terça-feira, 4 de outubro de 2016

RETORNAR A CASA

Olá


diz o ditado que "o bom filho a casa torna"... et voila, tornei....
há tempos que não entrava neste meu blog....qualquer bug, virus, sei lá, uma dessas malignidades desta tralha informática apoderou-se do pobre do blog e isto não andava nem para a frente nem para trás....depois de muitas e frustradas tentativas, deixei-o em paz para eu poder reganhar a minha....
redescobri agora o meu "mais, sempre mais", com dificuldade mas entrei e aqui estou a alinhavar um texto mais teste que texto, a ver no que isto vai dar....é que, enquanto me perdia por montes  e vales de indicações várias na visita tímida que iniciara ao blog, verifiquei que  há registos de pessoas que, diariamente, o abrem e lêm....provavelmente não voltam mais aqui porque não apareceu nada de novo em anos, assumiram que o espaço estava adormecido e assumiram bem, adormecido é pouco, estava em total hibernação...
pelo caminho do tempo passado entretanto ficaram alguns dos meus "compagnons de route" nesta aventura, designadamente o Manuel Ricardo Ferreira , o "Pitigrilli", que tanta falta me faz....
os anos passam, já estamos em finais de outro, 2016 entrou em Outubro, eu fiz 77, os meus benevolentes amigos dizem-me que estou muito bem, o que é que fazes para ter tão bom aspecto, perguntam-me eles e eu respondo que não faço nada de especial - e mesmo que fizesse o tempo não para - confesso que não tenho pressa nenhuma em envelhecer, encerrei mais um ciclo de trabalhos em Angola, olho paulatinamente para a frente depois dos terríveis anos anteriores de crise e cortes até ao osso dos parcos rendimentos.....a realidade vai mudando, ou melhor, alguém vai mudando a realidade e, nós, simples número fiscal de contribuinte, vamos pagando, pagando pagando até à exaustão dos frágeis depósitos no banco, em mergulho directo no pesadelo das penhoras, que este Estado é cego e não olha a nada a não ser para a coluna do deve dos cidadãos....
vale que vivo num país lindo, delicioso, mas tão desigual que até dói, tão batoteiro e egoísta que até indigna, tão imprevisível que até assusta .... ser jovem agora é de facto muito difícil, o futuro é incerto e as elites políticas não sabem apresentar propostas credíveis para assegurar que a inteligência e a competência não sejam postas ao serviço de interesses extra-nacionais...e assim nos vão entretendo de IRS em IRS...enterrados numa Europa de projectos moribundos onde campeia o saque descarado a quem não tem ....mas o que é que aquela gente lá de Bruxelas quer fazer da Europa ????
antes de ter de decidir se serei enterrado ou cremado - uma outra coisa terá de ser - vamos nos vendo por aqui e no Facebook enquanto, pelo meu lado, vou mantendo a chama da esperança em melhores dias para os nossos filhos e nossos netos ...
ciao, vamos falando, yah?



quinta-feira, 28 de maio de 2015

Obrigado

Olá, I'm alive

Em 28 de Dezembro de 2006 iniciei esta fantástica aventura que é a de abrir um blog.
Foi antes de ter a síncope que me atirou para uma operação de cinco horas, de peito aberto, em que o Dr. Magalhães e sua equipa me salvaram a vida, colocando três bypasses, em 9 de Março de 2007.
Mais de oito anos depois, com duas provas de esforço bem superadas, continuo em frente nesta magnífica aventura angolana em que me meti desde 2008.
Este blogue tem tido altos e baixos mais baixos que altos. Não tenho tido tempo para o alimentar devidamente, mas também tenho sido acometido de alguns ataques de….preguiça. Coitado do blogue que, nem por levar a minha divisa "mais, sempre mais", mereceu o meu carinho.
Felizmente, sou aqui visitado diariamente por uma média de 10 pessoas, número interessante para um espaço "adormecido".
Não posso deixar de agradecer a todos os meus visitantes, aos amigos e a todos os que por aqui roçam os seus olhares e desejar-lhes o melhor de tudo.

Helder de Sousa

sábado, 23 de março de 2013

WHY NOT ?????


Exclusivo CM
Moedas nomeia jovens técnicos
Tiago e João são os mais recentes especialistas na equipa de acompanhamento do memorando da troika. Um tem 21 anos, o outro 22. 
 
