quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Desafinado

Eu sabia, mais por intuição do que por experiência, que isto dos blogues - ou blogs como manda o dicionário daqui - que "isto" tinha as suas responsabilidades. E... surpresas.
Julgava (ingenuamente temperado por 30 anos de RTP ... e mais uns quantos de jornais, já agora!) estar a coberto de um seguro contra surpresas.
Qual não foi o meu espanto, ao reabrir "isto", de ver uma belissima colecção de comentários assinados por alguns dos amigos que mais prezo.
Dei comigo a pensar: bem, "isto", afinal, é coisa muito séria. Uma pessoa aventura-se por caminhos desconhecidos, experimenta começar algo que é novidade absoluta e depara com uma série de reacções imediatas.
Sem falsa modéstia, não esperava tamanha adesão tão depressa, descontando os encómios com que me mimaram.
Entrando naquela da falsa modéstia, diria que vocês, meus amigos e amigas, foram exagerados, não mereço tanto, blá blá blá.
Algo me puxa, contudo, a envaidecer o meu ego carregado de vontade de ripostar : só isso? só valho isso? quero mais, sempre mais.
Obviamente, precato-me e reduzo a velocidade de autoestima, não vá ser considerado ingrato pelo muito que me deram.
Mas, que as vossas palavras penetraram bem fundo na carapaça defensiva endurecida ao longo dos tais 30 anos, lá isso penetraram!
E, fico desafinado, perco a compostura interrogando-me: e, agora? que mais poderei eu dar em troca?
É por estas e por outras que eu gosto da vida, a vida que é composta de pessoas com quem me cruzei, com quem fiz caminhos e partilhei momentos de suas vidas.
Quase com uma teimosa lágrima sentimental querendo soltar-se não sei bem de onde, sempre vos digo, amigos e amigas, valeu a pena ter vivido esses caminhos juntos para construirmos outros novos.

1 comentário:

asperezas disse...

Nada de sério...

Apenas o que se quiser!

Como queres: +, sempre + ...
:-)

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