como dizia o Sousa Tavares na crónica dele no Expresso de hoje, estou quase a aceitar que dêem a independência à ilha só para ver se não nos chateiam mais. Voltando à Câmara, não de Lobos mas de Lisboa, chateia-me, não muito mas um bocadinho, fazerem-me engolir outra vez jogos de bastidores a lançarem hipotéticos regressos à ribalta do “espelho meu, espelho meu há alguém mais belo, mais inteligente, mais mais do que eu”, Carrilho? ou do “eu sou tão bom mas ninguém me ama, ninguém me quer”, Santana Lopes?
Mais dos mesmos, viró disco e tocó mesmo!
Começo a desesperar de algum dia voltarmos a ser um país a sério, porque, para já, chatinho como isto está, o melhor é ir ver um salão de motos clássicas a Londres.
hs
1 comentário:
"...bilis para descarregar..."
:-D
Pelo menos, veio bem humorada!
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