sábado, 2 de abril de 2011

Convite

Jardim das Delícias - Hieronimus Bosh - 1504 - Museu do Prado-Madrid

Hoje, não sei porquê, nem isso é importante, deu-me para ouvir "outra música". Tem dias que a gente não encontra explicação normal para certas atitudes, certas quebras de rotina. Ou será ...atrevo-me ... "estados de alma" ? Pronto, vamos por aqui  "estados de alma". Não me parece que esteja deprimido, não acho que esteja triste, simplesmente liguei a televisão num canal de música e de lá sairam jorros de música "da outra", não daquela que escancara os tímpanos vinda de woofers e subwoofers encaixados em latas com rodas, vulgo automóveis. Quando um desses altifalantes ambulantes pára perto de mim e me rebenta a capacidade auditiva, espero sempre que os agudos, os baixos e a percussão provoquem tais vibrações na lata atrevida que ela não resista e se desfaça em pedaços espalhados no chão. Um dia vai acontecer.
Do televisor saiu um pouco de tudo, desde o canto gregoriano à Lacrimosa do Mozart. E fui-me encantando, pela enésima vez, com a Carmina Burana com direcção do André Rieu. No youtube também está. Mas a minha alma, em estado de absorção musical incontornável, subiu ao mágico momento da tarde com a interpretação "celestial" da soprano sul-africana Kimmi Skota da Ave Maria, de Bach, também sob a batuta de André Rieu.
Hoje, sem saber porquê, e isso não interessa nada, convido-vos a ouvir a Kimmi Skota. E digam-se se não vale a pena ter "estado de alma", mesmo não sabendo bem o que isso é. Importa?

"Ave Maria,
Gratia plena, Dominus tecum,
Benedicta tu in mulieribus.....
.....ora pro nobis, nobis peccatoribus....."


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