terça-feira, 18 de setembro de 2007

Rais parta

"Mine Mercado" algures no Alentejo.
Agora os investidores especuladores do dinheiro em Bolsa estão a tirar o cavalinho da chuva com medo de perderem mais do que já perderam com a queda dos valores. Dizem nas televisões que a "crise" já chegou a Portugal. Mas que raio, será que ando distraído? Para mim, amigos, a crise já cá anda faz muiiiitoooo tempo, talvez desde os Filipes.


Aqueles dois senhores que andam a disputar a presidência de um partido da chamada Oposição têm dito tanta babuzeira, tanta parvoeira que me interrogo se os militantes do tal partido ainda encontram algum motivo sério para irem às urnas colocar um deles no poleiro. Se aqueles dois é tudo quanto têm de opção para lider, coitado do partido.


Por vezes, o choradinho lusitano irrita-me. Os senhores bombeiros, pela boca do representante da sua associação nacional, veio dizer que, a continuarem assim com o aumento dos quilómetros para chegarem às urgências, dentro em breve as ambulâncias estarão a cair de podres por velhice. Curioso como não se lembraram disso há três meses atrás e só agora depois da reestruturação dos serviços de saúde. Ou será que a tal associação, distraída a facturar transportes em veículos sem manutenção ainda não tinha alinhado no coro de protestos que andou por aí a cantar os malefícios do ministro da saúde?


O Alentejo foi tido durante anos como sendo o celeiro de Portugal. Com a revolução, passou a ser a cara da Reforma Agrária que destruiu tudo o que produzia. A vinda de alguns estrangeiros que foram para lá (com ajudas financeiros do Governo) replantar com métodos modernos deu a chicotada psicológica de que o Alentejo estava a precisar, nem todos com as melhores intenções. E transformou-se em lugar para ricos que fizeram dos "montes" os seus cartões de visita com belas piscinas e jipões e de hippies retardados com pronúncias estranhas . Por onde andei nestas últimas semanas encontrei um Alentejo virado para o turismo, oportunista, careiro e raramente com a tão apregoada qualidade de vida excepto na ostentação vaidosa dos próprios locais encostados à sombra das paredes com o telemóvel metido na bolsinha presa ao cinto!!!!!!
Não tenho nada contra, até acho que pr'à frente é que é o caminho mas faz-me pena perder-se aquela singeleza sonolenta.


Rais parta este país que me anda a baralhar os neurónios.








1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Helder:
Gostei desta sua crónica, principalmente sobre o Alentejo.
Há duas zonas deste pequeno rectangulo que estão na moda: Alentejo e Douro.
Querem moda,.... então paguem !!!!!
A.A.

Counter II

Counter