Já nem vale a pena comentar.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A minha SOL morreu

A minha gata SOL morreu esta manhã...
ela já andava mal desde segunda-feira, com respiração muito acelerada ....faltava-lhe o ar ....
era o cancro que se tinha apoderado dos seus pulmões ...
ontem ela andou muito agitada, a correr de um lado para o outro como que à procura de ar...
esta noite dormiu comigo, encostada ao meu peito...
de manhã, ainda veio ter comigo à secretária, sentou-se como de costume, junto ao computador, virada para a janela, como que a despedir-se ...fiz-lhe fotos ... (esta é uma delas) ... pressenti que o momento estava a chegar...
levei-a ao hospital e, depois de uma radiografia, o veredicto....ela estava em sofrimento a qualquer momento ia deixar de poder respirar...os pulmões estavam inundados de líquido .... optámos por lhe acabarem com o sofrimento ... a injecção foi dada às 12.30.....
choro o desaparecimento da minha bichinha companheira por quem eu tinha uma grande afeição e ela por mim....
helder

sábado, 25 de junho de 2011

Maçaricos


Passos Coelho não pagou bilhete de ida e volta a Bruxelas
Segundo o “Jornal de Negócios”, a TAP dispensa os ministros e secretários de Estado de qualquer despesa em deslocações oficiais.      
Afinal, pode não ter havido qualquer poupança pelo facto de Pedro Passos Coelho ter decidido viajar para Bruxelas em classe económica. O “Jornal de Negócios” diz que o primeiro-ministro não pagou o bilhete da viagem de ida e volta a Bruxelas, num voo da TAP, para participar no seu primeiro Conselho Europeu.
Segundo o jornal, a companhia aérea portuguesa dispensa os ministros e secretários de Estado de qualquer despesa em deslocações oficiais.
O jornal escreve ainda que isto se passou com todos os membros do anterior Governo.

Segundo o “Jornal de Negócios”, a TAP dispensa os ministros e secretários de Estado de qualquer despesa em deslocações oficiais.                    
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Já passei a fase da crítica a quente, hoje olho para o mundo com alguma distância, prefiro olhar a floresta para além da árvore, daí que pouco me impressionei com a notícia, repetida à exaustão , segundo a qual o novo Primeiro-Ministro decidira viajar sempre em Económica, nas suas deslocações oficiais à Europa.
A exaustiva repetição da informação em tudo quanto era roda-pés, títulos, etc., etc., da nossa chamada Comunicação Social, mais parecia uma operação de propaganda orquesterada em que, admito, o próprio Governo não teria responsabilidade directa de autoria, por, simplesmente não precisar. A própria Comunicação Social, entusiasmada com o "exemplo" de poupança vinda do nóvel Governo, esqueceu o cerne da questão da viagem, ou seja, o que é que o Primeiro-Ministro foi fazer a Bruxelas
. Recordo alguns títulos:" Primeiro-Ministro estreia-se em Bruxelas", "Passos Coelho em Bruxelas", "Passos Coelho viajou em Económica para Bruxelas", bla, bla, bla. A notícia, afinal, era o nosso Primeiro, um, ter viajado em Económica, dois, ter -se estreado em Bruxelas, tipo
vedeta de algum musical.
O destaque dado à viagem em económica que nos encheu olhos e ouvidos durante uns dias na nossa C.S., não mereceu a mais pequena observação lá em Bruxelas, nem mesmo a eventual boa "prestação" de Passos Coelho mereceu alguma parangona na imprensa. Me pareceu que o nosso Primeiro-Ministro foi olhado em Bruxelas com alguma prudência, não pela sua pessoa mas sim pelo país devedor que ele representa, olhado com alguma reserva pelos falcões europeus que nos querem levar o couro e o cabelo.
Como diz Medina Carreira, "essa gente não é digna de confiança", essa Merkel, esse Sarkozy, esses senhores do BCE, essa gente que olha para os países através dum monitor de computador cheio de números, longe do dia-a-dia da economia real. Pois, foi para o meio "dessa gente" que Passos Coeho teve que ir dizer que somos bons rapazes, que somos bons alunos, que respiramos Europa por todos os poros, que nos vamos portar bem e vamos pagar tudo e que ... não somos gregos. A verdade, verdadinha, é que, não sendo gregos, "nos vemos gregos" com a situação actual do país.
Voltando à Económica. Houve jornais que fizeram a conta à poupança, afinal virtual, que Pasos Coelho teria feito ao comprar (não ele mas os serviços do Estado), um bilhete de Económica para ele e para cada um dos seus acompanhantes. Parece que não dava nem para pagar um milésimo do que temos de pagar por dia "a essa gente".
Então, lá "nos serviços" de apoio ou lá o que é, não havia ninguém que, transitado do Governo anterior, não sabia que a TAP oferecia as passagens aos membros do Governo em viagens oficiais?
Claro que havia. Então, quem vazou a informação cá para fora segundo a qual o nosso governante viajou em Económica, como um exemplo simbólico - não mais que isso - de preocupação em cortar despesas, não pensou na situação ridícula em que colocou o Primeiro-Ministro, a de ele dar um exemplo à partida bom, mas no final, bacoco porque os governantes viajam de borla na TAP. Se viakam de borla, suponho que, "já agora", viajam na Executiva, uma vez que não há despesa para o Estado.
Tudo não passou de uma atitude algo quixotesca e de uma tentaiva de exemplo pífio. Coisas de maçaricos, de principiantes que serviram não mais do que alimentar a nossa Comunicação Social, sempre tão sequiosa de "faits divers", uma pequena árvore à frente da grande floresta.
Helder de Sousa


