segunda-feira, 29 de março de 2010

Não prestam.

As notícias do reino são péssimas, não deixam nenhuma margem de esperança, aquela gentinha ( como diz o sinhôzinho Malta da Madeira) lá do "Contenente", não tem juizo, continua a fazer tudo para ser despresada, desrespeitada. Aquela gente não presta, aquela gente é incompetente, aquela gente só está no poder para se servir, jamais para servir o país. Não há um que se distinga pela postura sólida e desinteressada de governante, de político oposicionista, de Presidente da República, de líder parlamentar e até o Dr. Marcelo já parece uma cassette desgastada pelo uso. O mal é quando "essa gente", essa inteligentzia nacional se convence da impunidade do que diz, da "importância" que se arroga. São os novos deuses do Olimpo da estupidez e da vacuidade. Não prestam.
Quando aparece alguém com outro tipo de discurso, como Fernando Nobre, dá a impressão de que acabou de chegar de outro mundo e ainda não viu em que país caiu.
Dissecar a inutilidade "dessa gente" levaria muitos posts, acho que não vale a pena. As pessoas de bem sabem em quem estou a pensar.
É que não deixa de ser preocupante notar que instituições que deveriam ser credíveis em todos os momentos, passaram ao discurso do "aos costumes disse nada". Olhem para alguns dirigentes sindicalistas, como o presidente da UGT que, quando abre a boca, é para dizer as maiores vacuidades, do alto da sua bem instalada cadeira de chefe de coisa nenhuma. Até mesmo o outro dito da esquerda, da CGTP, um homem credível que já perdeu o fulgor da luta e e a força do argumento. Olhem para aquele Presidente da República, vestido de fato e gravata para plantar uma árvore e para ir apanhar lixo ao domingo, quando não arranja uma importante visita de Estado...a Andorra!. Mas, quem é que "essa gente" julga que engana?
E, aqueles senhores muito sérios que agora aparecem na televisão a "deitar tudo abaixo", com o senhor Medina Carreira à frente? Especialistas em diagnósticos, incapazes de "operar" é o que são.
Estavam à espera, meus caros leitores, de me atirar ao Sócrates e de o meter no meio "desta gente"? Não vou nessa, amigos. Já há bastante "gentinha" a fazer campanha negra contra o homem, gente que não percebeu, não quer perceber que o primeiro-ministro de um país devedor da UE (União Europeia) não é mais do que um capataz que obedece às ordens o patrão. Essa coisa do PEC, de estabilidade tem zero, nós é que vamos ficar ainda mais instáveis. Essa gente não presta.
É preciso mudar o paradigma do país, ou, o país mudar o seu paradigma porque, "aquela gente", sentada nas duzentas e tal cadeiras do poder, "não presta".
Os partidos ou o sistema que os tornou imprescindíveis, está morto, esgotado, viciado.
Esta democracia precisa de ser revista, mudada, refrescada para voltar a ser DEMOS CRACIA.

Deixo-vos, meus leitores, com José Régio:
Soneto quase inédito escrito em 1969

Em memória de Aurélio Cunha Bengala


Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

1 comentário:

Higorca Gómez Carrasco disse...

¿Cuanto tiempo sin saber nada de este querido y gran periodista, me gusta como escribes y lo que escribes, maravilloso poema y mejor entrada, hoy no comento lo escrito, hoy comento al autor de ello. Espero que sigas bien.
Un abrazo

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