domingo, 7 de fevereiro de 2010

Invictus

Vale a pena ir ver o filme e retirar dele todas as belas mensagens. Não é só o poema de WEH, que Nelson Mandela lia na cela nº 46664 para ganhar forças contra o apartheid, mas também, pela lição de humanismo e visão política dada pelo grande estadista africano. Mandela segurou as pontas de um país dilacerado pelo "desenvolvimento separado" que era o nome que o regime de então dava ao apartheid e viu que, através do desporto, de uma modalidade que era somente praticada por brancos, o rugby, podia ser o grande elemento catalizador da nova África do Sul .
Vale a pena ir ver o filme, as magníficas interpretações de Morgan Freeman e de Matt Damon numa realização sem falhas de Clint Eastwood.



INVICTUS
(William Ernest Henley)tradução de André Masini

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

1 comentário:

Higorca Gómez Carrasco disse...

Magnifica película, un poema excelente, me gusta leer los poemas en ese vuestro idioma el Portugues.

Un abrazo

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