sábado, 18 de junho de 2011

Olhar para a Grécia de hoje é ver o Portugal de amanhã!

Olhar para a Grécia de hoje é ver o Portugal de amanhã!

  Veja como dois banqueiros levam a Europa à ruína
 


Durante um ano, o Deutsche Bank e o Banco Central Europeu fizeram-nos acreditar que o que se passa na Grécia seria desastroso para a Europa. Estavam a mentir com quantos dentes têm na boca.

Em Frankfurt, dois dos homens mais poderosos da Europa sentam-se, virtualmente, um de cada lado da rua, nos arranha-céus sede de duas das mais importantes instituições no continente. Ninguém elegeu estes homens para que governem sobre nós. Ninguém votou nas suas instituições para que ditassem a nossa política económica. No entanto é o que fazem.

Apresentamos Jean-Claude Trichet e Josef Ackermann. O primeiro é o líder do Banco Central Europeu, está de saída, e foi recentemente considerado pela Newsweek uma das cinco pessoas mais importamtes do mundo. O segundo é o líder do maior banco privado da zona euro, o Deutsche Bank, e foi recentemente considerado pelo New York Times "o banqueiro mais poderoso da Europa". Nenhum deles foi eleito para liderar a economia. No entanto, juntos é o que fazem.

De facto, ambos têm sido decisivos na definição da resposta a dar pela União Europeia à grave crise da dívida que contínua a assombrar a zona euro. Como noticiou o Times numa poderosa análise, o senhor Ackermann "encontra-se no centro do círculo mais concêntrico do poder, mais do que qualquer outro banqueiro do continente". De facto, ele aconselha regularmente políticos e decisores políticos sobre os assuntos económicos mais candentes do momento: a latente crise da dívida grega; a crescente tensão entre económicas europeias fortes, como a Alemanha, e as mais fracas como a Irlanda e Portugal; e o futuro da Europa como união económica e monetária e esse grande e expressivo empreendimento, o euro.

Ao mesmo tempo, nota o NYT, Ackermann é também "possivelmente o mais perigoso" banqueiro na Europa. Afinal, "não é segredo onde estão as alianças financeiras do senhor Ackermann: nos bancos". Por exemplo, Ackermann "tem insistido que seria um grave erro proporcionar algum alívio à dívida Grega".

Qual seria o problema da reestruturação da dívida da Grécia? A Argentina e o Equador demonstraram amplamente na última década que a reestruturação da dívida soberana pode, na verdade, libertar o país das medidas de austeridade e inibidoras do crescimento impostas por líderes estrangeiros, permitindo uma mais rápida recuperação enquanto as necessidades e preocupações internas são acauteladas.

Mas, claro, temos de nos recordar que o senhor Ackermann não é um observador neutral. Existe uma agenda por detrás do seu discurso apocalíptico. O Times nota apropriadamente que "os bancos europeus, incluindo alemães como o Deutsche Bank, detêm muitos milhões de euros nas obrigações financeiras do governo grego e os bancos perderiam bastante se essas dívidas fossem reestruturadas".

No entanto, como conseguiu Ackermann convencer Merkel, Trichet e outros líderes da UE que a reestruturação da dívida grega levaria a uma situação como a da Leman Brothers? “A solução da Europa para a Grécia é, essencialmente”, segundo o senhor Ackermann, “mais dinheiro de resgate e mais austeridade”, uma estratégia que alguns analistas admitem que permita apenas ganhar tempo sem oferecer nenhuma esperança de recuperação.

