sábado, 20 de fevereiro de 2010

A CANDIDATURA


O Dr. Fernando Nobre anunciou a sua candidatura à Presidência da República portuguesa. Uma candidatura livre de homem livre, uma candidatura despoluída de odores partidários, uma "pedrada no charco" do "deixa andar" nacional. Fernando Nobre tem corrido o mundo a ajudar outros, a salvar vidas. A sua mais recente missão foi no Haiti. Impaciente, insatisfeito, como que tendo recebido uma chamada, apronta-se para mais uma grande corrida, talvez a mais dificil da sua vida.
A seguir, o manifesto da sua candidatura, publicado no seu blog "Contra a Indiferença" (fernandonobre.blogs.sapo.pt) .

Decidi escrever estas linhas, no sentido de vos comunicar pessoalmente uma decisão de fundo que tomei enquanto cidadão independente e em nome dum imperativo moral e de consciência para Portugal, uma vez que tenho, por quem acompanha este blog, a maior consideração e respeito.

Resolvi assumir um compromisso com o meu país, Portugal. Serei candidato independente, apartidário e em nome da cidadania, a Presidente da República, nas próximas eleições de 2011.

Esta é uma decisão estritamente pessoal, enquanto cidadão que sou. Muito tenho escrito e dito sobre o dever de todos nós exercermos a nossa cidadania de uma forma activa e corajosa. Sinto que o País atravessa um período em que constantemente se põem em causa os valores e as pessoas, as promessas e os projectos. E sei a gravidade que essa atitude generalizada tem no futuro de todos nós. Acredito em Portugal! Acredito nos portugueses e nas suas capacidades. Somos, no mínimo, tão bons como qualquer outro povo do Mundo. E é isso que pretendo provar, candidatando-me a um lugar no qual penso poder fazer a diferença e dar o exemplo.

Informo por outro lado que a AMI, enquanto instituição absoluta e rigorosamente apolítica, não se imiscuirá neste assunto, estando completamente à margem deste processo.

Sou e serei sempre um ser livre. Rejo-me e reger-me-ei sempre por valores em que acredito e não por qualquer outro tipo de ambição. E neste momento acredito poder vir a ser mais útil num outro contexto.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Deu-me vontade de rir, de ver o cê bazar - por Manuel Rui























Não é preciso ir atrás dos motores de busca da net para se saber quem é Manuel Rui.
Daí que passo de imediato ao assunto que me trás aqui.
Manuel Rui arrisca-se a ter sido o primeiro escritor angolano de reconhecido valor, a interessar-se pelo novo acordo ortográfico da língua portuguesa, assinado e aceite por todos os componentes dos países luso-falantes, a começar pelo Brasil que já o está a aplicar.
Quem usa a escrita como forma de levar o prato à mesa, comos os escritores e os jornalistas, não pode assobiar para o lado quando se fala do acordo ortográfico. É ortográfico, note-se bem. Não vai mudar nada o linguajar de cada um dos falantes do português, do Brasil a Moçambique. É para se escrever mais simples. É para se aproximar a escrita do som. Nada de muito esquisito.
Como todas as mudanças, esta também provoca algumas hesitações, desconfianças até, algumas resistências. Sim, temos até 2012 para nos habituarmos à nova grafia. Não sei o que é as escolas do mundo falante em língua portuguesa já começaram – ou não – a fazer, no sentido de irem habituando os alunos à nova ortografia.
Sei é que um escritor de referência como é Manuel Rui, já deu o primeiro passo com o seu interessante quanto útil livrinho “O Semba da nova ortografia”, recentemente publicado em Luanda.
Semba é um tipo de ritmo muito angolano e o escritor imprime bem esse ritmo alegre nas suas versações sobre as mudanças que o português escrito vai sofrer.
Não resisti a partilhar um pouquinho daquilo que M. Rui deixou nas páginas do livrinho. Um sabor doce de intelectualidade com descontracção (aiiii, aquele c maroto vai ter de cair !!!!), a pensar nos que o vão ler.
Aí vão duas ou três páginas para se divertirem com o linguajar simples e pedagógico do escritor.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

homosexualidade


Vítor de Sousa assume homossexualidade

O actor de 63 anos assume-se no livro «3º Sexo», onde revela os tormentos que teve que ultrapassar na sua vida


Não tenho preconceitos sobre a chamada "orientação sexual" das pessoas. Cada uma "orienta-se" como melhor entender e ninguém tem nada com isso.
Custa-me a perceber a razão pela qual algumas pessoas, a certa altura das suas vidas, sintam necessidade de afirmarem a tal "orientaão" - norte? sul? leste? oeste? - mas o que é que isso pode interessar?
No caso do Vitor de Sousa, tudo o que me interessa é saber que ele é um excelente actor, uma pessoa extraordinária, e que me dê ainda por muitos e felizes anos muitas das suas extraordinárias interpretações. Mas que raio me pode interessar com quem ele dorme? Não tenho nada com isso e, mais, ninguém tem nada com isso. Esta doentia mania das pessoas gostarem de olhar pelo buraco da fechadura das outras adultera toda e qualquer forma de convivência normal e natural.
Mas, também me custa a entender porque é que as pessoas sentem necessidade de manifestarem a tal "orientação sexual". Para mim, isso não é mais do que uma sujeição a canônes estabelecidos pela sociedade, pela Igreja, por grupos de influência, por marialvas machistas e outros. Mas, porque é que os "gays" sentem necessidade de se afirmaem como tal? Por serem indescriminados? Por serem considerados um grupo socialmente reprovavel?
Mas o que é que a gente, nós, temos a ver com quem dorme com quem?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Invictus

Vale a pena ir ver o filme e retirar dele todas as belas mensagens. Não é só o poema de WEH, que Nelson Mandela lia na cela nº 46664 para ganhar forças contra o apartheid, mas também, pela lição de humanismo e visão política dada pelo grande estadista africano. Mandela segurou as pontas de um país dilacerado pelo "desenvolvimento separado" que era o nome que o regime de então dava ao apartheid e viu que, através do desporto, de uma modalidade que era somente praticada por brancos, o rugby, podia ser o grande elemento catalizador da nova África do Sul .
Vale a pena ir ver o filme, as magníficas interpretações de Morgan Freeman e de Matt Damon numa realização sem falhas de Clint Eastwood.



INVICTUS
(William Ernest Henley)tradução de André Masini

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

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