domingo, 3 de maio de 2009

O MUNDO ...(não é) PERFEITO

O Georges Brassens cantava os amores e desamores de uma juventude "à bout de soufle" dos anos sessenta, ao mesmo tempo que exaltava os namoricos de fim de semana nos jardins - "les amoureux qui se bécottent sur les bancs publics...En se fouttant pas mal du regard oblique" .



É a imagem que me ocorre depois de "uma vista de olhos" aos meus blogs preferidos e, de, nesse relance sobre o que há de novo (como quem vai à janela só para ver o trânsito lá em baixo na rua), dar-me conta do encerramento de um dos mais fantásticos espaços de literatura que eu jamais conhecera antes. O blog de Isabela "O mundo perfeito", blog maudit como ela sublinhou, constituía o meu lugar de refrescamento mental, a minha catarse intelectual. Ali encontrava a pureza dura das palavras, o desplante assumido dos conceitos, a provocação e o anti-preconceito. Numa palavra, ali respirava-se liberdade.


Isabela decidiu fechar o blog. Se calhar, fartou-se de alguns buçais que quiseram por-se em bicos de pés, à custa dela, sem notarem que não tinham altura para chegar, sequer, ao nível da ...Micas ou da Morena. O blog de Isabela deixa marca forte, espero que seja possível "ir lá" para se ler o que ficou de alguns anos de escritos na primeira pessoa.

Como tudo na vida, há encontros e desencontros, há ganhos e perdas. A gente habitua-se e segue em frente. O Brel, no seu jeito tão próprio dizia: "on n'oublie rien, on n'oublie rien du tout, on n'oublie rien de rien, ON S'HABITUE, C'EST TOUT".
Habituamo-nos e...pronto!!!!!

1 comentário:

GED disse...

Andava eu em circulos na Net, quando vi este blog, de caras conhecidas e, lá estava o meu amigo Kambuta. Regressarei aqui sempre.
Quanto ao texto, não posso estar mais em desacordo.
Nunca me habituo a nada que me faça perder aquilo que gosto e, luto com todas as minhas forças. Umas vezes ganho, outras nem por isso.
Mas nunca me habituo e regresso à luta sempre que ache necessário.
Cito sem arrogância um grande poeta português, Joaquim Pessoa: a vida é um baile de cicatrizes.
Grande abraço
Henrique

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