Assim, cego pela sua própria ganância e indisponibilidade para assumir responsabilidades pelos empréstimos irresponsáveis concedidos pelo seu banco e que se relacionam com a criação da crise, Ackermann apenas agrava a crise. Alerta de modo alarmante para a probabilidade do aumento das consequências desastrosas e a Europa está paralisada. Os nosso dirigentes compraram a mentira. Porquê?

Uma das razões para o sucesso de Ackermann é o facto de ter tido, durante a crise, o apoio dos seus vizinhos do Banco Central Europeu. Desde que a Grécia se afundou no abismo dos mercados de capital globais no início do ano passado, Jean-Claude Trichet, o presidente do BCE, bajulou cuidadosamente os interesses dos maiores bancos europeus qualificando a reestruturação como "demasiado arriscada".

Não por acaso, o senhor Ackermann parece desfrutar de boas relações com Jean-Claude Trichet. Quando a senhora Merkel sugeriu que os credores privados assegurem uma parte do fardo, Ackermann opôs-se ao governo alemão e colocou-se ao lado do seu amigo, o senhor Trichet, argumentando que contra reestruturação da dívida grega porque forçaria os investidores - e os bancos - a “partilhar as dores da Grécia”.

Hoje, a maioria dos especialistas em economia - quer da esquerda quer da direita - chegaram à conclusão que a Grécia é insolvente. Simplesmente não pode, realisticamente, reembolsar a sua dívida esmagadora enquanto a economia continuar a contrair-se em resultado das medidas de austeridade prescritas por Ackermann e Trichet.

Até o governo alemão e o presidente da zona euro, Jean-Claude Juncker, falam agora na chamada "reestruturação suave" da dívida grega. Mas o BCE recusa-se a financiá-la. Se esta atitude de teimosia era previsível por parte do interessado Deutsche Bank, pelo contrário, é surpreendente num suposto agente "neutro" como o BCE.

Então porque continua o BCE a opor-se à única e real solução para a crise da dívida grega? Porque é que continua a empurrar a Grécia, e com ela toda a zona euro, para o abismo? É apenas porque Trichet e Ackermann e companhia são amigos próximos? Ou passa-se mais alguma coisa?

Claro que se passa. Trichet cometeu o seu maior erro no ano passado quando decidiu ficar ao lado do seu amigo Ackermann ao opor-se o início da reestruturação da dívida. Em vez de permanecer na sua objectividade neutral enquanto líder do BCE, Trichet envolveu-se directamente na crise da dívida grega: começou por comprar grande quantidade de obrigações gregas através de mercados secundários só para permitir que a Grécia ficasse à tona e assim evitar que bancos e investidores europeus tivessem de fazer corte de cabelo.

Como resultado, já não são só os bancos privados europeus mas é também o seu Banco Central que estão afundados até ao pescoço na crise grega. Por outras palavras, a reestruturação grega já não prejudicaria apenas os bancos privados; forçaria Trichet a assumir grandes prejuízos na folha de balanços do BCE a escassos meses de passar a pasta a Mario Draghi.





Artigo de Jérôme E. Roos

sábado, 28 de maio de 2011

Que futuro vamos ter?

Recebi por email.


Provavelmente alguns dos pressupostos não são inteiramente verdade ou estão exagerados, mas o conjunto do que aqui é dito não andará muito longe da verdade. Merece muita atenção...



Perspectiva de futuro no mundo ocidental



Há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de

nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade

actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo,

diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a

12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida

nos próximos 15 ou 25 anos!

... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status

político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações

induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico),

ou na crise do petróleo de 73.

Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10

factores":



1º- A Crise Financeira Mundial: desde há 8 meses que o Sistema Financeiro

Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem

aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o

Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer

dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e

inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído

como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá

acabar esta história !...



2º- A Crise do Petróleo: Desde há 6 meses que o petróleo entrou na

espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas

coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de

2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão

estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão

rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de

transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o

avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no preço dos bilhetes de... 50%

(leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações

sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de

férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em

Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em

12 meses! Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias

massivas!), a inflação controlada, etc...



3º- A Contracção da Mobilidade: fortemente afectados pelos preços do

petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e

as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer

fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a

montante e na interpenetração económica mundial.



4º- A Imigração: a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões

de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num

movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer

os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de

países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este

movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa

terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e

melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos nós em ascensão e com

direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!



5º- A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular um

pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes

médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa

deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na

Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias

são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas

estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e

capacidade de intervenção.



6º- A Europa Morreu: embora ainda estejam projectar o cerimonial do

enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não

tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já

não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com

poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu acredita na

"Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu

futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu

uvas: deu-se há dias na Irlanda!



7º- A China ao assalto: Contou-me um profissional do sector: a construção

naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em

satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os

estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada

por encomendas de navios.... da China. O gigante asiático vai agora

"atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a

joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel

mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes

europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros

chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os

vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando

falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia...helás! Estamos a

falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor

económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta

ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses

estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de

produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).



8º- A Crise do Edifício Social: As sociedades ocidentais terminaram com o

paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se

casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as

novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem

compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e

actuação comum...



9º- O Ressurgir da Rússia/Índia: para os menos atentos: a Rússia e a

Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma

velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em

5 anos ultrapassarão a Alemanha!



10º- A Revolução Tecnológica: nos últimos meses o salto dado pela

revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as

comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo

o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos

5 anos!



Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por

um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é

ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas

vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão

(permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras

profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a

ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.



Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do novo espírito,

visionando e desfrutando das suas potencialidades!  Ir em frente! Sem

medo!

terça-feira, 3 de maio de 2011

EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO

EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO !

Declarações do escritor e dissidente soviético, Vladimir Bukovsky,
sobre o Tratado de Lisboa

"É surpreendente que, após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha
construído outro semelhante: a União Europeia (UE).
O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabê-lo
examinando a sua versão soviética.
A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam
mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é
governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e,
também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente
impunes.
Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma
espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos,
sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no
Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo
está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.
Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito
elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial
vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem
ou façam mal. Não é a URSS escarrada?
A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação
militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das
armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente.
Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a
acontecer o mesmo com a UE.

Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade
histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as
nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE
parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende
dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vosso
sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade
multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em
mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do
mundo.
Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação.
É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção
de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir.
O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na
UE.

Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE.
Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada
mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE.
Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto».
Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a
sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente
correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio
da perda da vossa liberdade.

Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra.
Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE.

Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas.

A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental.

Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria
destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar,
deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas
económicos e étnicos.

O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE
também o é. (...)
Eu já vivi o vosso «futuro»..."

sábado, 2 de abril de 2011

Convite

Jardim das Delícias - Hieronimus Bosh - 1504 - Museu do Prado-Madrid

Hoje, não sei porquê, nem isso é importante, deu-me para ouvir "outra música". Tem dias que a gente não encontra explicação normal para certas atitudes, certas quebras de rotina. Ou será ...atrevo-me ... "estados de alma" ? Pronto, vamos por aqui  "estados de alma". Não me parece que esteja deprimido, não acho que esteja triste, simplesmente liguei a televisão num canal de música e de lá sairam jorros de música "da outra", não daquela que escancara os tímpanos vinda de woofers e subwoofers encaixados em latas com rodas, vulgo automóveis. Quando um desses altifalantes ambulantes pára perto de mim e me rebenta a capacidade auditiva, espero sempre que os agudos, os baixos e a percussão provoquem tais vibrações na lata atrevida que ela não resista e se desfaça em pedaços espalhados no chão. Um dia vai acontecer.
Do televisor saiu um pouco de tudo, desde o canto gregoriano à Lacrimosa do Mozart. E fui-me encantando, pela enésima vez, com a Carmina Burana com direcção do André Rieu. No youtube também está. Mas a minha alma, em estado de absorção musical incontornável, subiu ao mágico momento da tarde com a interpretação "celestial" da soprano sul-africana Kimmi Skota da Ave Maria, de Bach, também sob a batuta de André Rieu.
Hoje, sem saber porquê, e isso não interessa nada, convido-vos a ouvir a Kimmi Skota. E digam-se se não vale a pena ter "estado de alma", mesmo não sabendo bem o que isso é. Importa?

"Ave Maria,
Gratia plena, Dominus tecum,
Benedicta tu in mulieribus.....
.....ora pro nobis, nobis peccatoribus....."


quarta-feira, 23 de março de 2011

saiam dessa mesmice............

....
cumprindo o desejo de numerosas famílias, o homem teve de se demitir......
e agora???? acham que alguma coisa vai mudar ??????
vamos voltar ao consumismo desbragado do tempo do cavaquismo????
O  Coelho, tipo Passos, vai trazer-nos o Eden de volta?????
Acordem, saiam dessa mesmice ............

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS

Helder, que o Natal seja bom e farto para que dure o ano inteiro. Um abraço.

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